Todos os capítulos do Hotel Califórnia: Prazer garantido ou seu dinheiro de volta: Capítulo 81 - Capítulo 90
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Não somos compatíveis
— Não tenho nada para dizer. Eu só trabalho. E tento não me envolver...— Com mulheres? — perguntei seriamente.— Com tudo.— Eu... Não vou forçá-lo a falar o que não quer. Tudo bem.Ele pegou a minha mão. Por que eu sentia tantas coisas com o toque dele? Por que tudo era diferente com aquele homem?— Eu... Preciso ir, Chain.— Trabalhar?— Trabalhar — confirmei.Chain pegou a carteira e retirou algumas notas de dinheiro, colocando-as na minha direção:— Pelo seu tempo perdido.— Eu não perdi meu tempo. Vim porque quis.— Sei que todas cobram neste lugar. E você certamente receberia pela noite, mesmo sua mãe ou avó sendo as donas do lugar.— Eu não preciso do seu dinheiro... E não quero. — Comecei a me ofende
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Não somos compatíveis (II)
— Boa tarde! Sou Janaína Ramirez, viúva de Joel Ramirez, que morreu neste lugar.Minha avó levantou-se, tentando parecer tranquila. Mas percebi o quanto estava nervosa:— Seja bem-vinda, Janaína. Podemos... Ajudá-la em alguma coisa?— Podem, podem sim. Que tal deixarem de existir da face da terra?Rosela arqueou a sobrancelha, demorando a responder:— Você não está sendo muito gentil, senhora Ramirez.— Quem era a vagabunda que estava com meu marido quando ele morreu?Ninguém disse nada. O silêncio foi mortal e ela demorou para recompor-se e continuar, mesmo com dificuldade:— Sei que este lugar é um Bordel. Estou a par das atrocidades que acontecem aqui. Só vim avisar que vou destruir não só este prédio inteiro, mas também todas vocês.— Ninguém teve culpa d
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Julgamento em menos de cinco minutos
Chain ficou um tempo confuso, parecendo procurar palavras para dizer:— A Construtora Partenon está fechada.— Você... Trabalha aí? — perguntei, mesmo dizendo que nunca mais falaria com ele da última vez que nos vimos.— Não... Não... Claro que não. Eu trabalho aqui perto e... Vim pegar um documento.Olhei-o dos pés à cabeça, vestido de terno e gravata. Os óculos escuros estavam repousando sobre a cabeça. Caralho, como conseguia ser tão lindo naquele traje que cobria completamente seu corpo perfeito?— Sabe dizer se precisamos marcar hora com o dono desta coisa? Aliás, conhece o dono, bonitão? — Minha vó estava bem interessada em resolver as coisas com o proprietário do terreno do Hotel.— Eu... Não o conheço pessoalmente. Mas... Ouvi dizer que ele está numa viagem de negócios.— Que porra do caralho!Suspirei:— Vó, estamos na rua. Menos, por favor.— Mas é uma porra do caralho, Liah. Quando precisamos falar com o dono ele viajar. É ou não falta de sorte?— O que... Vocês precisam do
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Julgamento em menos de cinco minutos (II)
— Bonitão, faremos um leilão para arrecadar dinheiro.— Dos móveis?— Das mulheres, querido.— Como assim?— Vamos oferecer todas as mulheres do Bordel em forma de leilão. O melhor lance leva a garota por um final de semana inteirinho. Se quiser ir e convidar seu amigo, serão muito bem-vindos, assim como a grana de vocês.Chain me olhou, confuso, mas não disse nada.— Sim, Liah vai participar. — Ela pareceu entender o que se passava na cabeça dele. — Ela precisa ajudar. E o fato de nunca ter se vendido no Bordel fará com que altos lances sejam feitos por ela.— Isso é loucura, Liah! — Ele me olhou novamente, perplexo.— Chain, é a minha vida!— Você não quer esta vida, porra! Me disse isso.— Há coisas que não podemos escolher, Chain.Ele pôs a mão na cabeça, aturdido. Rosela tocou seu rosto e disse, encarando-o:— Eu disse que é a primeira vez dela. Você pode estar lá... E impedir que seja com outra pessoa.Meu Deus! Eu queria dizer que não, que ele não deveria ir. Que não tinha o di
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O vestido
Naquela noite, enquanto atendia nas mesas, vi minha avó indo em direção ao escritório com um cliente. Fiquei um pouco preocupada, o que não aconteceria se fosse com minha mãe. Aliás, quanta saudade eu estava sentindo de Candy Smith. Chegava a doer meu peito.Não aguentando de curiosidade, fui até o escritório e bati na porta. Logo ela me atendeu e vi o homem sentado à mesa, de frente para ela.— Liah?— Eu vim participar da conversa — fui firme, entrando e fechando a porta.Observei o homem bonito e bem-apessoado, puxando uma cadeira e sentando entre os dois, na lateral da mesa.— Minha neta — vovó apresentou-me.— Tão linda quanto você e Candy — ele disse, sem cerimônias.— Não faço parte do cardápio — avisei.— Cardápio? — O homem a
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O vestido (II)
— Bem, se você ver que uma pessoa que não é muito agradável estiver pensando em passar o final de semana comigo, esperarei que intervenha, Rambo.— Eu vou tentar... Juro. Além de comprar a senhorinha do ex-asilo também. Então, caso dê certo, não leve a mal de ter que me dividir com ela.Eu gargalhei:— Ficarei honrada.— Vou lá... Preciso correr um pouco para aliviar o estresse.Ele se virou e eu disse:— Rambo?O homem extremamente forte e sedutor olhou na minha direção, com os olhos puxados e escuros, capazes de deixar qualquer mulher excitada.— Fale, Liah.— Eu... Preciso fazer valer o “prazer garantido ou seu dinheiro de volta”?— Acho que sim. No meu caso, não vou cobrar isso de você, pode ficar tranquila. — Sorriu.— Mesmo que me compra
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O leilão
POV CHAINDepois de ter passado atrasada no meio de todo mundo usando um robe provocante, Merliah ficou parada, parecendo indecisa sobre entrar ou não no palco. Eu a via perfeitamente do lugar onde estava sentado... Tão linda, mesmo sem se arrumar. Ela poderia usar um saco de lixo que ainda seria a mais bela mulher daquele leilão.Mas o motivo de eu estar ali era justamente acabar com qualquer sentimento que pudesse haver entre nós dois. Não podia me apaixonar. E para isso ela precisava me odiar, pois qualquer mínimo ato de sentimento com relação a mim, seria a total destruição de Chain Archambault Chamalet, digo, Chalamet. Merliah me fazia errar o próprio sobrenome, de tanto que estava impregnada em mim.E enquanto a olhava, naquela fração de minutos de indecisão, ficava a me questionar sobre o que vi nela de diferente de todas as outras. E a resposta era... Tudo? Dias atrás ela havia me jogado uma bota na cabeça e ficou um galo que ainda não tinha saído, só diminuído um pouco. Passe
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O leilão (II)
O lance inicial pela prostituta mais disputada diariamente foi salgado. Mas imaginei que haveria mais propostas por ela, o que não aconteceu. Os clientes pareciam incertos e isso me amedrontou porque depois dela, só havia Merliah. Estariam guardando seus preciosos norians para a filha da dona do Bordel?Dei meu lance por Cristal, recebendo um belo sorriso satisfeito dela. Juro que não era minha intenção olhar para Liah, mas quando o fiz, senti todo seu desprezo e decepção por mim. Foi pior que ela tentar atirar na minha cabeça... Ou jogar uma bota, ou me queimar com uma vela, ou vomitar sobre mim.Virei a cabeça para trás e perguntei ao homem mais velho, que bebia tranquilamente, sem ter dado lance algum:— Competirá comigo por Cristal, amigo?— Não... — Ele sorriu, olhando para o palco. — Há boatos que a menininha ali é virgem. Eu vim decidido a levá-la para casa e mostrar como é que se faz amor. — Riu, sem tirar os olhos da minha mulher.“Minha mulher”? Aquilo foi pensando pela minh
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"Eu" fiz este vestido
POV MerliahCasamento? Chain estava louco agora? Ou só bêbado mesmo?— Não pediu... E mesmo que peça... Eu não vou aceitar. Porque detesto você.— Não era o que parecia enquanto gozava na minha língua! — debochou.— Detesto você, mas gosto da sua língua.— Bom saber... Vou usá-la um bocado este final de semana.— Em Cristal? Porque em mim você não toca um dedo.— Não quero tocar o dedo... Quero tocar a língua... E meu pau — sussurrou em meu ouvido.Comecei a bater os pés e desci do colo dele, indo sozinha para a mesa.— Teremos um ménage? — Cristal sorriu debochadamente.— O que acha, Liah? — Chain indagou, em tom provocativo.— Tenho uma ideia melhor... Sexo a quatro. Que acha Tiago? — Nem eu mesma acreditei qu
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"Eu" fiz este vestido (II)
— Se não trouxer minha neta sã e salva para casa, eu corto seu pau ao meio — Rosela ameaçou Chain.Ele ficou sem palavras por alguns minutos, antes de responder:— Eu... Eu...— Você o que? Vai cuidar dela ou acha que eu não tenho coragem de cortar o seu pau?— Vou cuidar dela — garantiu.— Só para deixar claro: se Rosela não cortar o seu pau, eu corto. — Rambo parou do meu lado, cruzando os braços.Limpei as lágrimas, me sentindo tão segura por Rambo estar ali comigo. O abracei com força e ele me levantou, fazendo-me ficar na altura do seu rosto e sussurrou no meu ouvido:— Quer um boa noite cinderela para botar na bebida dele?Eu ri e respondi, também num sussurro:— Tem duração de 48 horas?Recebi um forte abraço dele, que me pôs no chão
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