A cela ficava a poucos passos da entrada do porão e, lá dentro, ela estava encolhida, dormindo feito um anjo. Puxando uma cadeira, ele se sentou enquanto a observava, a doutora devia estar realmente cansada para dormir daquele jeito em um lugar como aquele, sem qualquer conforto.Mesmo dormindo, a sensação de estar sendo observada era crescente, as pálpebras tremeram e, ainda sonolenta, Lívia abriu os olhos, a visão estava um pouco embaçada.— Buongiorno! — disse a voz rouca. — Dormiu bem?Lívia abriu mais os olhos e então reparou que Enrico não usava mais a faixa, os olhos se concentraram no inchaço na testa do mafioso. Percebendo o olhar clínico da médica, ele passou a ponta dos dedos sobre o hematoma.— O médico da família disse que vou sobreviver.Ela desviou o olhar, ajeitou o corpo e ao se levantar e se aproximou da grade.— Me solte agora mesmo! — Exigiu. — Eu salvei você e cuidei dos seus ferimentos. Se há um pingo de gratidão em algum lugar nesse coração de pedra, você dever
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