ENZOEstava saindo de um dos galpões de armazenamento de drogas, quando senti o meu celular vibrar no bolso interno do meu paletó. Era Laura. Olhei as horas no meu relógio de pulso e vi que já passava das nove da noite. Sabia que era tarde, mas não tinha a noção de que havia perdido o jantar.— Oi, amor. Desculpe. Sei que perdi o jantar — disse ao atender.— É, você perdeu, mas tudo bem. Eu sei que está ocupado. Só quero saber se está tudo bem com você. Sumiu o dia todo, nunca some assim. Sempre liga ou manda mensagens no meio do dia.— Estou bem, mas ainda cheio de problemas. Estou saindo da empresa agora — menti. Não queria envolver Laura nesse mundo e expô-la ainda mais ao perigo ou às consequências dos meus atos ilícitos. — Logo chegarei, não fique preocupada.— Está bem. Até daqui a pouco, então.— Até. — Encerrei a chamada.Demorei mais do que o previsto, falando ao telefone com Serra. Ele tinha uma notícia sobre Fahorelli. Ele estava na Alemanha, território inimigo tanto para m
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