“Moça!” Uma voz angustiada ecoou na escuridão.“Moça! Por favor, acorde!”Angelina sentiu seus ombros sendo sacudidos, tirando-a de um sono profundo do qual ela não queria mais acordar. Lentamente, ela abriu os olhos pesados. A primeira coisa que viu foi a expressão preocupada de Irina. A empregada estava inclinada sobre ela, onde ela tinha desmaiado no dia anterior, ainda encostada na parede.“Obrigada, Deus”, suspirou Irina quando viu seus olhos finalmente abertos. “Você está bem, moça? Quer que eu chame um médico?”“Não”, ela respondeu com a voz rouca como lixa. “Não chame ninguém.” Não tinha sido um pesadelo afinal. A gaiola dourada era tão real quanto as algemas invisíveis em seus pulsos e o peso pesado em seus ombros.“Tem certeza? Você está pálida”, insistiu Irina.“Eu já disse que estou bem”, Angelina respondeu, sem querer ser rude, apesar de estar de mau humor. Irina não era culpada pelo que tinha acontecido. “Desculpe, não foi minha intenção...”“Está tudo bem, moça”, a
Ler mais