EDWARD PORTMANA reunião se arrastava de uma forma exaustiva, mas eu não conseguia focar nas discussões que estavam sendo levantadas. Por mais que quisesse prestar atenção, a minha mente insistia em voltar à noite anterior, ao jantar que havia preparado para Milena. Era para ser um gesto simples, uma forma de me redimir por tê-la exposto na empresa, algo que, no fundo, eu sabia que era injusto com ela. Ela não merecia estar no meio disso, mas, de alguma forma, se viu enredada nessa trama por minha causa. E o que eu fiz? A levei para jantar e, enquanto tirava o sobretudo dos seus ombros, notei como a pele dela reagiu ao meu toque, como se houvesse uma conexão que não conseguíamos evitar.Eu deveria ter ignorado isso. Não era para ter dado atenção, mas, por aqueles segundos, quando vi os pelos do braço dela se arrepiarem e o seu corpo reagir, algo dentro de mim despertou. Era uma sensação de possessividade, algo que não deveria existir, porque, sinceramente, eu não nutria nenhum sentime
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