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Todos os capítulos do O sabor da vingança: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Capitulo I- Os dezoito
Vendo desta maneira, o peso de responsabilidades apenas umentam, dezoito anos, já? Deixarei de ser a menininha do papai, a garotinha da mamãe, mas também, com os dezoito anos vem muitas responsabilidades, firmar noivado, faculdade, contas para pagar, planos de casa, filhos e etc. Olhei em volta, e como eu, ele pensava no mesmo, apenas lhe vi lamentar enquanto continuava me olhando apoiado ao balcão, a música tão animada ao fundo meio que perdeu o ritmo no momento para mim, as luzes piscantes, seus cabelos que ganham novo tom de grisalhando, seu corpo forte, voluntarioso na blusa branca de mangas compridas social, a calça jeans, seus olhos verdes deixaram de me olhar somente quando retirou o celular do bolso, apontou para os fundos, indicando que ir atender lá.Compreendendo que poderia ser importante, apenas balancei a cabeça num, sim, pedindo que não fosse mais uma daquelas ligações demoradas, apesar dos receios da idade nova, não poderia negar que é a festa dos sonhos, hoje faço m
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Capitulo II- Um desconhecido
— Tess, Tess… — Afasto a mão assim que ele se aproxima, tentando ajeitar a sua roupa com uma mão, empurro a mão que tenta me tocar, ao lhe ver titubear, saio em seguida, não consigo dizer nada, não agora, as lágrimas descem, isso é tão… tão nojento, saio correndo do banheiro, como o resto da boate, seja lá quem for que esteja aqui, agora nada e nem ninguém importa, apenas corro.— Tess? Tess — Ouço gritos, vozes me chamando, saio com pressa até bater num peito forte, o cheiro diferente inunda meu nariz, as mãos me seguram com firmeza pela cintura.— Ei! — Ouço uma voz firme no meu ouvido, tento me desvencilhar, mas as mãos ainda me seguram forte. — Me solte! — Digo em lágrimas, esperava tudo esta noite, menos descobrir que minha melhor amiga desde a infância e meu namorado me traíssem.— Desculpa, conhece? — Ergo a cabeça para o olha nos olhos, um homem alto, negro, cabelos crespo preto me olha sério, desvio o olhar do dele, tento me soltar outra vez. — Eu mandei me soltar! — Sai num
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Capitulo III- A informação
— Qual foi zé ruela? — Atendi o celular tocando algumas vezes, observando o meu morro de cá de cima, longe de qualquer olho do inimigo, as casas que se empilham uma a uma forma a minha favela, sejam elas coloridas, ou reboco, outras apenas no bloco, tudo é casa, tudo é povo. — Vai ter invasão aí cara! — A notícia me pegou de surpresa, fazendo o calor vir na cara, pago uma nota para esses fila da puta, e eles vêm para cá?— Que ideias é essa rapaz? — Pergunto indignado, querendo me atualizar dessa notícia.— É pow, tô te avisando agora, porque acabei de saber, não tava no plantão ontem, os colegas estavam comentando entre si, sabe como é né? — Não deixo ao menos se explicar, tô ligado que esses bagulhos não acontecem assim de uma hora para outra, sempre tem um motivo, é uma parada de semanas e até meses para fazer.— Que dia? Hora? E quem tá por trás dessas ideias aí?Escutei os passos caminhando em minha direção, a mulher loira de cabelos cacheados, se aproximou de top vermelho e short
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Capitulo IV- O Meu mundo caiu
Eu quero sumir, desaparecer do mundo, de tudo agora, cheguei em casa sem querer ver ninguém, o que fiz da minha vida? Me perguntei decepcionada com tudo, comigo mesma, joguei um momento lindo fora, com um desconhecido, tudo dentro de mim, arde, dói agora, parece que fui rasgada ao meio.Tomei um longo banho, sentindo-me usada, tudo ardendo por dentro, aquele homem era um completo animal, fiquei bastante tempo no chuveiro, a água caindo se misturando as lágrimas, que deixei rolar, todos os momentos maravilhosos que tivemos, cada promessa, cada palavra, conversa, planos Messias trocou tudo por uma transa? Ainda mais com Camilla, e eu tola, me atirei na merda como uma vadia.A dor em meu peito só aumentou doendo profundamente, respirei fundo, enrolando o cabelo molhado na toalha, deito-me em seguida, chorei até dormir. Senti o meu corpo balançar, ser empurrado, abrir os olhos, na minha frente estava a última pessoa que eu queria ver no momento. — Tess, Tess é sério, eu... — Camila começo
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Capitulo V- Três semanas
Nada mudou na favela, embora imagino que o morro esteja visado por gente grande, pela facção rival, foram cinco policiais mortos na invasão, um dos grandes também se foi nesse bagulho aí, fiquei sem informação do DP todos os dois que me informava dos bagulhos se foi, um deles fui eu que matei, o outro que me avisou a tempo, não teria porque morrer estava fazendo o combinado.Os dias foram de silêncio na favela, todo mundo pisando miudinho, todos na maciota, mostrar que eles não conseguem ter tão fácil acesso a mim assim, é bom, mas só aumenta a sede deles por mim, o que não terão nunca. Tivemos que comprar outro policial, mas o cara é chato pra cacete, oferecido demais, liga demais, me incomoda muito, tenho que mandar dá uma prensa nele fila-da-puta.— Fala Romano! — Atendi a ligação no meio dos parceiros, os moleques fazendo a pesagem, embalando a mercadoria, dividindo pra levar pra casa, cada um cuidar do seu, é um trampo como outro qualquer, cada um com o seu comércio, vende a seu
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Capítulo VI- Investigação arquivada
Três semanas depois...— Tess por favor sai desse quarto filha! — Olhei para a minha mãe de pé na porta, depois da morte dele, ela não foi mais trabalhar, fica o dia inteiro em casa, enquanto eu, não tenho vontade alguma de sair daqui. Respirou fundo, vendo os olhos dos ombros subirem e descerem, continuo lhe olhando, ela está mostrando força em vão, sinto que está deteriorada por dentro, não há mais aquele brilhos nos olhos como antes, nada por aqui é como antes, não mataram apenas o meu pai, mataram as nossas almas.— Eu preciso de você Tessália! — Ouço sua voz tentando me convencer, quase um mês se passou, e nada, nada aqui é o mesmo de antes. — Para quê? Acha que eu tenho condições de continuar como se nada tivesse acontecido, mãe? — Pergunto, lhe vendo prender o lábio inferior ressecado aos dentes.— Acha justo com tanto esforço que ele fez filha? Pensa que vale a pena ficar aí presa dentro desse quarto, vai mudar alguma coisa Tessália? Ficar presa aí dentro o dia inteiro é que n
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Capítulo VII- Teu preço?
Cheguei a boate a noite, sozinho, olhei em volta, a procura de um sexo gostoso, intenso e nada mais, poderia pedir em casa, uma boceta in delivery, mas quero escolher com os meus olhos primeiro, uma caça privilegiada, tornando o jogo mais saboroso.Percorri os olhos pelo bar, a pista de dança. — Mia que bom te ver por aqui! — Fui surpreendido pelo administrador que já veio rindo na minha direção, não gosto desse tipo de aproximação repentina. — Não trouxe nada pá tu não, vei, quero uma das tuas aí, qual a melhor que tem pra hoje?Sorriu de canto a canto. — A melhor? Sério que esta me perguntando sobre isso, Mia? Adivinhe o que eu consegui exclusivamente pra você? — Revirei os olhos pra o seu puxa-saquismo. — A morena, uma morena de tirar o fôlego, se quiser ligo pra ela agora, você quer?Suspirei fundo, ele não esqueceu a minha última vez que estive aqui, só estava levado por não ter pago, pra mim mulher é como um objeto, ir num parquinho de diversão, usou, divertiu, paga e acabou. —
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Capitulo VIII- Atração
Era trabalho, uma missão, mais escapou disto, aquele desconhecido havia me dado o que nenhum outro me deu, em uma semana neste ramo, fiquei perplexa na cama após a sua saída do quarto, foram muitos momentos, tantos beijos que me perdi por inteira naquele completo estranho.Mas a maior surpresa foi ao me levantar, vi o montante de dinheiro, franzi o cenho, ali naquela cabeceira havia muito dinheiro, contei a cada cédula contendo seis mil reais, no total do que era proveniente este dinheiro? Me perguntei observando o dinheiro na cama, me vesti, após olhar-me notando cada marca em meu corpo.Foi intenso, admito que foi incrível, se a minha primeira fosse com ele, seria fantastico, balancei a cabeça ao notar o risinho surgindo em minha boca, a felicidade um pouco se surgia em meu mundo, era estranho, passei dois dias lidando com a papelada da minha mãe, comprovar o seu afastamento por doença, era o problema.É fácil pra um policial ser afastado por complicações, mas pra ele mesmo pedir, é
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capitulo IX- O processo é lento...
Como toda criança sonhadora, sempre acreditei na justiça, por isto escolhi ser uma advogada, tudo seria tão facilmente resolvido em meu mundo, no que idealizo, e sempre acreditei, mas após um mês de perda, de dor e sofrimento, ninguém falava mais no acontecido, meu pai se tornou apenas memória, morreu também na boca das pessoas.Minha mãe a cada dia que passa definha no nosso sofá, os cabelos pretos não estão mais presos como antes, alguns fios escapam do elástico que o prendia,fficando sempre bagunçados, a comida se tornou massas, coisas preparadas rapidamente, nada mais que isso. Tive que assumir a casa, e como a responsável, senti-me pressionada a ser por ela.Levando-ao médico, cinco semanas depois, tive uma notícia que não me agradou em nada. — Sua mãe esta com depressão, senhorita Dourado! — Olhei atentamente para os olhos do médico a minha frente, apenas suspeitar não seria bom, os sinais denunciam. — O que posso fazer por ela?Sentei ajeitando-me na cadeira de vez, ele empurrou
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capitulo X- Por mim, por sua mãe
Minha vida em uma semana indo ao clube, fez-me sentir como dupla personalidade, durante o dia, a mocinha delicada, recatada que acabou de perder o pai, meus olhos vagando de um lado a outro no quadro enquanto o mestre falando sobre leis e diretrizes estruturais sem parar, agora não faz tanto sentido assim.Continuei sentada na cadeira tentando acompanhar o roteiro de aula, os olhos assíduos enquanto acompanho escrevo, me faz morder os lábios, pela manhã a aluna dedicada na faculdade, ao sair da aula, alguns olhares me acompanham por onde ando, não faço ideia do que comentam, mas imagino, alguns podem ser frequentadores da boate, outros...–Tess precisamos conversar! – Camilla não diz e espera, sua mão vai me arrastando pelo corredor, até que paro de repente. – O que é Camila? – Indago sem rodeios, apesar dela estar na boate sempre disposta a tudo, não confio, e sua presença não me faz menos venal, menos vadia. – Acabei de falar com o gerente da boate e... – Droga, simplesmente não acred
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