Todos os capítulos do Hotel Califórnia: Prazer garantido ou seu dinheiro de volta: Capítulo 241 - Capítulo 250
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Eu não sei flertar
Eu acabei rindo também:— Se não é divorciado, não entende nada sobre isso.— Quanto tempo divorciada?Suspirei:— Mais tempo do que eu gostaria.— Traição?— Não... Bem mais complicado.As bebidas foram colocadas na minha frente e as peguei, para levar à mesa. Enquanto saía, Luan disse:— Jura que vai sair sem sequer despedir-se?Olhei na direção dele:— Verdade... Tchau.Virei as costas e fui para a mesa. Assim que cheguei, Luana perguntou:— Vai dizer que não rolou nada com o bonitão ali?— Não... Claro que não. — Olhei na direção do bar e ele ainda estava escorado.— Liah, Liah, você precisa se soltar.— Eu não quero me soltar.— A vida não é só estudar.— Eu sei. Mas no momento este é meu foco.— Você tem duas opções: virar uma rata noturna ou encontrar um amor para substituir o antigo.— O que é uma rata noturna?— Sair, sair, sair... Todas as noites. E ficar com todo mundo, sem compromisso.— Não é uma boa opção. — Comecei a rir.— Hum, então prefere substituir um amor por outr
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Eu não sei flertar (II)
— Não! Estou bem. Gosto de morar com as meninas. Se tornaram minhas amigas.— Sua mãe está muito feliz que você fez amigas da sua idade... E tem se dado bem com elas.— Acho que estou vivendo uma vida “normal”... Mas que para mim não é, entende?— Não... Não sei se entendo.— Amo Alpemburg... Sinto saudades de vocês... Mas...— Mas... — Ele me incentivou a continuar.— Como “ele” está, pai? Tem notícias?— Ele está bem.— Onde?— Merliah, por favor...— Onde? — repeti a pergunta com a voz alterada, sentindo o coração quase explodindo dentro de mim.— Eu não sei. Ele não quis me dizer. Ou seja, não quer que ninguém o encontre.Respirei fundo, repetidas vezes, tentando conter as lágrimas.Por que você fez isso, pai?Por que foi atrás de mim naquela noite?Por que não fingiu que não nos viu?Já que tínhamos transado mesmo, por que não impediu a fuga dele e nos incentivou a ficarmos juntos?— Eu... Preciso desligar — falei imediatamente.— Mas...— Tenho muitas coisas para fazer.— Até lo
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Luan
Eu não estava muito em condições de pensar sobre a aliança. Mas ainda assim, olhando meu dedo anelar vazio, senti-me completamente sem chão. Era como se aquilo fosse a única coisa no mundo que me ligasse a Chain.— E então... Você é daqui de Alpemburg?Toquei o bolso da jaqueta, certificando-me de que a aliança ainda estava lá.— Tudo bem? — Luan perguntou.Tentei fechar o botão do bolso da jaqueta, não conseguindo. Estava meio tonta e com os movimentos lentos. Não queria correr o risco de perder minha aliança.— Poderia... Me ajudar a fechar? — pedi, olhando nos olhos dele.Luan fechou o bolso para mim, fingindo que era algo sem importância.— Você nasceu em Alpemburg?— Ah? Não... Não.Ainda estava indecisa entre conversar ou conservar a joia a salvo no bolso da jaqueta.— De onde você é?— Noriah Norte.— Como veio parar aqui?— Vim... Estudar. Acabo de conseguir me classificar para ser apadrinhada por Satini D’Auvergne Bretonne.— O que você cursa?— Moda.— Hum, por isso o estilo
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Luan (II)
Puta que pariu, certamente já estava me jogando para escanteio na mente dele.— Tradicional no sentido de acreditar no casamento... No amor.Aquilo me tocou profundamente. Não pelo fato do que ele pensava. Mas por lembrar no quanto eu passei a vida não acreditando na porra do casamento e tudo que passei com Chain, entre nossos casamentos e “descasamentos”.— Não quero casar... Nunca mais — falei firmemente.“Ao menos não com outra pessoa, a não ser meu ex-marido.” Pensei, mas obviamente não falei.— Pelo visto seu casamento beira a relação amor e ódio.— Não... Não beira a relação ódio. — Me ouvi falando. — Mas não quero falar sobre isso, por favor.— Eu gostei muito de falar com você, Merliah. Sua companhia é extremamente agradável. Mas o bar vai fechar. Então temos duas opções: eu levá-la para casa e marcarmos outro dia. Ou...— Prefiro a segunda opção. – Me ouvi falando novamente, sem saber qual era.Luan riu, levantando. Pegou minha mão, soltando-a somente para pegar o dinheiro e
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Alejandro
Eu acabei aceitando sair com ele naquele sábado. E também nos vimos no domingo. E na segunda Luan me ligou. E também nos falamos na terça... E quando eu percebi, ficava mais tempo com ele do que com qualquer outra pessoa. Aos poucos Luan foi conquistando espaço na minha vida. E este espaço foi o suficiente para eu lhe contar sobre Chain e toda situação que tinha vivido.Luan era um homem compreensivo, carinhoso e divertido. Logo já frequentava meu apartamento e se tornou amigo também de Kátia, Luana e Luma.O tempo ia passando e Chain ficava cada vez mais na lembrança, como um sonho, distante, voando como as folhas desenhadas ao vento, na praia. Quando eu fechava os olhos não mais sentia os dedos dele na minha pele, tampouco o gosto da sua boca.Várias vezes, nos momentos de sexo, quase pedia para Luan ir com mais força, como fazia com Chain. Mas não tinha coragem, porque com ele não havia a mesma intimidade. Assim como não conseguia ficar ao seu lado quando o sexo acabava, tendo que
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Alejandro (II)
— Não... Chain não viria de onde está somente para ver o bebê de Milano. Eu tenho certeza disto. A não ser que...— A não ser que...— Milano pedisse — menti.Na verdade, talvez ele viesse se soubesse que eu também estaria lá. Ou, numa possibilidade remota, não fosse exatamente pelo mesmo motivo, tentando fugir de um reencontro.— Será que vai me apresentar à sua família quando for à Noriah Norte? Ou vai continuar fingindo que eu não existo na sua vida?Virei-me para ele e o abracei:— Ah, Luan... Claro que você vai comigo. Quero muito que minha família o conheça.Luan apertou-me entre seus braços:— Fico feliz em ouvir isso, Merliah. Sabe que você é muito importante para mim, não é mesmo?— Você também é importante para mim.— E quando vai conhecer minha família?— Vamos combinar o seguinte: você conhece minha família primeiro e depois eu conheço a sua. Porque caso ache que as Smith sejam muito piradas e a família Califórnia fora de órbita, pode barrar meu acesso à sua casa. — Comece
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Qualquer coisa, menos tio
Duas semanas antes do casamento, recebi uma ligação muito esperada:— Senhorita Archambault Chalamet?— Sim.— É da loja de produções de Satini D’Auvergne Bretonne. Estou entrando em contato para lhe comunicar que...Meu coração acelerou ainda mais. Sentei, pois minhas pernas estavam trêmulas.— ... A sua criação foi escolhida pela rainha de Alpemburg como a mais perfeita de todas. E por este motivo, estamos de portas abertas para receber as roupas com sua assinatura para serem expostas e vendidas aqui, de forma exclusiva. Claro que este contrato lhe renderá uma boa quantia em dinheiro, além da venda de suas produções neste espaço, que é um dos mais procurados para festas e eventos de grandiosos em nosso reino.— Eu... Nem tenho palavras — falei, emocionada.— Vou pedir que me responda algumas perguntas e dados pessoais por e-mail para que possa ser feito o contrato e dentro de um mês poderá vir assiná-lo. Agradecemos sua participação e parabéns.— Obrigada. Vou passar meus dados sim,
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Qualquer coisa, menos tio (II)
Estava tudo organizado para chegarmos na mansão Chalamet no início da manhã. Mas por azar, ou obra do destino, uma tempestade caiu em Alpemburg e os voos saindo para qualquer lugar foram cancelados. Acabamos deixando o país mais de oito horas depois do horário que havíamos comprado as passagens, tamanha confusão que deu nos terminais de embarque e desembarque.Quando desembarcamos em Noriah Norte e olhei no relógio, quase chorei:— Eu vou me atrasar... E se vovó não me esperar, vou perder a entrada dela.— Merliah, vai dar tudo certo. Só não vai ter tempo para se arrumar muito bem antes. Mas você fica linda de qualquer jeito, meu amor.Assim que pegamos o táxi, liguei para minha mãe:— Mãe, por favor, peça para vovó esperar... Estou chegando.— Claro que sua avó vai esperar, Liah. Aliás, estamos todos aqui esperando por você. O casamento não sai enquanto nossa premiada estilista não chegar.— Amo vocês... Prometo que farei o motorista voar.Luan pegou minha mão com força:— Viu? O cas
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Quem senta onde
Não, eu não estava bem. Chain estava ali e eu tinha trazido um homem junto comigo. Na verdade, não era um homem qualquer. Era Luan, meu namorado. E teria que apresentá-lo. E aquilo já estava fazendo com que eu quase morresse por antecedência.— Eu... Estou melhor. — Meus olhos sequer conseguiram desviar dos dele.— Nada de desmaiar, Merliah. O casamento é meu e só eu posso ter crise de ansiedade hoje. — Rosela apareceu na minha frente, completamente divina usando o macacão que fiz.Sorri e ela abraçou-me, sussurrando no meu ouvido:— Espero que tenha gostado da surpresa... Embora não tenha saído bem como eu esperava.— Ah, vó...Mal sabia ela que daria tudo errado. Sem perceber, eu senti que estava chorando. Rosela limpou minhas lágrimas e me deu um beijo na bochecha:— Vamos lá, minha querida. Sua avó precisa casar antes de virar jabuticaba.Comecei a rir e Rambo me deu um beijo estralado, apertando minha bochecha com força com a própria boca. Os dois saíram e meu pai abraçou-me, seg
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Quem senta onde
— Quer me apresentar seus pais, meu amor?Se tivesse um buraco bem fundo, me jogaria dentro dele. Mas não havia o buraco. E eu já era uma adulta, responsável por meus atos e escolhas. Não fui obrigada a ficar com Luan. Havia escolhido aquilo. E tinha que enfrentar as consequências.— “Meu amor”? — Milano o olhou, curioso.Olhei para minha mãe, que não disse nada. E por mais que não quisesse, meus olhos procuraram por Chain. Mas... Ele não estava mais ali. Olhei para todos os lados, não o encontrando em meio às inúmeras pessoas que levantavam de seus lugares para felicitar os noivos.— Merliah? — Luan apertou minha cintura.Suspirei e disse:— Mãe, pai, este é Luan... Meu... Namorado. — A palavra soou muito estranha. — Luan, estes são Milano e Candy... Meus pais.Ele sorriu gentilmente e cumprimentou-os:— É um prazer conhecê-los. Merliah fala muito bem de vocês.— Fala? — Milano impressionou-se.Luan sorriu:— Não deveria?— Sim, sim... Deveria. — Milano encarou-me.Foi quando vi Chai
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