Quando abro a porta da frente, depois de descer as escadas correndo, vejo Silvia entrando no carro que Grandão dirige, prestes a ir para casa. Tudo que faço é correr em direção a eles, entrando no banco de trás e batendo a porta, assustando os dois. — Que mer.. — Ele para de falar assim que vê meu estado, chorando alto e levemente desesperada. Eu quero parar, mas não consigo. Eu odeio isso e também odeio o fato de não ter controle sobre meu próprio corpo. Sinto que minha vida foi invadida, sinto que fui burra demais em pensar que ele não faria isso. Apesar de me sentir meio hipócrita, é claro que ele faria isso. Ele não me conhecia, eu era uma estranha e ainda sou, não significo nada e não exalo confiança. — O que aconteceu, meu amor? — Sílvia entra no carro ao meu lado e me abraça. Encosto a cabeça em seu peito, fechando os olhos com força. — Me tira daqui, por favor, por favor, por favor... — Começo a murmurar em desespero e não sei bem o que acontece. Só sei que o carro é ligad
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