KarenEu estava tomada pelo desespero, mas sabia que precisava manter a lucidez, como Camila havia me sugerido. Otávio dependia de mim, e eu não podia me permitir desmoronar. Com passos lentos, retornei para a calçada, esperando ansiosamente pela chegada dos policiais, cuja demora parecia uma eternidade.Enquanto isso, minha mãe, com os olhos marejados de lágrimas, se juntou a mim, após vasculhar a casa em busca de qualquer sinal de Otávio. Meu pai, por sua vez, batia de porta em porta, perguntando aos vizinhos se tinham visto o menino. A angústia pairava no ar, envolvendo a todos em sua teia.— Ele está por aí, em algum lugar — minha mãe tentou me confortar, segurando minha mão com firmeza.— Eu sei, mãe, mas está tão difícil… — respondi, lutando contra as lágrimas que ameaçavam cair a qualquer momento.De repente, a expressão de minha mãe mudou drasticamente. Seus olhos se arregalaram enquanto ela fixava o olhar em algo atrás de mim.— Karen! Olhe ali! — exclamou ela, apontando para
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