Wesley Makaroto Nem percebi quando peguei no sono, mas acordei com os raios solares entrando no quarto. Já era tarde e eu tinha perdido um dia de serviço, agora não iria mais para a empresa, só amanhã, o que eu preciso é sair logo dessa casa, para poder ter uma boa noite de sono.Sai do quarto descendo as escadas e encontrando os três na sala, Jorge tinha um sorriso escandaloso no rosto.— Que bom que acordou, saiba que vocês casam amanhã as nove. — Jorge diz.— Vocês tem pressa. — Digo.— Claro que temos, você transou com a menina. — Jorge diz.— Cale a sua maldita boca, todos aqui sabem que eu não enconstei um dedo nela, sabem muito bem que fui dopado.— Não precisa ter encostado nela, só de ter acordado nu na cama dela, com ela também nua ao seu lado. — Ele dá uma risada malévola. — Isso já é o suficiente.— Você é um maldito!— Seu pai já me deixou ciente disso.Saio da casa deixando eles para trás, preciso ficar longe dessa casa sempre que eu puder, então fui direto para a Edito

Liara Martins Dionísio estava com Wesley na ligação, e ao ouvir tudo que Wesley disse meu coração já ficou pequeno. Se por acaso o pior acontecesse, meu Deus! Me dava calafrios só de pensar, meu amigo está naquele carro, minha amiga acha que ele é um canalha, e estamos com um tio psicopata e uma mãe cega de amor.Como que Victória permitiu que Jorge fizesse isso com o filho dela? Sangue dela. Essa mulher é mais doente do que eu pensava, e como a lambisgoia da Ashley teve a capacidade de aceitar participar de tudo isso?Sempre soube que ela não era flor que se cheire, mas participar dessa baixaria? Isso é demais para minha cabeça.Estava sentada no sofá roendo as unhas quando Dionísio saiu correndo para fora da casa desesperado, meu coração não batia mais, sabia que algo muito grave tinha acontecido. Corri atrás dele, entrando no carro e ele acelerou em direção a estrada, em instantes avistamos um carro capotado na estrada, minha garganta secou na hora, minha mente só pensava em Wesl

Liara Martins Se passou um mês desde aquele maldito acidente, o resgate parou as buscas e deram Wesley como morto, disseram que algum animal deve ter sentido o cheiro do sangue dele, e devorado-o, sei que são palavras cruéis, mas foi exatamente assim que disseram para me e Dionísio.Dionísio ainda está muito abalado, tem um mês que ele não fala comigo, não se comunica, não me diz o que sente. Eu começo a achar que ele pensa que seja minha culpa, afinal, se eu não tivesse vindo para cá talvez Wesley ainda estivesse vivo.Enquanto ele dirigia o carro, eu sentia as lágrimas quentes descerem por meu rosto, virei o rosto para a janela para que ele não me visse chorar. Eu estava chorando por perder meu melhor amigo, mas também por sentir que estou perdendo o meu amor.Chegamos no apartamento, Dionísio estacionou na frente do prédio e Elisa já estava na entrada nos esperando. Ela entrou no carro em silêncio, e eu não conseguia falar nada, desci do lado do passageiro e entrei no banco de trá

Dionísio Makaroto Idiota!Mil vezes idiota!Como você pode agir desta forma com a sua mulher?Estou agindo como um adolescente magoado, preciso agir e pedir desculpas antes que seja tarde demais. Liara esteve comigo todo esse tempo, me dando força quando ela também tinha perdido alguém do qual amava demais, eu fui infantil em não pensar na dor dela e agir de maneira tão equivocada.Sai do apartamento, entrei no carro e pisei no acelerador até a floricultura mais próxima, após comprar um lindo buquê de rosas vermelhas, comprei uma cesta de chocolates e voltei para o apartamento. Entrei na ponta dos pés, era fim de tarde, Elisa provavelmente estava dormindo, e se Liara se não estivesse trancada no banheiro estaria deitada na cama.Entrei no quarto sorrateiramente, e como pensado, Liara estava deitada na cama, me aproximei e percebi que ela estava dormindo, e ver ela com os olhos inxados de tanto chorar me partiu o coração. Eu fui um tremendo idiota com ela, certo que comprei flores e c

Liara Martins Estava dançando uma música lenta com o meu amor, quando olhei de relance para a mesa onde Elisa estava, e a vi cair no chão desmaiada. Soltei a mão de Dionísio bruscamente e corri até ela, para ajudá-la. — Elisa! — Chamo-a, esperando que ela abrisse os olhos e me respondesse, mas foi uma tentativa falha. — Chama uma ambulância pelo amor de Deus. — Digo desesperada.Meu Deus! Protege minha amiga, não faz nada de ruim acontecer com ela. São tantas emoções que ela passou nesses últimos dias, senhor Jesus.— Acho que não precisa de ambulância. — Dionísio diz.— Como não?— Não precisa. — Ouço a voz da minha amiga.— Como não? Você desmaiou.— Eu só fiquei muito nervosa, recebi o resultado do exame.— E por isso está nesse estado?— Sim! Eu estou grávida.— Aí meu Deus! — Dionísio exclama ficando nervoso. — Eu vou ser avô?— Sim Dionísio, temos um pedacinho de Wesley aqui dentro de mim. — Elisa diz deixando lágrimas caírem por seu rosto.— Aí minha amiga. — Digo abraçando-a

Wesley Makaroto Com os chás que dona Eva estava fazendo para mim, eu sentia que estava ficando a cada dia melhor. As dores estavam cada vez menores e eu já conseguia andar um pouco pelo vilarejo, mas, eu confesso que estava com uma angústia no peito em não saber quem eu sou, de ter flash de memória, mas sem ao menos ver o rosto das pessoas envolvidas, é uma sensação horrível não saber da sua própria história.— Pedro! — Dona Eva diz se aproximando com um grande sorriso.— Oi dona Eva. — Digo retribuindo o sorriso.— Que bom te ver andando meu rapaz, espero que lembre de quem você é rápido. Sei que deve ter pessoas te esperando e com muita saudade. — Ela diz com os olhos marejados.— O que a senhora sabe que eu não sei?— Ah, meu filho. Seu acidente não foi apenas um acidente. — Dona Eva diz me deixando aflito. Ela é a curandeira do vilarejo, mas também tem poderes mediunicos.— Quer dizer que tentaram me matar?— Sim, meu querido. Não posso deixar que você saia daqui sem que se lembr

Maria Elisa ParkerEstava sentada na cadeira de frente para a mesa do escritório de Dionísio, escutando atentamente o que ele estava me contando sobre o porque Wesley ter se casado com Ashley. Eu estava perplexa e muito nervosa, não conseguia acreditar que a própria mãe pudesse ter feito uma barbaridade dessa com o próprio filho somente por um amor doentio, eu só posso estar sonhando e ainda mais por Ashley ser imã de Wesley, que loucura tudo isso.— Não queríamos te contar até você ter o bebê porque é muito perigoso, você pode se exaltar, mas decidimos que seria melhor você saber agora, até porque Wesley deixou uma carta para você explicando tudo, mais cedo ou mais tarde você iria lê-la e descobrir sobre tudo. — Liara diz.— Não se preocupe, a morte dele não será em vão, agora eu tenho todas as provas e irei coloca-los todos atrás das grades. — Então faça isso o mais rápido possível, eles tem que pagar por meu filho crescer sem um pai e por eu ter perdido o amor da minha vida. — D

Maria Elisa ParkerO tempo não tem dó, ele passa tão rápido que sinto que a qualquer momento poderá me levar com ele, para seja lá qual for o seu destino. Cá estou eu, em uma cama de hospital gritando horrores, pois finalmente chegou o grande dia, o dia que vou conhecer o meu filho, o meu Max. Liara esta aqui, como sempre, ao meu lado segurando minha mão, não me deixando desamparada e cuidando de mim, com cada detalhe que mereço.— Força minha amiga, você é forte e conseguirá passar por tudo isso, nossa família esta muito ansiosa a espera do nosso pequeno.— AAAAAAHHHHH! — Grito com toda a força que existe dentro de mim. — Só mais um pouco, querida. Ele esta vindo. — O doutor Guimarães responsável por toda a minha gestação diz me incentivando.— AAAAHHHHHH! — Grito como se minha vida dependesse disso, e em instantes sinto um vazio dentro de mim, e logo após ouço o choro do meu pequeno. — Um lindo menino, forte e saudável. — O doutor diz e eu deixo que escape um sorriso de ali

Maria Elisa ParkerEstava saindo da empresa e voltando para a fazenda, mas o GPS acabou me mandando para o lugar mais pobre da cidade, com isso, estradas esburacadas acabaram por furar meu pneu, parei drasticamente, olhando para trás, para ver se meu Max estava bem.— Tudo bem , meu amor? Desculpa por isso carinho.Se passaram cinco meses, e há exatos três meses atrás eu voltei para assumir os negócios da Editora, e todas as sextas eu levo Max comigo para que os padrinhos possam matar a saudade e que possamos ficar mais tempo juntos. E agora isso me acontece, não sei o que faria se Max tivesse se machucado. Percebi que estava de frente a uma mercearia, sai do carro, peguei Max, e pedi ajuda para o moço muito simpático.— A senhorita não deveria esta por essas bandas, dá para ver que a senhora é de boa família, aqui tem muitos vândalos. — O senhor Hugo diz me levando para dentro da mercearia. — O GPS acabou me enviando para o lado oposto, e acabei vindo parar aqui, pneu furou e o re

Maria Elisa ParkerAcordei com os raios solares entrando no meu quarto, olhei para o berço e não vi meu filho, levantei em um sobressalto, escutei risadas vindas do lado de fora, olhei pela janela e vi todos aos risos com Max na grama. Respirei aliviada, ele estava bem.Corri para o banheiro, tomei uma ducha gelada, vesti um vestido solto, e desci as escadas indo para o exterior encontrando o pessoal.— Bom dia bela adormecida. — Jhonatas diz sorrindo com Max no colo.— Bom dia pessoal! — Digo. — Esses padrinhos estão me saindo muito caro.— Não importa, o que importa é que Max nos adora. — Denise diz tirando Max do colo de Jhonatas.— Ela não me deixar ficar com ele nem um pouquinho. — Jhonatas diz cruzando os braços.— Não vejo a hora de chegar a segunda novamente, para esses urubus saírem daqui e deixar meu afilhado somente pra mim. — Liara diz revirando os olhos.— Não posso dizer o mesmo, pois Liara não me deixa ficar um segundo com o meu neto. — Dionísio diz emburrado.— Vocês s