Não sabia ao certo quanto tempo havia passado desde que Esther tinha se sentado ali, com uma sensação de tristeza se alojando em seu peito. Marcelo, aninhado em seus braços, respirava profundamente, envolto em um sono pesado. Ela queria perguntar, queria respostas, mas sabia que talvez não fossem necessárias. No fundo, já conhecia as respostas, ou pelo menos parte delas.Por fim, Esther se levantou em silêncio, saindo do quarto. Dessa vez, o peso em seu coração era diferente, mais amargo, como se uma dor silenciosa houvesse se enraizado em seu peito.— Senhora. — Chamou Durval, que aguardava ela do lado de fora. Ao notar sua expressão séria, ele se aproximou com um ar preocupado. — Você e o capitão Marcelo... Está tudo bem entre vocês? Não brigaram, né?André, ao lado de Durval, puxou discretamente a manga dele, tentando silenciá-lo. Ao ver a expressão abatida de Esther, André logo percebeu que algo de grave havia acontecido.Esther, no entanto, ergueu o rosto e olhou Durval nos olhos
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