Volto para o consultório em cima da hora da minha próxima consulta, o que no fundo é bom para mim. Servirá de ocupação e evitar que meu cérebro derreta pensando nos milhares de motivos que levou a Ceci estar tão calada hoje. No começo pensei que poderia ser por conta dos exames, mas, felizmente (ou não) a conheço bem o suficiente para saber que não era esse o motivo.Havia algo a mais a preocupando. Diversas vezes a peguei com o olhar vago, mordendo a ponta dos lábios ou cutucando os dedos. O que quer que seja, é grave o bastante ao ponto de assustá-la.Por mais que a preocupação esteja me corroendo por dentro, me esforcei para não pressioná-la. Quando — e si — ela precisasse de mim, me contaria.O paciente chegou, me fazendo deixar, momentaneamente, os pensamentos de lado.A consulta acaba rápido, é somente algo de rotina, então em menos de meia hora, a mãe e a criança já estão caminhando para fora do meu consultório.Resolvo usar o restante do meu horário para terminar de preenche
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