Todos os capítulos do Ensinando a morte como amar : Russia em chamas I : Capítulo 11 - Capítulo 20
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Loucuras antes da meia noite
Luna Em algum momento entre ceder ao pecado e permanecer no paraíso será que Eva se perguntou das consequências que traria para a sua prole? Pois, neste futuro é dito e julgado cada um dos nossos pecados por juízes tão pecadores quanto Caim, o arrependimento lhes redime se já planejam cometer tal ato outra vez? São pensamentos confusos que se passam pela minha mente perturbada pela aflição em ter o que desejo e cometer o pecado, tentando convencer a própria alma de que será apenas um pecado e não vários.Sou tomada pelo fogo no seu olhar, este me conduz a um inferno no céu pois, o anjo de belos olhos que lê todas as minhas expressões está se banhando na lava fervente do lugar cheio de trapaceiros como ele ,talvez seja a raiva pela traição ou a loucura intrínseca as mulheres que se perdem dentro da própria mente, que levam os devaneios a esse ponto.Seus olhos frios em contraste com as mãos quentes envoltas no meu quadril como uma serpente prestes a esmagar sua presa,observo os lábios
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Maliciosa
LunaÉ incrível que durante a ida para a entrada do inferno todos te olham, julgando seus pecado e apedrejando o telhado de vidro que todos tem, mas na entrada do primeiro círculo permeado pela indecisão sentimos o peso das decisões que recaem fazendo a balança ficar dividida sem ajudar em nenhuma escolha, pois o peso dessa decisão deve recair apenas sobre os nossos ombros. Sinto tudo isso nesse momento.As pessoas dentro do saguão evitam olhar na direção dos homens ao nosso lado, o piso coberto pelo carpete vermelho amortecendo os passos pesados, controlo a vontade de roer as unhas enfiando na epiderme dos dedos buscando controle para seguir em frente diante das minhas decisões mesmo as piores sempre encarei tudo de frente, não vai ser um homem com o dobro do meu tamanho capaz de diminuir tudo o que fiz até aqui. Sempre busquei agir conforme a moral dos outros e como isso impactaria em outras vidas, mas e a minha vida?Saio dos devaneios ao sentir os dedos firmes outra vez contra o
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Desejos
Luna Ele joga a cabeça para trás os cabelos tocando meu ombro, tomei os lábios perfeitos em um beijo forte soltando o membro, para agir mais rápido que ele, abrindo um sorriso arrogante quando os olhos azuis estão praticamente tomados pela escuridão ao perceber que estã com as mãos atadas pelo cinto.–Uma noite inesquecível Russo. - Murmuro em seu ouvido. Sou capaz de ler cada detalhe, a raiva, a surpresa, a indecisão e o exato momento em que o desejo e o tesão predominam, ao se virar e ficar sentado de frente erguendo a sobrancelha num desafio silencioso. Prendo o lábio inferior contra os dentes, abaixando lentamente sobre o salto das botinhas, abrindo as pernas, ficando na ponta dos pés completamente exposta para sua visão, levando a mão direita para o ponto o qual necessito de atenção, sentindo os líquidos escorrendo molhando os dedos para levar ao clitoris.Contínuo estimulando a carne dura pelo desejo com a visão do corpo enorme apoiado contra a cama de pernas abertas e olhar f
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Perdido demais
RomanQuanta blasfêmia, pois sei o quanto odeio mas poderia ter dito me ligue a hora que desejar e estarei disponível para ser tudo o que deseja, sim estaria ali para saborear cada uma das suas dores, raivas e pecados que atormentam a alma que tenta se manter bondosa em meio a um mar de sujeira e crueldade.O seu rosto tão assustado contra a janela constantemente volta a minha memória, como uma forma de punição, com um corpo sedutoramente projetado para o pecado e o demônio escondido naquelas íris pronto para punir e consumir cada uma das barreiras que ergui, agindo como uma bola de demolição completamente diferente de Eva. Sinto o peso se formando na garganta com a comparação, não posso, não devo, nenhuma mulher pode ocupar ou substituir o lugar da rosa que cativou os melhores sentimentos dentro dessa alma deturpada. Mantenho uma expressão de pôquer observando os homens conversando na mesa de reuniões, acenando para as exigências do Kyro mesmo com a mente retornando para o modo pos
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De volta a normalidade?
Luna–Você está bem hoje, Luna? - Escutar uma voz tão preocupada causa uma desconfiança que até então não existia.Afinal, as fofocas no hospital se espalham rápido, será que eles já sabem do meu término? Pior, será que sabem daquele Russo idiota? E se ele for um informante da máfia?!–Porque não deveria? - respondo ríspida–Calma, não quis irritá-la apenas saber se aconteceu algo, desde que te vi de manhã percebi que está meio fora do ar - me arrependo logo de ter sido duraO rosto calmo e seu olhar quente colocam minha mente de volta ao lugar, não deveria ter agido assim. Ele é um bom colega de trabalho e sempre deixou claro, que se tivesse a oportunidade gostaria de ter algo comigo as suas cantadas sempre foram um afago no ego, e agora vejo que a minha lealdade a alguém como Nicolas foi um dos maiores erros que poderia cometer. –Estou apenas tentando sobreviver ao dia. - Sorrio de lado, sem saber o que dizer, mesmo que o dia tenha acabado de começar para os plantonistas.O gosto
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Insanidade
RomanCom os longos anos de treinamento, derramando sangue e corrompendo almas em nome da Bratva, um dia imaginei ter perdido o homem que sonhava em ter algo bom, algo capaz de despertar o desejo em voltar vivo para casa. Quando conheci Eva, encontrei nela uma razão, um motivo do qual pensei jamais ter, ou ser agraciado com tal dádiva depois de tantos assassinatos sendo carregados nas minhas costas, fazendo minhas mãos ficarem banhadas em sangue. Ao perdê-la, acabei perdendo aquela parte a racionalidade do homem sentindo que passei a viver para satisfazer o lobo russo, um animal sedento por sangue e sexoDizem que somos incapazes de conhecer nossas próprias personalidades até estarmos diante de tal situação, pelo visto estou sendo colocado em xeque por uma mulher quatorze anos mais nova, uma tão boa que não se importou com nenhum dos nomes horrendos que carrego. Apenas quis cumprir o seu dever, salvar vidas. Ainda sou capaz de sentir a fúria dela com a intimação do jantar, mesmo que
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Perdida
LunaForam quatro longos anos de crises depressivas de ansiedade de acessos de raiva pela frustração, e muito acompanhamento psicológico, Nick esteve lá, em todos esses momentos de luta e dolorosos sendo o apoio que sempre precisei, sendo o amigo e companheiro amadurecendo ao meu lado. Nossos rompimentos curtos, longos, brigas e sempre nossos caminhos se cruzaram novamente, não sou uma santa nem nunca fui, apenas o respeitei durante nossa relação, tentando dar o máximo em suas batalhas pessoais e profissionais para ser tão importante para ele da mesma forma que sempre foi. Por isso a dor tão profunda, o sentimento desolador de perda, ele era a minha família ao lado de Kalifa e agora andando pelos corredores do hospital em direção ao vestiário só consigo ver desconhecidos, várias pessoas que precisam de ajuda mas que em nenhum momento iriam parar a própria vida para ajudar uma pessoa necessitada ao lado. As luzes que começam a ser acesas pelo final do dia iluminam rostos tão vazios qu
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Um encontro com o diabo
LunaForço um sorriso fraco, continuando os passos para tomar um pouco de distância dele sem nenhuma sorte, atravessamos as portas de madeira abertas pelo profissional sorridente, perco o fôlego com o ambiente completamente vazio, as mesas todas iluminadas por velas e apenas uma única no centro do local com duas cadeiras acolchoadas vazias esperando.–Sou egoísta demais para dividir a sua beleza esta noite, cheshire O tom rouco tão próximo da pele exposta do pescoço causa um arrepio subindo pela espinha, estremecendo os nervos, a porcaria do apelido misturado às palavras em russo reacendendo a chama da loucura que senti ontem. Ergo o rosto encontrando o olhar, abrindo um sorriso sem conseguir conter um pouco mais a língua solta. –Parece mais um adolescente querendo atenção. –Digo deixando o ácido atingir nós dois.Abro ainda mais o sorriso sem conseguir conter a satisfação com o desconforto do homem, desfaço o aperto da mão no quadril fazendo questão de rebolar ao desfilar entre as
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Eu o matei
RomanUma menina usando esse vestido, quase consigo ver as asas escapando das suas costas e pela raiva em ser provocada a forma como as penas caem ao chão, deve ser magnifico caso exista um plano assim, tenho certeza de que admirar a forma que tenho em corromper sua alma deve ser magnífica.Adoro a forma como o olhar surpreso deixa as feições dela ainda mais encantadoras, mesmo que por baixo dessa pele exista uma tigresa pronta para usar as garras, a sensação irritante por perceber como se importa com aquele defunto é completamente nova, causa um amargor que tento dissipar com o vinho de forma ineficaz. Por isso preciso, pior, sinto essa necessidade crescente em entender um pouco mais dela, saber se perdoaria ele, se pretendia ter apenas uma foda comigo para se vingar e voltar para o idiota.Estalo os dedos em um gesto nervoso pois sinto essa besta se contorcendo por dentro quase digo quase se encolhendo diante do que pode responder, completamente fora do habitual, nenhuma das minhas
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O luto
LunaEu matei ele!Três palavras, capazes de destruir o mundo imaginário do qual contribui para acreditar que ainda existe esperança para a humanidade, uma fantasia distorcida na busca de sobreviver às diversas circunstâncias aterrorizantes vendidas em noticiários o dia todo, nas pequenas reações capazes de destruir momentos bons, uma imagem criada e vendida para fazer com que a sociedade finja estar acima de qualquer enfermidade, acima dos problemas, a mente que no momento se faz frágil desolada pelo desespero do luto. É doloroso, sentir o quanto somos hipócritas com apenas uma simples frase decretando e expondo a realidade baseada na compreensão do ser, somos pequenos diante do todo, não existe uma doença que torne um ser humano mais forte, são apenas alterações da natureza buscando forjar novas gerações adaptáveis ao meio, o adoecimento trazendo a tona nossa face mais sensível a verdadeira essência do nosso ser por expor a crueldade da finitude a qual estamos fadados. Sinto a cab
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