Início / Romance / Apaixonada por um coreano. / Capítulo 21 - Capítulo 30
Todos os capítulos do Apaixonada por um coreano.: Capítulo 21 - Capítulo 30
48 chapters
Esquecendo o perigo.
Essa fala tirou-me do prumo. A ex-namorada dizia: “Não se meta com o meu namorado!”. Não sei explicar, mas me deu um frio na barriga e uma angústia. A mulher não parecia brincar. Pedi desculpas e disse que não estava preparada para lidar com paparazzis e especulações de uma nova namorada do cantor pop. Por sorte, o chamaram para fazer um teste de som e ele nem discutiu. Mais tarde mandou outra mensagem me chamando para jantar no outro dia. Apesar da angústia, eu não podia deixar de viver, então aceitei. Era sexta-feira, dia de balada. Havia um homem bonito me querendo, gostando da minha companhia. Esqueci o perigo mais uma vez. Na verdade, pensei que era apenas uma questão da minha cabeça, que logo a fulana esqueceria, arrumaria outro e me deixaria em paz.Ele passou em casa às oito horas. Jantamos em um restaurante lindo, às margens do rio Han. A mesa reservada estava ao lado da janela e observamos embarcações chiques e o balanço da água. Era fácil conversar com Young-Chul, leve, se
Ler mais
Sempre soube escolher bem as amizades.
Sempre soube escolher bem as amizades. Pessoas de boa índole, que não gostavam de me sacanear, faziam parte do meu círculo social. Pura mentira, as meninas sacanas me ligaram da praia. Estavam tomando sol, a areia parecia fritar e a sensação era de Rio 40 graus. Com a cerveja na mão, fizeram-me sentir vontade.— Ao ter amigas como vocês, não se precisa de inimigos, certo? Sacanagem, só não vou falar que terá troco, pois até voltar aí, já perdoei, mas aguardem a rodada de bebida que terão que pagar para mim. Aguardem.— Você escolheu ficar aí, e tem seu cantor perfeito a seus pés. Estamos à caça. E, por falar nisso, onde ele está? Hoje é sábado.— Gravando, mas vamos viajar para a casa de praia dele no próximo final de semana. Lareira acessa, o mar, regado a um bom vinho.— Tem samba e calor? — perguntou Lorena com uma piscadela debochada.— Vou desligar. Isso não é justo comigo — brinquei, fingindo limpar lágrimas dos olhos.— Nos conte, já passou para a próxima fase, ou só está ainda
Ler mais
Aproveitando cada gesto de carinho.
Caminhamos devagar, apreciando a presença um do outro e aproveitando cada gesto de carinho trocado. Em meio àquela atmosfera íntima, senti a energia do local se fundindo com a força do encontro. O som suave das ondas, a brisa do mar e a presença dele criavam uma harmonia única, reforçando os sentimentos de cumplicidade e alegria no início de um relacionamento.Enquanto caminhávamos de mãos dadas, percebi ser um momento cheio de expectativas e possibilidades. Sentia-me grata por estar ao lado dele. Sentia-me corajosa por ter me permitido chegar até ali e abrir meu coração para alguém tão especial, com quem podia compartilhar momentos de ternura e conexão.Durante o dia, descansamos, lemos, tomamos chá e, ao final do dia, fomos à cozinha para jantar. Na verdade, fiquei bebendo vinho e olhando para aquele Adônis, sendo chef por um dia.— Posso fazer mais perguntas? Quero te conhecer melhor. — perguntou Young-Chul.— Fique à vontade.— Qual seu tipo de música favorita?— São tantas. Sou e
Ler mais
Um conto de fadas...
— Essa é a história de vida de meus pais e por isso amo o samba, amo o Brasil, mas estou também me apaixonando por aqui.— É uma história de vida extraordinária!— Apenas um breve resumo, para você compreender. Eu também não sei muita coisa, por exemplo a parte da briga com vovô, vim saber aqui. Papai jamais comentou nada comigo, então cresci sem saber que tinha parentes aqui.— Nunca quis fazer o mesmo que ela no samba?— Não. Sei sambar, cantar, mas nunca tive a classe de uma porta-bandeira. Para ser uma tem que ter graça, é como um ballet, suave, encantador, gracioso e clássico.— E o que é Portela? — perguntou ele arrastando as palavras.— O nome real é Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela. Foi fundada em 1923 no bairro carioca chamado Oswaldo Cruz, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. É a mais antiga escola em atividade até os dias atuais nos desfiles de carnaval e a única que já participou de todos os desfiles. Ela tem as cores azul e branco e como símbolo uma águia.— D
Ler mais
Questão de segurança.
Quatro meses depois.As meninas usaram a procuração e entraram com o processo administrativo para mais nove meses, só que sem remuneração. Antes de perceber, já administrava o hospital e conquistava o respeito de todos os médicos. Fiquei sabendo que vovô dava pulos de alegria e já sentia que não voltaria mais ao Brasil.O namoro estava ótimo, mas a mulher que ameaçava estava sumida. Como modelo, ela estava fazendo vários trabalhos nos Estados Unidos e não tinha conhecimento sobre mim e Young-Chul. A equipe da empresa manteve a descrição em todos os momentos em que estávamos juntos.O gato ficava mais em minha casa do que na dele no final de semana. Só quando eu tinha um almoço com vovô, o dispensava. Na cultura coreana, levar alguém para conhecer a família era um casamento à vista. Não posso dizer que não estava apaixonada por ele, mas uma sensação de insegurança incomodava-me. Só não consegui segurar essa situação por muito tempo. O patriarca Kang me encurralou na parede e disse que
Ler mais
O sussurro que expressa a intensidade do que se sente.
A mulher se aproximou toda pomposa. Cumprimentou meu namorado e dirigiu um olhar fuzilante em minha direção. Seus olhos transmitiam seu desprezo. Ela achou que assim eu abaixaria a minha cabeça, creio, depois de tudo o que aconteceu a seguir, esse foi o meu maior erro. Deveria ter ficado na minha, mas retribuí o olhar, sorri e acenei. Aquela doida possessiva levou esse gesto como uma afronta.Young-Chul apertou a minha mão, pediu licença e fomos até o camarote vip. Ele foi para o seu lugar no palco, e eu fiquei ao lado dos meus tios. A sensação de agonia voltou com força total. Após a apresentação, fomos direto para a casa dele sem falar com a imprensa. Dormi por lá, naquele final de semana que completava sete meses juntos, voltaríamos a Jeju. Foi uma viagem ainda mais linda do que a primeira, apesar do frio, o sol deu o ar da graça. Parecia uma despedida, e o sol a esquentava.Estava na sacada, vendo o mar, de olhos fechados, sentindo o estrondo das ondas batendo na enseada de pedra
Ler mais
O acidente.
Kang, Yen-Jun2020Desde a apresentação de Young-Chul, não tirei os olhos de Min-Ji. Eu também percebi o olhar de ódio da ex-namorada para ela, quando viu que o casal estava tendo um relacionamento sério. Sem ela saber, coloquei um segurança atrás deles, um agente aposentado que era especialista em parecer um fantasma.Para a viagem de inauguração do hospital, pedi que esse profissional seguisse de carro atrás dela a uma distância segura, para não causar suspeitas. Infelizmente, a maior dor é sempre lembrar que o pior aconteceu mesmo que ele estivesse a poucos metros de distância. Quando recebi o telefonema do segurança, fiquei em choque.— Alô, o que aconteceu? Por que você está ligando? — A sensação de pânico, mesmo sem saber nada ainda, aflorou só com o toque do celular.— Senhor, estou aqui correndo para socorrer a sua sobrinha, não sei como, mas o carro dela saiu da rodovia e colidiu com uma árvore. O airbag não foi acionado. Não sei como isso ocorreu… Ligue para a emergência. En
Ler mais
Ele está sofrendo.
Ele deixou-se ser puxado até as cadeiras de espera. O som da ambulância fez com que ele se levantasse novamente. Quando Min-Ji foi trazida, deitada na maca e com o rosto ensanguentado, Young-Chul não conseguiu conter suas emoções. Correu até ela, tentando falar enquanto as lágrimas rolavam por seu rosto.— Min-Ji, fala comigo, por favor. Fala comigo — ele segurava a mão dela e andava junto com a maca, até que corri e o arrastei. Os médicos precisavam fazer os primeiros procedimentos.O médico fez um sinal, indicando que era hora de realizar os exames urgentes e iria levá-la para a ressonância magnética.— Young-Chul, todos estamos desesperados, mas os médicos precisam fazer os exames para avaliar o real estado de saúde dela, por favor. — Eu o puxei para um abraço, tentando transmitir algum conforto.Não sabíamos quanto tempo havia se passado. Sem comer, apenas bebendo café e água que minha esposa trazia. O tempo parecia ser nosso inimigo, passando devagar, mas correndo na contagem da
Ler mais
Uma angustia insuportável.
— Eu não consigo trabalhar, por favor? — ele pediu, achando que iríamos insistir para ele continuar a vida normal.— Não vamos recusar seu pedido, jamais. Ela precisa de você quando acordar. Fique tranquilo.— Mas o que explicarão para os contratantes de shows?— A verdade. A namorada sofreu um acidente, e ele está inconsolável.Revezamos para dormir no hospital, vivendo vinte dias nessa angústia insuportável. O médico nos recomendou que conversássemos com Min-Ji todos os dias, pelo tempo que desejássemos, e assim o fizemos. Os médicos não podiam prever as sequelas que poderiam surgir, e infelizmente elas não foram positivas.Seo-Yun estava no quarto quando ela acordou. Min-Ji se mexeu e interrompeu minha esposa, que estava lendo um livro. Assim que Seo-Yun percebeu o movimento, levantou-se rapidamente e se aproximou da cama e a viu de olhos abertos, meio assustada, com os olhos meio arregalados.— Oh, meu Deus. Você acordou. Estou tão feliz! Sentimos tanto a sua falta. Vou chamar o m
Ler mais
Perca de memória.
Min-JiA única pessoa que eu reconhecia entrou no quarto ao mesmo tempo, com um sorriso no rosto, mas também carregando tristeza pela situação. Eu estava deitada, virada para a porta. Me ajeitei na cama enquanto ele se aproximava e me deu um beijo na testa. Sentado ao lado da cama, segurando minha mão, começou a me contar tudo, sem esconder nada.— Min-Ji, o médico pediu que eu lhe conte toda a história. Talvez ajude no tratamento e recuperação da memória.Ela assentiu e escutou paciente toda a narrativa, sem me interromper.— Sou apaixonada por aquele rapaz? — perguntei com curiosidade. Certeza, tio? Parece não fazer o meu tipo.— Sim, vocês estão apaixonados, e muito. O médico acha importante que você pelo menos converse com ele, permita que fale com você. Isso pode ajudar a trazer de volta suas memórias.— E por que tenho medo dele? Senti como se ele fosse me machucar. Se somos apaixonados, isso não era para acontecer, você não acha? Conte a verdade, ele já fez algo comigo?— Nós a
Ler mais