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Daniel.Felicidade, essa é a única palavra consegue descrever tudo o que estou sentindo por dentro agora. Penso quando lembro que deixei a minha namorada deitada seminua na minha cama e sorrindo pra mim. Isabelly tem um jeito que me enfeitiça, que me faz querer mais e juro que cheguei a protelar faltar a essa consulta apenas para ficar lá, deitado ao seu lado, sentindo o seu cheiro que aprendi a amar, apreciando o seu calor que sempre me mantém aquecido, mas fui obrigado a sair daquela cama espaçosa e macia para estar aqui, do outro lado da minha vida, na linha tênue entre o meu presente e o passado, para desintoxicar a minha alma e o coração do veneno que eu mesmo criei.— Quando pretende cortar o último fio que liga você ao seu passado, Daniel? — Desperto com a voz tranquila da doutora Lilian e imediatamente eu ergo o meu olhar, encontrando o seu, que nesse instante me avaliam profissionalmente. Decido desviar os meus olhos para fitar as paredes brancas atrás dela, depois a mesa ret
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Daniel— Oi meu, amor! — Retribuo as palavras carinhosas.— Já saiu do consultório?— Sim e já estou na empresa.— E como foi? — O que posso dizer, que Lilian me obrigou a entrar no meu próprio inferno para ir buscar a chave do meu coração que ficou esquecida lá dentro?— A noite eu te conto. Só liguei porque queria ouvir a sua voz e ter um dia mais leve. — Ela sorri do outro lado da linha e esse som faz o meu coração acelerar.— Nos vemos a noite, então. — Ela diz, porém, suspira, parece cansada.— Está tudo bem? — Isa fica em silêncio.— Não. — Sua voz falha. — As coisas com a minha mãe não estão nada fáceis, Dani. — Ouvir esse apelido sair da sua boca faz o meu coração estremecer por dentro. Chego a me sentir quente e droga, eu deveria me concentrar no seu desabafo!— Como estão as coisas?— Eu não entendi bem, mas parece que o filho de ex associado que ela advogou está tentando se vingar. Estão dizendo que ele teve acesso a nossa casa ou algo do tipo e que pegou alguns documentos
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Isabelly.O carro para em frente ao meu prédio e dentro de mim já começo a reclamar a saudade que sentirei dele o dia todo. Você já se sentiu assim alguma vez com alguém? Eu não. Quer dizer, eu sentia falta do meu ex, mas ele vivia tão distante que era impossível não sentir a sua falta. Entretanto, com Daniel é diferente. Vivemos praticamente colados no horário do almoço e a noite toda, porém, na hora de dizer até mais tarde é sempre uma penitência. Sua mão se embrenha entre os meus cabelos, segura na minha nuca e logo os nossos lábios se tocam. Como sempre o seu beijo é libidinoso, envolvente, malicioso e gostoso, muito gostoso, tão gostoso que tenho vontade de montá-lo aqui mesmo em plena avenida para mim, mas aí, ele para o beijo e leva a minha sanidade junto.— É melhor você ir. — Ele diz. Agora me diz se pode, depois de um beijo desse eu ter que ir? Em resposta solto um resmungo manhoso. — Por que o final de semana demora tanto? — Ele rir na minha cara. — Amanhã já é sexta, sab
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Isabelly— E então? — ignoro o seu comentário e insisto na pergunta. ele respira fundo e toma mais um gole da sua bebida, depositando o copo vazio no tampo da mesa.— É o seguinte, Isabelly, eu quero você de volta. — Isso é uma piada? Porque eu não achei graça nenhuma.— Desculpa, eu não entendi!— Eu quero você comigo, como minha namorada de novo. Eu sei que parece loucura, mas a verdade é que esses três anos que vivemos eu realmente me apaixonei por você e não consigo tirá-la da minha cabeça, princesa.— Não me chame de princesa, você não tem esse direito! — rosno entre dentes, mas ele simplesmente ri.— Então, como eu estava dizendo, eu quero que volte pra mim.— Não dá, Francis, estou com outra pessoa e...— Eu sei! — Ele me interrompe. — Você está com o maluco do Daniel Ávila. Sabe que ele ainda ama a esposa morta, não é, e que ele nunca a deixará por você. Foi assim durante esses seis anos. Daniel sai com algumas garotas e as coitadinhas se iludem com ele, mas depois ele as desc
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Daniel.No centro do quarto bem iluminado aprecio a brisa fresca que entra pela janela. Então olhos nos seus olhos e abro a toalha que envolve o seu corpo. Isa parece tão frágil e delicada agora. O pano cai aos seus pés e os meus olhos passeiam imediatamente pelo corpo nu, parando nos seus seios firmes que sobem e descem acompanhando a sua respiração. Levo as minhas mãos aos botões da minha camisa e sem parar de olhá-la abro e deixo a peça deslizar por meus braços. Como sempre ela assiste cada movimento meu, porém, seus lindos olhos não escondem a luxúria que brilha intensamente. Lentamente desafivelo o cinto e meu coração estremece quando ela morde o lábio inferior, reprimindo um gemido involuntário. O zíper desliza para baixo e a calça social faz o mesmo se arrastando por minhas pernas, até me livrar dela. Aproximo-me da minha namora. Perto o suficiente para tocá-la, para sentir a sua pele, que se arrepia apenas com o meu toque. Suspiro baixinho e inclino um pouco a minha cabeça par
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Daniel — Precisamos de um banho — falo, mas ela geme algo que não consigo entender, fazendo-me rir. Levanto-me com ela nos meus braços e vamos para o banheiro. — Espere aqui, querida — peço, afastando-me para encher a banheira com água morna. Ponho alguns sais perfumados, a e a ajudo a entrar na água, me posicionando atrás dela no mesmo instante. Seguro uma esponja macia e rosada que está em uma pequena bandeja prateada e calmamente começo a lavar o seu corpo. Isa está com os olhos fechados, provavelmente apreciando os meus cuidados. Saber que Isabelly me ama assim como eu a amo é tudo pra mim. É o apoio que eu precisava para fazer o que já devia ter feito há dias. Libertar-me de uma vez por todas as grades da minha prisão, quebrar o que resta das correntes e me entregar sem reservas a esse amor. Após o banho a ajudo a se secar e vamos para cama. A faço deitar-se completamente nua, sobre o toque dos meus beijos e a abraço aconchegando-me ao seu corpo. Por fim, puxo um lençol e envolv
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Daniel — Está, mas eu não quero esperar nem mais um minuto. — Tudo bem. — Seguro a sua mão e a levo para o sofá. Isa se senta por cima de suas pernas e eu me sento de frente pra ela. Respiro fundo e olho em seus olhos. — Susy e eu nos conhecemos no refeitório da faculdade. Eu fazia o primeiro período de administração de empresas e ela estudava letras. Os três primeiros dias ficamos paquerando de longe até que tomei coragem e a convidei para sair. Desde então nós não nos desgrudamos mais, em um período de dois anos nós noivamos e nos casamos. — Respiro fundo e continuo. — Alguns meses após o nosso casamento descobrimos que ela tinha um problema cardiovascular, mas não era nada que a pudesse tirá-la de mim, até ela engravidar. — Dou de ombros. — Sabíamos que não devia levar essa gravidez a diante, porém, era o seu sonho ser mãe um dia e ela insistiu nesse sonho, e consequentemente eu não consegui dizer-lhe não. Contudo, ela parou de trabalhar e eu tomei todos os cuidados necessários. M
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Christopher Ávila.Uma reunião de família. Reunião de família seguido de um passeio, foram as palavras da minha avó Sara assim que pus os pés dentro de casa.— Você sabe sobre o que o seu pai quer conversar? — Débora pergunta me ajudando a pôr uma camisa vermelha que tem o S do Super-Homem estampado no centro dela.— Não. Vovô disse que ele chega em alguns minutos e pediu para eu não me atrasar.— Acha que ele vai me demitir? — Ela parece preocupada.— Não acho. — Minha babá sorri rapidamente de boca fechada e balança a cabeça fazendo sim.— Bom, desça logo, eu vou em alguns minutos. — Ela pede e eu saio correndo do meu quarto. Demitir a Débora até que não seria uma má ideia, ainda mais isso trouxer a Sorvetinho para morar aqui conosco. Sorrio amplo demais dos meus pensamentos. Ah sim, é uma ótima ideia ela vir morar aqui. Eu teria uma mãe e um pai finalmente juntos. Lembrar dos dois indo à escola me buscar naquele dia me faz suspirar e no dia seguinte os meus amiguinhos não falavam e
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Christopher Ávila — Ah, meu caro pirata, não pense que será tão fácil assim! — Ele rosna, se embolando pelo piso pintado de branco e pega a sua espada de volta, e começamos mais a luta. Horas depois já estamos em alto mar e com o barco encorado. Meu pai está me ensinando a pescar pela primeira vez e a Sorvetinho também, e eu estou adorando esse dia! Se eu tivesse um diário como as meninas têm, teria muito o que escrever sobre esse dia, pena que está acabando e que logo estarei em casa com os meus avós. O lado bom disso é que eles vão estar juntos em algum lugar e isso quer dizer que eles querem ficar perto um do outro o tempo todo. Desembarcamos quando o sol já está quase se pondo e o céu está mesclado com as cores laranja, vermelho e azul. É um tipo de arco íris espalhado nas nuvens. Penso. Sorvetinho segura a minha mão e me ajuda a me acomodar no banco de trás do carro e depois, ela põe o cinto de segurança. Do lado de fora eles conversam sobre algo que não consigo ouvir, mas riem
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Isabelly.— Esse é o túmulo da Susy, Isabelly. — Ele diz, observo todo o local. O lugar é lindo! Tem um canteiro com rosas brancas ao redor, um gramado verdejante e um muro de hera que separa o vinhedo e o casarão do lugar. E como se fosse um jardim secreto, onde somente Daniel conseguisse entrar e sair dele, pelo grande muro de Hera estendido de canto a canto não há quem consiga encontrar o jardim, acredito que só cheguei até aqui naquela noite porque o segui. — Eu a enterrei aqui porque... porque ela sonhava com um lugar assim e esse foi o meu último presente de casamento para ela antes de... antes da sua partida. — diz sem tirar os olhos do túmulo a sua frente, tocando o mármore frio com as pontas dos dedos. — Aquela noite eu tive uma visão com ela — fala e em choque eu simplesmente não digo nada. — As suas últimas palavras para mim foram... — Ele me olha nos olhos finalmente. — Ela vai consertar tudo.— Ela vai consertar... tudo? — indago, me sentindo meio perdida. Susy apareceu p
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