Todos os capítulos do Desafiando o Alfa Supremo - Livro 3: Capítulo 41 - Capítulo 50
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41. Lobo bipolar
Cameron"Hoje foi mais difícil?" perguntei a Eron enquanto voltávamos para casa."Não, foi normal," ele respondeu, tentando parecer forte, apesar de sua expressão cansada. Sorri, admirando a determinação do menino, e voltei a olhar para a entrada da casa, onde Ragnar acabava de estacionar o carro e sair.Meu corpo se acendeu instantaneamente, e senti meu rosto corar com as lembranças de nossos toques mais cedo. Eron, sempre observador, perguntou: "Por que está vermelha?""É o sol," respondi rapidamente, tentando disfarçar. "Vamos acelerar para você também não ficar vermelho." Ele concordou, e andamos mais depressa, chegando à entrada da casa em poucos minutos. "Vá tomar um banho," falei para o menino.Eron resmungou algo, mas obedeceu, correndo para dentro. Subi as escadas, mas encontrei Ragnar no meio do corredor, bloqueando meu
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42. Mais um discussão idiota
CameronRagnar continuou a ignorar minha presença durante todo o caminho de volta. Cada minuto no carro parecia mais longo do que o anterior, e a tensão entre nós era palpável. Quando finalmente chegamos em casa, senti um misto de alívio e frustração. Não conseguia entender por que ele estava sendo tão insuportável.Desci do carro e comecei a subir as escadas, decidida a me afastar daquela energia negativa, mas parecia que apenas eu queria isso."Pare," Ragnar ordenou, sua voz fria e autoritária.Me virei, encarando-o. "Por quê?" perguntei, irritada, cruzando os braços. "O que você ainda quer comigo?" minha loba estava arisca, com aquela situação."Eu não autorizei que saísse da minha presença," ele respondeu, seu olhar duro e implacável.Desci os degraus, parando na frente dele. "Eu não sabia que tinha que ter sua autorização para isso, lobo Supremo. Posso me retirar?" falei sarcástica com as mãos na cintura."Não, você não pode." comecei a rir, com vontade de arrancar seus olhos com
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43. O peso da liderança
RagnarEstava em meu quarto, irado com as palavras de Cameron. Nunca uma loba foi tão desrespeitosa comigo como ela. A fúria corria em meu peito, e meu lobo queria derrubar a casa só para mostrar sua força a ela. A cada lembrança de sua afronta, sentia meu sangue ferver ainda mais."Vou ensinar essa pirralha a ser bem obediente," murmurei, trincando os dentes.Saí do quarto e parei na entrada do quarto dela, não a vendo em nenhum lugar. Observei a luz do banheiro acesa e resolvi esperar para terminar aquela conversa mais tarde. Caminhei até o escritório, ordenando que ninguém me incomodasse. A raiva e a frustração se enredavam em meu corpo de tal forma que meu lobo estava prestes a surgir e tomar o controle, resolvendo as coisas do jeito dele. Respirei fundo, tentando manter a calma, mas a tensão era insuportável.Peguei meu celular e liguei para Gabriel, ordenando que ele viesse até minha casa imediatamente. O lobo demorou um pouco para chegar, mas assim que abriu a porta, percebeu q
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44. Um ato de loucura
CameronMinha mente não me deu sossego a noite inteira. Eu estava inquieta, meus pensamentos tumultuados pelas palavras e ações de Ragnar. Ouvi quando ele subiu as escadas com passos errantes, como se estivesse bêbado, e parou no corredor, entre o quarto dele e o meu. Esperei que ele se aproximasse, meu coração explodindo no peito, mas ele se virou para o próprio quarto e eu consegui respirar com tranquilidade.Quando o relógio marcou 4 horas da manhã, desisti de tentar dormir e resolvi ir treinar para cansar minha mente. Vesti um conjunto de academia que, ao mesmo tempo, era comportado e revelador: uma legging preta justa com transparências que destacavam minhas curvas e um top esportivo vermelho que deixava minha barriga à mostra, acentuando meu corpo.Eu sabia que estava brincando com fogo, mas queria mostrar para ele o quão poderosa eu era."E talvez eu quisesse me queimar naquele poder." mordi o lábio com raiva, ao descer as escadas em silêncio, para não chamar a atenção dele.Fu
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45. Confusão é bom
RagnarVer Cam saindo do quarto foi como garras enfiadas na minha mente. Apertei as mãos em punhos, resistindo à vontade de segui-la. Meu desejo por ela tomou uma proporção que eu não imaginava, e nem mesmo o amor que senti por Amanda foi capaz de freá-lo. Pela primeira vez, entendi que, por mais que Amanda tivesse um enorme significado em minha vida, ela não estava aqui. Cam estava, e ela me excitava, me fazia sentir vivo, me desafiava a coisas novas. Cam representava vida, e ela havia retribuído meu beijo com fervor.Olhei para o quadro de Amanda e, pela primeira vez, senti que estava deixando minha vida passar sem aproveitar o que ela realmente significava. Infelizmente, minha primeira Luna tinha partido e aquilo destruiu meu coração, porém até quando eu a colocaria como um obstáculo para o novo que se apresentava para mim?Cansado de pensar, fui até o quarto de Cameron e me encostei no batente da porta. A visão dela deitada de barriga para baixo, com o rosto enterrado no travessei
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46. Quem é você?
CameronMeus sentimentos estavam confusos. Sabia que aquele jogo de poder, desejo e sedução com Ragnar acabaria causando mais destruição em meu coração. Porém, eu não conseguia deixar de lado. Não conseguia não pensar na forma como ele me beijou, como o desejo se alastrou por meu corpo de forma latente. Era bem mais intenso do que qualquer beijo que Tayrus tenha me dado. Aquele beijo parecia verdadeiro, enquanto todos os de Tayrus pareciam ensaiados e sem emoção, nessa nova perspectiva.Minha loba queria se mostrar para Ragnar, e ela sabia que a sensualidade estava funcionando. Desde o dia que ele demonstrou ciúmes pelas roupas, ela queria essa atenção, queria essa ira, queria o desejo, queria Ragnar."Você é diferente de várias formas, Cam." e eu ri."Sou idêntica as minhas irmãs gêmeas, Ragnar, apenas minha família, sabe nos diferenciar." Ele se aproximou, e me repreendi por tê-lo pedido para não me beijar, porque era isso que eu queria agora."Vocês não são nada parecidas além da a
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47. Desespero
RagnarEstava no quarto de Eron, ouvindo-o reclamar da nova tutora. O menino mostrava os trabalhos que ela havia lhe pedido para fazer, com uma expressão de puro desdém."Isso é muito chato, pai. Eu não quero mais fazer isso," Eron resmungou, jogando os papéis na cama.Suspirei, tentando manter a calma. "Eron, os estudos são importantes. Você precisa aprender essas coisas para se tornar um bom líder um dia."Ele balançou a cabeça, teimoso. "Prefiro sair para treinar com a Cameron. Pelo menos é divertido."A menção de Cameron fez um alívio momentâneo me percorrer. Se ele estava disposto a passar mais tempo com ela, talvez isso ajudasse a quebrar a resistência dele. "Eu entendo, filho, mas a educação é tão importante quanto o treinamento físico. A Cameron também quer que você apr
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48. Hospital
CameronMal mexi meu corpo e gemi, sentindo a dor latejar em minha testa. Instintivamente, levei as mãos ao local dolorido, passando a ponta dos dedos com cuidado e me encolhendo com o toque na pele sensível.

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49. Um pouco de suavidade
RagnarEra final da tarde quando Cameron finalmente recebeu alta. A ajudei a se sentar em uma cadeira de rodas e começamos a caminhar até a entrada do hospital. O sol estava começando a se pôr, lançando sombras longas e douradas pelo caminho."Posso te pegar no colo, se preferir." Ela olhou para cima e negou."A cadeira de rodas já é humilhação suficiente, Supremo.""Entendi direito? Ser vista sendo carregada pelo melhor partido da nossa alcateia é uma humilhação?" Ela começou a rir, e empurrei devagar sua cadeira para evitar trancos desnecessários."Só quis dizer que eu estou bem, Ragnar," ela respondeu, tentando sorrir, mas podia ver a dor ainda presente em seus olhos.Quando chegamos à entrada, encontramos Gabriel esperando com o carro. Ele saiu rapidamente, abrindo a porta do passageiro e ajudando-me a colocar Cameron dentro."Como voc
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50. Um milagre pós queda
CameronEnquanto Eron desenhava em meu gesso, observei com atenção cada traço que ele fazia. "Está ficando muito bonito, Eron," elogiei, vendo-o sorrir brevemente. "Você deveria desenhar mais." No entanto, algo na expressão dele me dizia que havia mais por trás daquele sorriso."Está tudo bem?" perguntei, tentando manter minha voz suave e reconfortante.Ele hesitou por um momento, mas depois respondeu com um "sim" pouco convincente. Chamei-o mais perto, estendendo a mão."Eron, você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa, não sabe?"Ele ficou encabulado, mordendo o lábio, mas finalmente falou. "Meu pai perguntou se eu... se eu tinha derrubado você da escada por alguma pegadinha." Seus olhos se encheram de tristeza. "Mas eu não fiz nada, tia Cam."Minha expressão suavizou, e estendi os braços, chamando-o para
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