Com um estalo nítido, ressoou um som que preenchia a sala vazia e escura, ecoando de forma surpreendente. Walter, aos vinte e oito anos, devia estar levando um tapa pela primeira vez, ou talvez pela segunda, ele já levou um tapa dela alguns meses atrás, quando ele afirmou que ele estava apenas “usando uma ferramenta”.Entretanto, dessa vez, Larissa pretendia que o tapa fosse muito mais contundente. Ela se deitou no sofá, sua respiração agitada devido à fúria, os dois se encaravam na escuridão.O ambiente era envolto em trevas pela eficaz cortina, impossibilitando ver qualquer expressão no rosto de Walter, mesmo estando a menos de trinta centímetros de distância.A respiração de Walter era estável, emanando uma frieza firme, como se fosse uma corrente de ar gélido.Eles permaneciam como bestas enjauladas, se recusando a recuar, como se o duelo deles fosse durar para sempre.De repente, um som mecânico de “beep” ecoou da porta. Alguém usou um cartão-chave e abriu a porta. Larissa, sem
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