Liara Martins

Se passou um mês desde aquele maldito acidente, o resgate parou as buscas e deram Wesley como morto, disseram que algum animal deve ter sentido o cheiro do sangue dele, e devorado-o, sei que são palavras cruéis, mas foi exatamente assim que disseram para me e Dionísio.

Dionísio ainda está muito abalado, tem um mês que ele não fala comigo, não se comunica, não me diz o que sente. Eu começo a achar que ele pensa que seja minha culpa, afinal, se eu não tivesse vindo para cá talvez Wesley ainda estivesse vivo.

Enquanto ele dirigia o carro, eu sentia as lágrimas quentes descerem por meu rosto, virei o rosto para a janela para que ele não me visse chorar. Eu estava chorando por perder meu melhor amigo, mas também por sentir que estou perdendo o meu amor.

Chegamos no apartamento, Dionísio estacionou na frente do prédio e Elisa já estava na entrada nos esperando. Ela entrou no carro em silêncio, e eu não conseguia falar nada, desci do lado do passageiro e entrei no banco de trá