Alicia PamukDonna só podia estar aprontando alguma coisa, não tinha mais nenhum carro além do meu e, segundo ela, era uma social com alguns amigos. Mas então por que parece que só a gente chegou?Toco a campainha, sentindo a mão suada de Pablo junto a minha. Ele está nervoso, eu sei que está. — Ah, que bom que chegaram! — A porta é aberta e Donna praticamente pula em nossa frente.Ela está usando um vestido colorido, como os de sempre, e seus olhos vão diretamente para a minha mão segurando a de Pablo, então seu sorriso dobra de tamanho.Ela nos puxa para um abraço.— É tão bom recebê-los — diz.— Cadê todo mundo? — cochicho entredentes antes de ela nos soltar.— Ah, estão aqui, somos só nós. — Aponta para nosso pequeno círculo.— O quê? Não vem mais ninguém? — questiono, olhando ao redor, e ela nega, balançando a cabeça. É claro que ela aprontaria algo!— Não fiquem parados aí, venham. — Faz um floreio para que entremos. — Pablo, é um prazer recebê-lo em nossa casa. Kai, querido!
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