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HELENA

DEPOIS QUE ME LEVANTEI DO CHÃO, segui para o banheiro. Estremeci toda quando olhei o meu reflexo no espelho, parecia até um animal, com a boca toda suja, sem contar as minhas mãos. Abri a torneira e depois de lavar as mãos foi a vez da minha boca. Mesmo sabendo que não ia adiantar muita coisa, mas pelo menos não acordaria com bafo de onça, peguei a tesoura e cortei o velho tubo de creme dental, em busca de encontrar ainda algo dentro da embalagem.

Eu acho que pela arrumação do lugar e a máquina de costura, aquela senhora utilizava o porão com frequência. Levei o dedo indicador em direção ao resto de creme espesso no fundo, movimentando para que pudesse sujá-lo. Com o dedo todo branco, coberto pela substância, conduzi em direção a minha boca e comecei a esfregá-lo com força nos meus dentes. Instantes depois, deixei o cubículo e caminhei em direção a caixa em busca de pegar um dos cobertores que tinha visto horas atrás, que mesmo com alguns buracos, serviria para me proteger
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