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HELENAOlhei para o relógio, já eram quase oito da noite e ao contrário da noite anterior, estava fazendo muito calor, ele tinha chegado e ainda eram sete horas e depois que jantamos, não aguentando mais o calor insuportável que pairava no ambiente, Enzzo ainda me convidou para tomar banho no rio, algo que recusei assim que ouvi suas palavras e ele acabou indo sozinho.Mas, já não estava mais aguentando, pois meu corpo estava banhando pelo suor. Um pensamento surgiu em minha cabeça e com passadas rápidas fui até a minha mochila e procurei entre minhas roupas a camiseta que fazia par com uma blusa transparente que tinha, afinal, nem em meu pior pesadelo cogitei em deixar minhas costas amostra. Vesti a peça que ficou bem colada em meu corpo, desse jeito eu não ia correr nenhum risco dele querer tirar a peça. Deixei o ambiente e segui para a parte esquerda da cabana, onde estava localizado a alguns metros um rio, com passos largos, já dava para ouvir o barulho causado pela movimentação
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Uma semana depois...OMARDESDE O MOMENTO QUE DEIXEI O QUARTO DA INFELIZ, tratei de reunir o meu pessoal e enquanto alguns foram direcionados para o local do acidente, eu fui para o hospital mais próximo. No entanto, depois de percorrer todos os hospitais desse país, não obtive nenhuma informação da desgraçada que tenho por filha.Os membros do conselho, sabendo de toda movimentação, vieram ao meu encontro e jamais poderia revelar a todos que ela havia simplesmente fugido e aproveitando que souberam da morte de Thadeu, tratei de colocar toda a culpa no maldito, fazendo todos acreditarem que ele certamente estava trabalhando para os inimigos, o que fez todos cogitaram que tudo foi planejado para tirar o imbecil do caminho deles e com sua morte, não iam correr o risco de ninguém saber o paradeiro de Helena, assim, no momento certo, eles poderiam usá-la para colocar o plano que tinham em mente em ação.Sabendo da realidade dos fatos e sedento de ódio, para colocar minhas garras naquela i
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ENZZOELA ESTAVA NERVOSA, depois de acalmá-la, seguimos para a entrada e assim que entramos, eu disse.— Eu quero que vocês conhec...Antes que eu terminasse de falar, o meu tio ao desviar a sua atenção do jornal em suas mãos se virou em nossa direção. Suas feições mudaram e a raiva estava visível em seu olhar, deixando-me desorientado, mas ouvir as palavras ditas por ele fez toda a alegria que estava sentindo segundos atrás ser substituída por tristeza e raiva.— Helena Petrovci!O som, de suas palavras ressoou no ar. Hulk segurou o objeto com as duas mãos, revelando a imagem daquela que sempre odiei só por saber do seu nome e da sua existência. Que sem saber, conheci sua verdadeira aparência e senti durante esses dias um sentimento que jamais achei que fosse capaz de ter por nenhuma mulher. Uma onda de calor tomou conta de mim. Senti o ar se esvaindo dos meus pulmões e o ódio trancou a minha garganta. Tudo que vinha em minha mente eram as palavras ditas pelo meu tio, olhei para mulh
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ENZZOTODA A RAIVA QUE TOMOU CONTA DE MIM estava me enlouquecendo. Além da sensação ruim como se o meu corpo estivesse se incendiando, acabei voltando à realidade ao ver o meu tio com uma arma apontada na direção dela o que não só fez o meu coração se agita ao perceber a sua intenção como novamente algo que só sentir depois que nossos caminhos se cruzaram pairou sobre mim "medo".Por mais que as sombras estivessem me envolvido, não foi o suficiente para que a luz vinda dela ainda tentasse a todo custo me atingir e por mais que sentisse um ódio descomunal pela maldita, pensar que, com um simples movimento uma bala poderia ser algo fatal e como consequência tiraria sua vida. Por instinto meus lábios se moveram e minha voz se fez presente fazendo o meu tio desviar sua atenção do seu alvo.Hulk mantinha seu olhar fixo em mim e eu sabia que uma verdadeira guerra seria iniciada. Todavia, suas feições mudaram e um sorriso satisfatório surgiu no seu rosto ao ouvir minhas palavras.Olhar para
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HELENAMEUS OLHOS PERMANECEM FIXOS na imagem a minha frente. Sinto um nó EM meu estômago e respiro fundo tentando controlar a ânsia e não vomitar. No entanto, o som da voz do homem que estava determinado a ser o meu novo carrasco ecoou no ambiente, me fazendo direcionar minha atenção para ele.— Assim como os porcos, tenho certeza que você vai adorar a lavagem. Você teve muita sorte que cheguei antes de Yolanda ir levar o jantar deles.Fechei os olhos por uma fração de segundos, para não deixar que as lágrimas que estavam se formando, viessem a cair, pois não ia chorar na frente dos dois. O tio dele, que até então estava imóvel e com um sorriso vitorioso em sua face, levou uma das mãos até a travessa e pegou um pedaço de carne e conduziu até a sua boca. O que fez o meu estômago reagir de imediato, logo em seguida a voz de Enzzo se fez presente novamente.— Abaixe-se e aproveite o seu banquete — falou no tom de sarcasmo.Olhei para a gororoba que estava dentro de uma vasilha, que era s
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HELENADEPOIS QUE ME LEVANTEI DO CHÃO, segui para o banheiro. Estremeci toda quando olhei o meu reflexo no espelho, parecia até um animal, com a boca toda suja, sem contar as minhas mãos. Abri a torneira e depois de lavar as mãos foi a vez da minha boca. Mesmo sabendo que não ia adiantar muita coisa, mas pelo menos não acordaria com bafo de onça, peguei a tesoura e cortei o velho tubo de creme dental, em busca de encontrar ainda algo dentro da embalagem.Eu acho que pela arrumação do lugar e a máquina de costura, aquela senhora utilizava o porão com frequência. Levei o dedo indicador em direção ao resto de creme espesso no fundo, movimentando para que pudesse sujá-lo. Com o dedo todo branco, coberto pela substância, conduzi em direção a minha boca e comecei a esfregá-lo com força nos meus dentes. Instantes depois, deixei o cubículo e caminhei em direção a caixa em busca de pegar um dos cobertores que tinha visto horas atrás, que mesmo com alguns buracos, serviria para me proteger
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Tirania – Albânia ENZZODESDE QUE SOUBE DA EXISTÊNCIA DA FILHA DAQUELE TRAÍDOR, que a cada dia e ano que se passavam, assim como o ódio que sentia pelo desgraçado se tornava descomunal, eu sentia uma pancada de fúria apoderar-se de todo o meu ser ao pensar que, ao contrário de mim, Helena Petrovci, se tornou para todos que fizeram parte do legado dos Demisovski, a única herdeira da máfia albanesa.Nunca em toda a minha vida havia levantado a mão contra uma mulher, já que as únicas com quem convivi, foi Yolanda, que tenho como uma avó e as mulheres do bordel, que sempre fizeram de tudo para ter o meu cacete dentro delas. Mas, quando eu cogitei que ia apreciar a cena de vê-la se saciando da comida, que era servida aos porcos, a atrevida saiu em disparada da cozinha. Levantei-me imediatamente e ao chegar à sala e ver a pessoa por quem daria a minha vida jogada no chão com uma expressão de dor, um vulto tenebroso passou por mim e um calafrio atingiu a minha espinha. Senti todos os órg
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OMARUM TREMOR VIOLENTO ME ATINGIU POR DENTRO. Meus pulmões estavam aos espasmos, à raiva incendiando em minhas veias e por mais que eu quisesse desviar atenção da imagem a minha frente, fiquei completamente imóvel. Eu mais parecia uma verdadeira estátua humana. Diante daquela fotografia e apesar de tantos anos terem se passado, eu jamais esqueceria aqueles malditos olhos e a sensação que senti quando eles ficaram grudados nos meus. Não sei quanto tempo se passou, mas quando voltei ao meu estado de lucidez, de imediato minha voz ressoou no ambiente.— Quem deixou essa maldita caixa?— Ela foi encontrada na troca de turno do pessoal da guarita e presumindo que fosse alguma informação do paradeira da princesinha da máfia, após passar pelo rastreador e constatar que não tinha nenhuma substância explosiva, um dos nossos homens trouxe até a mim.— Quero todas as imagens da parte externa da mansão.— Agora mesmo, chefe.No momento que o homem sumiu do meu campo de visão, levei minhas mãos
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Dias depois...HELENAOS DIAS SE PASSARAM e as lembranças daquela noite nunca saíram da minha mente. Depois que ele caminhou em direção a escada, no movimento que durou somente dois segundos, Enzzo pegou o sobretudo e ao subir os degraus o colocou em volta do seu corpo. Assim que chegou próximo à porta, lançou um olhar cheio de sarcasmo em minha direção, em seguida sumiu da minha vista.Nojo! Essa era a palavra que descrevia tudo que eu estava sentindo. Mesmo sabendo de tudo que ele me fez, no fundo eu tinha esperança de que tudo aquilo era um pesadelo. Que maior que o ódio e a raiva, ele pudesse ter algum sentimento por bom mim.Ouvir aquelas palavras fez toda uma retrospectiva passar a minha frente e nem mesmo as surras que levei de Omar, doeu tanto quanto os puxões de cabelo e o tapa que Enzzo me deu, provocando algo muito forte dentro de mim. A sensação que eu tinha era como se ele tivesse cravado uma estaca em meu peito e essa tivesse entrado e saído me destruindo em prestações.
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Dias antes...ISABELLAQUASE UM MÊS SE PASSOU DESDE QUE A RAZÃO DA MINHA VIDA, aquela a quem eu achei que estava protegendo, tirando-a das garras do capeta, para que não tivesse uma vida ainda mais dolorosa ao lado daquele outro infeliz, deixou esta casa. Os dias se tornaram um verdadeiro tormento e como se não bastasse toda a dor que estava sentindo, não só pela saudade e essa incerteza do que aconteceu com ela, tive que me manter forte para não sucumbir as agressões, onde desta vez, não só marcaram o meu corpo como a minha alma. Saber que o desgraçado com quem me casei seria capaz de matar a própria filha, fez com que uma onda de tremores percorresse todo o meu corpo. E, durante o interrogatório dos conselheiros, ver nos olhos de Malaquias, que apesar de pertencer a essa organização sanguinária, ele sempre tentou manter vivo o legado dos Demisovski, onde mulheres e crianças deveriam ser protegidas e não se tornarem alvos da crueldade desses homens, que mais parecem uma erva daninh
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