Os braços de Lúcia estavam perdendo força. No entanto, ela precisava saber se aquela ligação era do Sílvio, essa resposta era crucial para ela.Com dificuldade, ela se esforçou para pegar o celular que estava na pia do banheiro. Olhou para a tela e, com um sorriso amargo, atendeu a chamada, acionando o viva-voz com dificuldade:- Lúcia, o dinheiro já está chegando? Seu pai acabou de receber a segunda notificação de estado grave do hospital! Eles querem transferi-lo, não vão esperar mais... Filha, eu não sei mais o que fazer, realmente não sei. Se você está enfrentando algum problema, me diga, por favor. Estou te implorando. Eu não posso perder seu pai, eu o amo. Sem ele, eu não consigo viver.Sandra, do outro lado da linha, estava desesperada, à beira do colapso, chorando compulsivamente. Sua voz era um apelo angustiado.O corpo de Lúcia estava inchado pela água morna da banheira, que parecia penetrar suas veias como milhares de formigas brancas devorando-a por dentro.- Por favor, es
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