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Todos os capítulos do Minha tentação usa terno: Capítulo 21 - Capítulo 30
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Por você
— Pai, na verdade eu só vim fazer uma pergunta.Babi ligou a luz com o controle, clareando a sala, ambos me olhando preocupados.— Faça, meu bem.— É possível colocar câmeras nos banheiros dos funcionários da North B.?— Não, não é possível. Todos os lugares onde é autorizado possuem câmeras. Onde não há é porque não podem ser colocadas.— Você não tem como intervir nisto? Tipo... Fazer mudar a lei?— Não.— Seu pai não pode mudar a lei. Ele é só o CEO na North B — minha mãe lembrou.— E da Babilônia! — Heitor olhou-a. — Mas algum problema que eu possa ajudá-la?— Não... Eu só queria saber.— Não quereria saber do nada. — Babi foi reflexiva.— Eu... Só fiquei curiosa mesmo. Li uma reportagem sobre... Assédio sexual em banheiro de empresas. E fiquei me perguntando... Se futuramente o uso de câmeras não nos protegeriam disto.— Os banheiros são separados em femininos e masculinos. E há câmeras em todos os corredores. Saberemos se um dos banheiros foi invadido por alguém que não deveria
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Por você (II)
— Fizeram o certo. Não podiam sobreviver extorquindo vocês a vida toda.— Você cresceu e eles não tiveram mais o que usar para tirar benefício de nós, pois sabiam que a escolha seria sua.— Jamais eu pensaria em ficar com eles.— Eu sei, Malu.— Eles nos encontraram de novo.Tentei ficar calma. Que tipo de gente fazia aquilo?— Quando isso vai acabar, afinal? Eles não têm mais o que fazer... Sou adulta. Não os reconheço como meus familiares. E é um direito meu.— A partir das suas fotos vazadas na internet... Eles chegaram até nós.— Telefone?— Sim.— Quem?— Não sei com quem eu falei. Sequer tenho certeza se sua avó ainda vive. Mas ela pode ter falado aos irmãos de Salma, ou os filhos deles e assim por diante.— O que eles querem? Me forçar a conhecê-los? Eu não quero, mãe. Tenho certeza disto.— Sua mãe escreveu toda a vida dela em diários.— Você... Comentou algo a respeito. — Lembrei.— Daniel foi o último que ficou com eles. E alegou ter queimado.— E...— Quem ligou alega estar
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Ester Santini
Apesar de tudo, fui trabalhar. Ocupar minha mente com outras questões me faria esquecer o que estava acontecendo. Afinal, não tinha com o que me preocupar, já que por enquanto só eu e meus pais sabíamos.Apesar dos meus pais serem contrários à minha decisão de pagar para ver o que a família de Salma faria, eles aceitaram. Heitor e Babi sempre foram muito coerentes e criaram os filhos de forma aberta e à base do diálogo. Quando os assuntos se referiam a mim e Theo, conversávamos até encontrar uma solução que fosse boa para todos. A esta altura, eu já com 24 anos, claro que a decisão final coube a mim.Se aquilo vazasse na mídia eu sofreria. Nem sei se tanto por mim, mas por eles. Heitor jamais mereceu o que Salma fez. Eu já não tinha nenhum tipo de sentimento pela mulher que me pariu, mesmo Babi tentando me fazer acreditar a vida toda que ela era uma boa pessoa. Agora que sabia a verdade, ódio era a palavra que definia o sentimento pela minha família biológica.Meu pai não apareceu na
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Ester Santini (II)
— Nenhum batom é totalmente longa duração ou tem o poder de sequer borrar.— Ouvi dizer que Theo está trabalhando nisto.— Acha que ele conseguiria? Já provei diversas marcas e nenhum passou no test kiss.— Sinceramente, eu acho que sim. Theo sempre foi muito dedicado no que se dispõe a fazer.— Droga! — Ela seguia tentando tirar a marca vermelha, que teimava em não sair.— É só um batom. Relaxa, Ester.— Como você está? — Me olhou, ainda fixada em retirar o borrado.— Pensando em quem foi o filho da puta que filmou eu e Dimi.— Por que não me disse que tinha um caso com seu primo? — Ester finalmente largou o celular, me encarando.O garçom interrompeu nossa conversa perguntando o que ela iria beber. Ester pediu um drinque com pouco álcool.— Eu não tenho que dizer com quem eu durmo. — Dei de ombros.— Mas eu demonstrei interesse por ele. Fiquei mal depois que soube. Poderia ter me poupado de ter dado em cima de Dimitry, quando no fim ele era seu.— Dimitry não é meu. A gente nunca te
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Somos solidários à sua dor
— O que... Você está fazendo aqui? — A cara dele era de espanto.— Estou sem calcinha... — Abri as pernas – Bem-vindo, príncipe dos ladrões.— Você... Está bêbada? — perguntou, sem se mover.Levantei e dei alguns passos na direção dele:— Não sirvo para corna.— E eu tenho que servir para corno?— Digamos que... Sim. — O olhei debochadamente, tentando transparecer uma segurança que estava longe de sentir.A parte boa é que mesmo eu estando destruída por dentro, as pessoas sempre me achavam uma rocha, forte e sem coração. Porque era exatamente isso que eu queria que pensassem a meu respeito. Mas por dentro... Estava uma pilha de nervos e me sentindo traída... Não tanto por ele, mas por ela.Mulheres podiam usar os homens, porque eles usavam as mulheres. Mas ser traída por uma amiga? Ah, aquilo doía mais que os chifres que foram postos na minha cabeça.— Onde está Ester? — questionou.— No raio que o parta.— O que você fez com ela?— Matei com minhas próprias mãos, enterrei e plantei u
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Somos solidários à sua dor (II)
— Sua mãe ficaria chateada se ouvisse isso.— Não sei como ela conseguiu perdoar Salma.— Eram amigas de toda uma vida.— Pai, eu vou superar isto. — Levantei, forçando um sorriso. — Podemos tomar café na varanda?— Claro, raio de sol. — Piscou, saindo.Peguei o celular, para me inteirar das notícias. Mas não cheguei a tocar na tela para desbloquear. Talvez fosse melhor nem ler o que estava escrito com relação a minha família. Os últimos dias haviam sido tensos e de surpresas nada agradáveis.Tomei um banho e tentei segurar as lágrimas, que teimavam em apossar-se dos meus olhos.— Você é Maria Lua Casanova. E não vai chorar! — repeti para mim mesma.Me vesti formalmente para o trabalho. Não contaria a meus pais sobre o caso de Ester e Robin. Ao menos não naquele dia.Iria jogar a cabeça na pilha de trabalho que a North B. sempre tinha para mim e à noite talvez fosse à Babilônia para dançar e me desestressar com Ben. E tudo ficaria bem, como sempre.Assim que cheguei na varanda, ouvi c
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É demais para mim
“Por tanto tempo eu planejei isso tudo. E agora que aconteceu, me sinto um ser humano desprezível. Eu nunca fui uma louca por dinheiro. Mas tenho estado cansada de tudo, principalmente dos babacas com os quais me envolvo. Parece que tenho um ímã para atrair homens de má índole e canalhas. Nesta semana mesmo conheci um homem mais velho, que parecia ser legal. Até chegar no Motel e perceber que ele só queria se satisfazer. O desgraçado era casado e se não bastasse a noite horrível que me fez passar, me humilhou ao final, me tratando como um objeto. Sinto nojo e asco por homens como ele. Mas Heitor... O que dizer do meu chefe? Depois de tudo que fiz para chegar até a sala dele, jamais imaginei seu desprezo por mim ou pela pessoa que ele imaginou que estivesse ali. Eu sei que todas as mulheres dariam qualquer coisa por uma boa foda com o CEO mais conhecido e disputado de Noriah Norte. Mal sabem que ele sequer beija na boca e eu fico tentando imaginar o motivo. Já ouvi que prostitutas n
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É demais para mim (II)
— Por que pede perdão, meu raio de sol? — Babi ajoelhou-se ao meu lado, encarando-me enquanto limpava minhas lágrimas.— Eu causei um escândalo por... Enfim, Dimi e eu... — Olhei para os Perrone.— Isto já passou.— Não passou, mãe! Eu não pensei em vocês... Só em mim... E na minha...Ben tapou minha boca:— Não precisa dos detalhes, cherry.— Eu ia dizer minha... Satisfação. — Ri, em meio às lágrimas.— É detalhe da mesma forma, raio de sol. — Ele riu também.— Maria Lua, está tudo bem! — Heitor disse.Levantei e me afastei um pouco deles:— Mãe, pai... Salma foi horrível. Ela me teve somente porque queria levar uma vida boa e usá-lo... Para isto. — Olhei para Heitor. — Ela destruiu o relacionamento de vocês...— Não, Malu. Ela não sabia... Quando se deu conta de que eu e Heitor estávamos envolvidos, ela voltou atrás. — Babi tentou justificar.— Mas já era tarde. — Ben olhou para Babi. — Ela já tinha feito a porra toda.— Eu achei que não teria problemas... Que tudo seria tranquilo e
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As malas
— Se tivesse ideia do quanto dói ficar longe de você, raio de sol...— Eu tenho ideia... Porque dói em mim... — falei, num fio de voz.— Vem... Por favor. Não posso garantir curá-la desta dor, mas posso ao menos tentar diminui-la dentro de você.— Por que eu iria, se você foi embora justo para não me ver nunca mais?— Falei na hora da raiva. E pedi desculpas, sabe disto.— Na hora da raiva que se falam as coisas que realmente se sente.— Ah, raio de sol... Não seja tão difícil. Eu só quero ajudar. Deixe-me fazer por você o que tanto fez por mim.— Eu... Sou uma mulher difícil... Isso é inerente da minha personalidade.— Bem, vou ter que discordar... — Ele gargalhou.— Imbecil... — reclamei, com um sorriso no rosto.— Estarei esperando você com o café da manhã preparado.— Vai ter bolo de amendoim?— Eu nem sei onde se compra isto. E nunca vi por aqui.— Você mesmo pode fazer. Eu só como bolo de amendoim no café da manhã.— Disse a garota alérgica a amendoim a vida inteira. Ok, eu pego
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As malas (II)
— Talvez.— Estava falando com meus sapatos. Mamãe disse que o apartamento de Theo é pequeno e que eu devia levar só uma mala de sapatos e não duas.— E o que seus sapatos responderam?— Que iriam sentir muito a minha falta... E se suicidariam. Então eu decidi levar uma mala menos de roupas e duas de sapatos.Ele suspirou:— Você vai acabar com a tranquilidade de Theo. Já imagino até ele voltando para casa, com você debaixo do braço.— Quer que eu o traga de volta, pai? Eu posso fazer isso, se quiser.— Estou brincando, Maria Lua. Sabe que deve seguir as regras da casa dele, não é mesmo? Você vai ser hóspede.— Eu prometo que vou fazer tudo que ele mandar, pai. E vou me comportar.— Uma vez sua mãe me disse que não sabia se comportar. E acho que nisto você puxou a ela.Eu sorri:— Sabe que agradeci mentalmente a Deus por vocês dois terem me aceitado como filha?Ele se aproximou e me abraçou com força:— Você foi a primeira criança que peguei no colo... Na vida.— Eu sinto muito, pai..
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