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10.
Deixo a água escorrer pela minha mão, deixando ela molhada o suficiente para logo em seguida esfregar na área manchada do vestido, mas só faço a situação piorar.—Realmente manchou!– tomo um leve susto ao ouvir a mesma voz do menino que se esbarrou em mim e olho para o lado, podendo observar o seu rosto com mais detalhes por conta da iluminação.O seu tom de pele clara vem acompanhada com algumas sardas no seu rosto, o seu cabelo ruivo com os fios bagunçados lhe dá um ar ainda mais sexy e ao mesmo tempo fofo, os seus olhos são verdes um pouco mais claro que o do Dylan, e sua altura é mais alta que o Pietro, apesar que quase todos os garotos ganham do Pietro em questão de altura.Pietro só é um pouco mais alto que eu e a Iza, quando criança o mesmo era pirraçado pela sua altura pelos garotos da nossa sala, mas com o tempo eles foram parando de o pirraçar, pois o Pietro passou a se defender.—Se eu não me engano, esse é o banheiro feminino.– falo com um pequeno sorriso no rosto.—Ningué
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11.
O meu pai sorrir pro Thomas, e em seguida, se afasta, me fazendo o perder de vista pela multidão que começa a dançar como se nada estivesse acontecido. Me viro para o Thomas e percebo que os seus machucados estão começando a se curar, um dos benefícios de poder se transformar livremente.—Melhor eu ir embora!– seus dedos tocam uma de suas feridas, causando uma feição de dor no seu rosto.—Tem certeza? Não precisa de ajuda?—Tenho, não se preocupe, irá curar em uma hora, a gente se ver por aí!—Tchau, Thomas!– falo dando um leve sorriso.—Tchau, Emilly!Penso que ele vai me abraçar, mas acaba recuando, só dá um aceno com a mão e vai embora, acabo ficando sem reação, não estou entendendo nada, Dylan acabou com a minha diversão.—Onde você se enfiou? Te procurei pela festa toda.– a voz da Iza no meu ouvido me faz ter um mine infarto.As pessoas marcaram pra brotar do nada hoje?—Foi uma confusão, depois eu te conto tudo.– olho para ela.—O Dylan está no fundo da casa, parece que ele se e
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12.
O Pietro não veio hoje, ele que me defende do John e a Camila, não saí da sala hoje para não encontrar com esses dois, eles já colocaram a minha cabeça no vaso sanitário da escola, mas em compensação o Pietro colocou a do John também e a Iza bateu na Camila, eu realmente tenho ótimos amigos.Eles se aproveitam de mim só porque tenho anos e sou baixinha!O sinal toca e a maioria saíram correndo pela porta, levanto da minha cadeira e começo a arrumar a minha mochila para poder sair mais rápido.Estava quase fechando a minha mochila, mas ela é tirada da minha mão e a zuada dos meus matérias caindo no chão é ouvida pelo eco da sala vazia, nem preciso olhar para saber quem fez isso.—Ops, foi sem querer!– o John fala e eu me viro na sua direção com os meus olhos lacrimejando, mas não irei chorar.—Mas isso não vai ser sem querer, vai ser de propósito mesmo!– a voz do Dylan me deixa um pouco aliviada, mas em seguida ele dá um soco no Jonh que dá alguns passos para trás.—Como você ousa me b
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13.
Desço as escadas e encontro os meus pais sentados na mesa comendo.—Por que não veio tomar café?– a minha mãe pergunta enquanto eu me sento na mesa.—Estava sem fome, mãe!– falo pegando o meu prato que já está pronto.—Você está bem?– dessa vez foi a vez do meu pai se pronunciar.—Estou, por que não estaria?– paro de comer e olho para ele.—Costume de perguntar, vai sair?—Vou sim, pai, preciso andar.– pego o meu suco de laranja e dou um gole nele.—Já estava esquecendo de te avisar, vamos jantar na casa dos Harris hoje.—O quê?– pergunto indignada.Ah não, não estou no ânimo de encarar o Dylan hoje.—Eles são os nossos amigos e faz tempo que não jantamos juntos.—Mãe, mas tinha que ser hoje?—Já aceitamos o convite.– o meu pai fala e dá um gole no seu suco me olhando.—Eu preciso ir?– diz que não, diz que não!—Claro que precisa.– depois que o meu pai afirmou suspirei derrotada.Termino a minha refeição e levanto da mesa, caminho na direção da porta de casa e abro a mesma, passando p
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14.
Até que é melhor ele me ignorar mesmo, assim não fico me estressando na frente dos nossos pais.Talvez esteja acostumada com as palhaçadas dele e por isso estou intrigada com esse modo de agir. É estranho ser ignorada, como se fosse invisível, apesar que no colégio prefiro ser invisível.—Emilly, por que não vai atrás dele?– desvio a minha atenção da porta onde o Dylan saiu para a minha tia Alice.—Pois é, assunto de adulto é insuportável para vocês!– sem ao menos dá tempo de responder, a minha mãe me incentiva a ir procurar o Dylan.—Você sabe que isso não vai dar muito certo, vamos acabar brigando e ele está me ignorando.—Vocês têm que parar com esse cu doce e se resolverem!– acabo dando risada do modo de falar da minha mãe.—Concordo, e a parte de ignorar deve ser coisa de adolescentes, logo passa e vocês se tornam amigos novamente.—É quase impossível uma amizade entre nós acontecer, esqueceu que nos conhecemos desde os quatro anos de idade? Mesmo assim com esse tempo todo não no
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15.
—Só foi para prevenir se você não bateu a cabeça ou engoliu muita água.– ele sussurra cada palavra sem me soltar.—Então você se preocupou comigo? Quem diria, Dylan Harris ficando preocupado com o meu bem estar depois de me jogar na água!– na mesma hora que eu falo, ele me solta na água e volto rapidamente para superfície, rindo dele.—Claro que não, só não quero ter problemas com os meus tios. Você pode morrer afogada, mas não por minha causa.—Se depender de você eu já estava morta desde pequena!—O que? Você ainda lembra daquele dia?– ele fala me olhando confuso.—Sim, meio que acabei sonhando com esse dia.—Você sonhou?– mais uma vez aquele olhar incógnita aparece no seu rosto.—Sim, todos os detalhes. Mas agora quero lhe pedir desculpa pela implicância infantil da minha parte.—Tudo bem, está desculpada.—Não estava esperando um pedido de desculpas, pois sei que nem se eu pedir você vai me dar. Então vamos sair dessa piscina, está fazendo frio.– falo me virando para tentar sair d
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16.
Mas na realidade essa floresta é linda e encantadora de todas as formas. Ela nos dar um ar de familiaridade, de conforto, de prazer, a minha alma se sente livre com o vento batendo contra o meu rosto, o cheiro da natureza, o conforto que ela me trás é impressionante, e acho que a Iza está sentindo a mesma coisa que eu.A cada passo que nós damos, mais o arrependimento de não ter entrado nela antes aumenta.—Como nunca entramos na floresta antes?– ela me pergunta sem desviar o olhar para as plantas.—Também queria saber, sem contar que os meus pais sempre me chamaram para ir e eu nunca aceitei.—A floresta faz parte de nós!—Sim, aposto que a sensação de estar transformada e correr entre as árvores deve ser gratificante!—Sim, não vejo a hora dos nossos instintos serem totalmente libertados!—As vezes imagino como será a cor da minha pelagem!—Acho que você seria uma loba branca, Emilly!– sorrio para Iza, mas de repente ela para de andar.A sua feição está congelada, parece estar pensa
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17.
Os adolescentes começam a olhar para ele, alguns são tão transparente que consigo reparar na malícia nos olhares de algumas garotas e garotos, mas não posso negar que ele é lindo, os seus fios ruivos chamam bastante atenção.Como um típico colégio de adolescentes, as pessoas são divididas em grupos que eu mesma nomeei, tem o grupo dos narizes empinados, das cadelas no cio, dos que não tão nem aí para nada, os metidos, os do time de futebol, os invisíveis, os que só querem estudar, os valentões, os medrosos e os neutros... Eu definitivamente faço parte dos invisíveis ou neutros.Odeio chamar atenção!Paro brutalmente de andar ao ver uma cena que está me dando vontade de colocar o meu café da manhã para fora. Como sempre o Dylan com mais uma cadela no cio pronto para se pegarem, não quero nem imaginar o que eles vão fazer ou o que eles já fizeram. Quero preservar o meu café da manhã na minha barriga.—Você está bem?– desvio o meu olhar do Dylan e percebo que estou com o Thomas ao meu la
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18.
Finalmente o sinal tocou, já estava com câimbra por ficar sentada por duas horas seguidas sem poder ir no banheiro, ja que a professora não me deixou sair só porque cheguei atrasada.—Pietro, você se encontrou com a Iza hoje?—Encontrei sim, provavelmente ela deve estar com o namorado!- observo as suas feições, o seu olhar para ser mais exata, tentando achar alguma faísca de incomodo ou chateação, mas não encontro nada.—Queria está como ela, não vejo a hora de completar os meus dezesseis anos.- falo guardando os meus matérias na mochila.—Mas você pode chegar na maioridade e demorar para encontrar o seu companheiro, talvez meses ou anos.—Para de ser pessimista!—Só estou cogitando algo que pode ou não acontecer, eu já completei os meus dezesseis anos e ainda não encontrei a mi
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19.
—Pronto, agora me explica isso direito!– dessa vez ele fala em um tom baixo, mas ainda com o seu maxilar tenso.—Não tenho que te dar explicações nenhuma sobre quem eu fico ou deixo de ficar!Solto um pequeno grito de surpresa ao ser forçada a por as minhas pernas ao redor de sua cintura, inesperadamente, sou prensada na parede com as suas mãos segurando as minhas coxas.—Tem certeza?– com a sua voz rouca, ele sussurra perto do meu ouvido e em seguida passa os seus dentes raspando no meu lóbulo da orelha.—Eu não fiquei com ele.– sussurro ainda meio desnorteada com a sua ação.—Então aquele idiota está se gabando com algo que ele não fez!– antes de tirar o rosto perto do meu pescoço ele rosna, que me faz estremecer.—Sim, ainda não estou me sentindo confiante e...– paro de falar n
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