Início / Romance / O tenente e a babá cega / Capítulo 21 - Capítulo 30
Todos os capítulos do O tenente e a babá cega: Capítulo 21 - Capítulo 30
137 chapters
Vazio
CAPÍTULO 21 Valéria Muniz O fato dele dizer que vai me levar à um especialista, me emocionou demais. Não pude me conter, foi como ter voltado naquela noite... em Israel há quase dois anos: (...) O dia estava chuvoso, eu já havia passado do horário de voltar pra casa. Se Aaron descobrisse, eu pagaria caro, mas aquele era um abraço que valia a pena. — Você vai ficar bem, soldado. É um homem forte, jovem... — toquei outra vez o seu rosto, apalpei cada detalhe, hoje eu estava conhecendo ainda mais como ele era, suas feridas da face haviam melhorado, com tantas ervas que fiz compressa. — Graças a você, que cuida tanto de mim. Quando eu levantar daqui, vou fazer questão de ir atrás do seu maior sonho, você merece. — Só de saber que está melhor, já é o suficiente! — encostei meu rosto no corpo dele, tentando esquentar seu corpo, embora estivesse com febre. A chuva estava bem forte, ele não poderia piorar. — Sinta as minhas mãos, soldado... elas estão quentes. — ouvi um riso baixo. —
Ler mais
Preparativos
CAPÍTULO 22 Theodoro Almeida — Então vai mesmo se casar com a moça? — a pergunta da Ane me pegou despreparado, olhei profundamente nos olhos dela, ainda me sinto desconfortável falando disso com ela. — Quem te contou? — Isso é o de menos, na verdade, estou perguntando pra ver se fico feliz ou triste com isso, porque a pesar da babá precisar muito de ajuda, eu também penso muito em você. — ela arrumou o Samuel no colo. — Ainda é engraçado como o Samuca parece comigo naquelas fotos que o Rogério tirou no orfanato. — levei a mão até o rosto dele. — Não disfarce! — sorri do jeito dela, que bateu de leve na minha mão. — Querida, fica tranquila! Está tudo bem, só quero ajudar essa moça, e também me certificar que o seu irmão foi preso, e esse aliciador, seja lá quem seja, esse velho que se chama Ezequiel, desapareça ou seja preso também! — digo isso pra ela, mas a quem eu quero enganar? Não será nada mal, ter uma mulher à minha disposição. Por que não
Ler mais
Não desista de mim, soldado!
CAPÍTULO 23 Valéria Muniz Passou o final de semana todo e Theodoro não voltou para falar comigo. Na sexta-feira foi capaz de enviar um beijo pela minha patroa, mas não se deu o trabalho de aparecer. Não que eu espere algo dele, mas é que... droga! A quem quero enganar? “Foco, Valéria! Foco!“ Segunda-feira: O dia começou agitado, passei a tarde com os patrões, cuidando do pequeno Samuel enquanto eles planejavam o hotel novo que Vicente está começando a levantar. Quando chegamos, fiquei no jardim com o bebê, ele já iria tomar banho, e fez festa quando o soltei no jardim para engatinhar, é claro que permaneci sentada com ele, controlando cada movimento, mas os seus gritinhos eram incríveis, me faziam gargalhar a cada segundo, ao sentir as suas mãozinhas batendo na grama e nas minhas pernas. — Ah, como você é adorável, pequeno príncipe! — do nada ouvi uma voz pela grade e senti um cheiro ruim e familiar. — Leva o bebê para a mãe dele, e vem co
Ler mais
Medo
CAPÍTULO 24 Theodoro Almeida — Você ainda não deve ter recuperado todas as memórias, algo deve estar bagunçando a sua cabeça. — a voz doce e amedrontada da Valéria me fez pensar. — Realmente, às vezes penso que não me lembrei de tudo. Mas como sabe sobre mim? — quando perguntei seu corpo enrijeceu, mas logo me lembrei — Ah! Eu esqueço que você passa o dia todo com a dona Maria, naquela casa a gente sempre acaba sabendo de uma coisa ou outra. — Seu semblante suavizou, percebi que as maçãs do seu rosto ficaram levemente coradas, e até a sua boca voltou a ter cor, então eu sorri, nem percebi que estava com o polegar em cima da sua boca, e então acabei acariciando seus lábios. — Porque tenho tanta vontade de te beijar, Val? Sabia que esse hijab branco e roupas tão cobertas me deixam louco? Me aproximei mais, puxei o seu corpo bem perto do meu, e quanto mais eu olhava pra ela, mas eu queria beijá-la, então a beijei. Dessa vez ela não me rejeitou, parecia es
Ler mais
Amantes
CAPÍTULO 25 Theodoro Almeida Quando o elevador parou, pensei melhor. — Valéria, eu esqueci algo lá no quarto, não saia aqui da última recepção, eu voltarei rapidamente. — Está bem. — deixei a mala com ela, que encostou numa parede e subi com o mesmo elevador. Peguei o meu celular e fiz uma ligação: — Polícia de Guarapuava, boa noite! — É o tenente Almeida. Solicito uma viatura aqui no hotel do centro, subam para o quarto 103, tem alguém que precisam prender, seu nome é Aaron Muniz, um dos homens que denunciei mais cedo. — Certo, Tenente Almeida! Em alguns minutos estarão, aí. — o bom de morar em cidade pequena é isso, aqui muitos me conhecem e esse Aaron vai conhecer agora, já zombou demais com a minha cara. Sorri quando notei que essas portas nunca fecham, agora me seriam úteis. Abri de uma vez e peguei o nojento de saída, todo arrumado, com cara de assustado. — Eu vou te ensinar a ser homem, seu moleque! — meti um soco no estôma
Ler mais
O que faço?
CAPÍTULO 26 Valéria Muniz Achei estranho o fato do Theodoro ter voltado sozinho para o quarto, mas não questionei. O pior foi quando percebi que ele estava demorando, e para completar, senti aquele cheiro de perfume feminino tão familiar... Aquele da mulher que me esbarrou na noite em que encontrei o Théo. “Seria ela?“ — Mas é tonta, mesmo... Sabe que desde a primeira vez que te vi já percebi e não me enganei? — soltei da parede e tentei visualizar o vulto de quem era que estava falando comigo daquele jeito. — Quem é você? Como ousa falar comigo se nem te chamei? — ela bufou. — Cai na real! Eu saquei que está tentando agarrar o Théo, porquê ele me rejeitou, mas não adianta se iludir, ele ama Anelise desde que nasceu e só sai com prostitutas, nunca quis ninguém, não se meta a besta, não... fica feio! Ainda mais uma mulher que não se arruma e ainda por cima é “cega”! — “ele ama Anelise, tanto assim?“ — pensei, mas essa mulher não vai me humilhar. — Deveria cuidar da sua vida, p
Ler mais
O seu irmão está preso
CAPÍTULO 27 Valéria Muniz — O que acha de tirar essa roupa, agora? Estamos na nossa casa, será minha mulher, não acho que seja impróprio. — Theodoro subiu a mão até a minha coxa, pensei que o meu coração sairia pela boca. — O que deu em você? — “Será que ficou assim, porque viu a dona Anelise no hotel e não pode fazer nada?“ — Theodoro, não! — o afastei e comecei a descer da mesa, mas ele prendeu o meu corpo contra ela, e segurou firme na minha cintura. — Não percebe como está me deixando louco? Temos que comemorar o casamento, a casa nova... não fuja de mim, Valéria! — esticou a mão pela minha cabeça, puxando meu hijab, e mal consegui detê-lo, a sua boca já estava na minha, foi impossível me afastar. A minha mente imediatamente começou a brigar com o coração, que queria desesperamente se entregar a ele, sem reservas, sem culpa, senti-lo me tocando de novo, aquelas mãos grandes e quentes em minha pele, que já não preciso esquentar como antes... ah, com
Ler mais
Conversa com Vicente
CAPÍTULO 28 Theodoro Almeida Precisei me controlar, e sair da nossa casa com a Valéria. Essa suposição me deixou incomodado, e com certeza vou tirar satisfação com a Carla e a chefe dela. — Theodoro, você quer conversar? — abri a porta do carro para que Valéria entrasse e não a respondi, porém percebi que iria explodir, então precisei falar: — É que Anelise é minha amiga, é casada, e também fico pensando se uma história dessas cai no ouvido dela ou pior... no do Vicente! Eles já tiveram problemas demais, estão bem agora, não precisam de mais isso. — Sinto muito, não falo mais sobre isso. — ela encostou na janela. — A questão é que se ela esteve naquele hotel, eu nem a vi. Então, só peço para que pense melhor quando alguém te disser algo sobre mim, não quero mal-entendido nenhum! — ela ficou em silêncio depois de um “sim”, tão baixinho. . Quando chegamos, eu tentei ajudá-la a entrar. — Eu faço isso, sozinha! — Não custa nada eu te aju
Ler mais
O bolo
CAPÍTULO 29 Theodoro Almeida Já era tarde, não vi mais a Valéria, então fui no local onde pensei que não voltaria mais, “a casa onde já contratei algumas acompanhantes”, hoje a Carla me ouviria. — Olha quem apareceu! Poderia ter ligado, eu iria até o hotel. — Carla veio sorridente, arrumou os seios naquele decote imenso, fazendo-os quase saltar para fora, bagunçou os cabelos e veio com aquele salto imenso, rebolando o quadril até mim. Porém, antes que me encostasse, eu a evitei. — Não encoste em mim! Eu só vim avisar que não te dei o direito de se meter na minha vida, e não quero saber de você ou qualquer outra, conversando com alguém que prezo! — Mas, por que? — O fato de eu ter te contado pequenos detalhes da minha vida, não te dá o direito de achar que exerce alguma influência sobre mim ou é melhor que outras putas! — Ah, e aquela outra, sim? Tá certo que não trabalha nessa casa, mas você mesmo disse que era uma puta! E, agora anda saindo por
Ler mais
Emocionada
CAPÍTULO 30 Valéria Muniz — Ele se lembrou de mim, meu amorzinho! Seu tio é meio mandão e grosseiro às vezes, mas é a pessoa que mais tem feito coisas pela titia! Ah meu Deus, você deve me achar uma doida, porquê ele parece ter feito pouco, mas pode gargalhar pra ele quando chegar, porque ninguém se lembra e faz algo pela titia como ele! — as risadas gostosas de Samuel é o que me faz sorrir, querer passar por cada dificuldade que tenho enfrentado. Só não posso lembrar do meu irmão Abel, então eu choro e não quero chorar agora. — Depois a titia chora, não é? — os furinhos da bochechinha dele são lindos quando sorri, já senti algumas vezes quando passo os dedos, consigo visualizar bem, na minha mente. Escolhi um hijab de tecido fino, porquê a dona Anelise disse que o vestido que me deu é da mesma cor, e muito bonito. Usarei uma roupa melhor hoje, e esse de mangas médias e um pouco mais justo, deve ficar bom. A moça da limpeza me ajudou a escolher uma roupinha para o bebê e logo eu j
Ler mais