A experiência de quase morte que vivi trouxe um conjunto de visões inacreditáveis, além de sonhos de uma vida feliz e plena com o homem que amo. Não sei por quanto tempo permaneci vendo meu corpo. Foram alguns dias, e eu, sendo médica, sentia o físico se esvaindo e a alma presa nesse mundo de ilusões, mas sem querer ir embora.Quando Jack entrou no quarto, todo paramentado, bem abatido, com olhos inchados de tanto chorar e olheiras de noites de insônia, meu coração acelerou. Percebi que o corpo físico reagiu; os braços ficaram mais tensos, a pressão arterial caiu drasticamente. Eu mesma dizia para meu corpo inerte: 'Não morra, agora não. Já fiquei até agora aqui, não morra, por favor'. O problema foi o desabafo dele, quase acabou comigo; eu precisava reagir e voltar para ele urgentemente, foi quando dei uma parada cardiorrespiratória.Os médicos me estabilizaram, mas não deixaram mais ninguém entrar naquele dia para me ver. Só no outro dia, pude vê-lo. Eu queria tocá-lo, falar com ele
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