Todos os capítulos do A Mentira: Capítulo 31 - Capítulo 40
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TRINTA E UM
Contém Gatilho.LOREOlhei novamente para frente e franzi a testa assim que vi o Thomas correndo em minha direção. Eu já estava perto, então por que ele estaria correndo? E foi tudo muito rápido. O motorista do meu pai tinha sido arremessado para longe, assim como eu, mas ele estava pior. Um estrondo alto me fez perder a audição por um instante.Eu estava atirada no chão em frente ao portão. Minhas costas doíam. O carro preto havia explodido. Eu podia sentir o vapor quente na minha cara e o fedor de gasolina entrando no meu nariz. Olhei pro lado, vendo Thomas deitado no chão, um pouco distante. Podia notar que seu corpo estava sujo de sangue, o que me fez tentar levantar para ir até ele.— Thomas… — sussurrei passando a mão no chão, e me arrastando.O rosto e o corpo da Elena tapou minha visão, então forcei olhar para cima. Ela tinha os olhos arregalados, preocupados e cheios de lágrimas. Falava algo que eu não conseguia entender e nem ouvir. A presidente começou a checar meu corpo, s
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TRINTA E DOIS
Contém Gatilho.RUEL— Você pegou o verde com seu irmão? — Shawn perguntou enquanto pisava na área da casa da Julie.— Peguei. — respondeu ela.—- Mas espero que o pessoal tenha trazido também.— Tenho certeza que sim. — disse Carter, alisando as costas da Anne.Julie suspirou e me olhou.— Ruel. — ela chamou. — Vai dar uma olhada na casa... — suspirou.— Eu? — perguntei. — Por quê?— Não sei. — deu de ombros. — Vai olhar se a cozinha ainda está de pé... — me olhou e deu de ombros.— Vai você. — eu disse. — A casa é sua.— Você é um fodido. — reclamou. — Juro que estou me arrependendo. — ela disse. — Não sabia que seria muita gente assim.— Agora é tarde. — ri.—- Eu disse para você que eles iriam destruir a sua casa, mas você não me deu ouvidos.— Vocês são ricos. — falou, com a voz divertida. — Tudo que sair quebrado, vocês vão me pagar. — piscou recebendo uma risada minha e do Shawn.Blinding Lights tocava em um volume absurdo na área externa da casa. As pessoas dançavam e fumavam, f
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TRINTA E TRÊS
Contém Gatilho.LORESuspirei, pegando a primeira roupa que avistei no closet. Uma calça preta, tecido mole e cintura baixa. Um top que era mais parecido com espartilho, era da mesma cor da calça. E por último uma bota escura. Não estava a fim de sair de casa, mas como o clima aqui estava horrível, eu não conseguiria ficar nem mais um minuto, mesmo estando sempre no quarto.Eu e o meu pai não estávamos nos falando. Quer dizer, eu não estava falando com ele, porque se dependesse do Benjamin, não estaríamos nesse clima chato. A ideia de que ele esconde coisas de mim, me deixa puta e irritada, e para piorar a sua expressão séria enquanto palavras mentirosas saíam da sua boca, só me irritava mais ainda.Pedi para que o Connor me levasse na casa onde seria a festa que os meninos organizaram. Não gosto de mentir para minha mãe, mas se eu falasse que iria em uma festa, ela com certeza não deixaria, ou até mandava outro segurança me vigiar. Por isso menti dizendo que iria à casa do Pierce, e
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TRINTA E QUATRO
Contém Gatilho.LORE— Vamos continuar... — disse Sarah e eu assenti. — Ainda quer jogar?— Óbvio. — sorri ansiosa. Eu estava com raiva pela sua atitude.Julie perguntava para Anne, que pediu desafio, e sendo desafiada a dançar na frente do Shawn. Fui até o quarto da Julie, já que a mesma disse que eu poderia trocar de roupa, então peguei uma saia preta e um moletom branco. Ela tinha bom gosto. Suas roupas faziam meu estilo.Após me trocar, saí do quarto, fechando o mesmo e passando pela sala, recebendo alguns olhares confusos de alguns. Todos eles chapados. Voltei para a rodinha e sentei em uma das espreguiçadeiras que estava próxima. Anne perguntava para o menino que tinha me oferecido o seu moletom.— Lore! — ele respondeu. O alto levantou e andou até mim. Ele era bonito. Cabelo preto com algumas mechas brancas. Piercing na sobrancelha e no nariz. Um desenho de uma cobra no pescoço e outros pelos braços.Franzi a testa sem entender, já que eu não sabia a pergunta que minha amiga ha
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TRINTA E CINCO
RUEL O lugar ao meu lado da cama estava vazio, mas era de se esperar. Algo dentro de mim sabia que Lore não ficaria aqui depois que acordasse, e para mim, é até melhor assim. Ela dormiu assim que terminou de comer e conversar com a Anne, sua amiga. Pediu para que eu deitasse ao seu lado. Estava chapada pelo baseado que fumou, o qual ela foi desafiada a usar. Com certeza estava envergonhada pela briga e pelas coisas que fez. Ela estava falante ontem, mais do que o normal, aliás. Falava sobre como o colégio estava insuportável, e sobre muitas coisas aleatórias que surgia na sua cabeça. Até sobre a cor da estante da Julie, a Lore comentou. Os raios de sol que entrava pela janela iluminava uma parte do quarto. Bocejei antes de levantar e coçar os olhos. Eu estava muito cansado. Minha garganta estava seca, e o braço dolorido, o qual serviu de travesseiro pra Orlando. — Ela já foi... — disse Julie ao me encontrar no corredor. — Quem? — Lore. — respondeu.—- Ela me pediu para avisar assi
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TRINTA E SEIS
LOREAgora sentada na cadeira em frente à mesa do diretor, reparei que ele tinha se alojado muito bem. Um quadro com uma pintura sua estava localizado atrás do seu corpo. Em cima da mesa de madeira tinha um porta-retrato da sua família, assim como alguns troféus, certificados e diplomas. Valentim parecia ser um homem de grande respeito e muito talentoso. Sempre bem-vestido. Não aparentava ser muito velho, eu até diria que ele é novo demais para ser diretor de um colégio.Com as mãos-largas em cima da madeira, ele corria os dedos em um papel branco. Estava focado. Seus olhos atenciosos percorriam de maneira calma, mas atenciosa, pelo documento. Sua expressão era séria e preocupada.Eu não sabia o que ele queria falar comigo, na verdade, assim que cheguei no colégio, o Valentim pediu para que eu fosse até a sua sala. Mas até posso tentar deduzir, talvez sejam as minhas notas, como faltei ultimamente, elas com certeza não estão boas. Ou algo em relação o que aconteceu na semana passada.
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TRINTA E SETE
RUEL De longe ouvi meus pais discutindo. Não sabia bem o motivo, mas eles estavam brigados há um semana. Minha mãe é daquelas que se mantém em silêncio quando sabe que está certa, então sempre está ciente que quase todas às vezes ganha nas discussões. Ralph, por sua vez, é basicamente desesperado para mostrar à sua esposa que está certo, o que era mentira. Ele só era assim com ela. O homem alto e quase perto dos quarenta, estava sentado na cadeira, enquanto sua esposa, Kate, se encontrava em pé, gesticulando com as mãos. Parecia nervosa e irritada. Cruzei o Jardim da área externa e caminhei para dentro da casa, me aproximando deles dois. A cada passo, suas vozes ficavam ainda mais altas, como se eles estivessem perto. — Não, Ralph! Eu não vou permitir isso. — disse ela. — Ele não vai e pronto. Acabou a discussão! — Kate, eu sei que está sendo difícil... — começou ele com a voz lenta e cansada. — Mas nós dois sabemos que não podemos confiar nos capangas do Benjamin. Ele está desconf
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TRINTA E OITO
LORE Desci do carro da Anne, olhando para ela um pouco hesitante. Eu ia fazer mesmo isso? Minha amiga me fez usar uma calcinha de seda e uma roupa não muito normal para apenas uma noite de estudos. Eu usava um vestido preto colado. O mesmo estava um pouco acima das minhas coxas. Tinha um decote exagerado. Peguei meu moletom, vestindo-o em seguida, já recebendo um olhar feio da morena. — Devo mesmo fazer isso? — perguntei mais uma vez. Anne passou a tarde comigo e me perguntou o que estava rolando entre mim e o Ruel. Eu não tinha certeza do que era. Ele faz como que eu me senta diferente, o que para mim era maravilhoso. Não me trata como se eu fosse uma boneca, não como os meus pais me tratam. Eu não sou frágil como eles pensam. Ruel era uma das pessoas que mais me faz rir e pensar em mim mesma, e eu gosto de saber que ele também não me ver como uma pessoa fraca. A cada dia que passa, me sinto mais atraída. Sinto como se eu precisasse mergulhar para conhecê-lo mais. O loiro me deixa
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TRINTA E NOVE
LORE— Lore... — disse me olhando, com os olhos estreitos. — Sem os dentes. — passou o polegar em minha boca e logo adentrou o mesmo.Comecei passando a língua em sua glande, ainda o masturbando com a mão, mas logo o engoli por inteiro, fazendo encostar na minha úvula, e uma vontade de vomitar aparecer.— Caralho... — gemeu, jogando a cabeça para trás — Sim! Desse jeito...Continuei forçando-o em minha garganta, enquanto intercalava com minha mão e lambidas por todo o seu pau que já estava babado. Outra coisa que a amiga Loren me ensinou.Como ele era gostoso. Ruel agarrou meu cabelo e começou a aumentar meus movimentos empurrando minha cabeça enquanto ele gemia e ofegava.Ele estava suado e desesperado, e quando notei que ele pulsava mais o seu membro na minha língua, eu aumentei mais e forcei-o em minha garganta, deixando uma lágrima cair, mas ele limpou rapidamente e continuou me olhando.— Vou gozar na sua boca. — disse ele, e então fiz impulso para me afastar, mas ele me prendeu.
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QUARENTA
Contém Gatilho.RUELA fumaça saía da minha boca lentamente enquanto encarava o céu amanhecer e tragava o cigarro mais uma vez. Eram quase seis da manhã. Eu estava na sacada do meu quarto perdido nos meus pensamentos da noite anterior. Estava dando tudo certo com a carga, até um membro da máfia japonesa aparecer. Riki Nakamura, um dos homens que trabalhava para Akira Takahashi, o chefe. Segundo ele, o mesmo foi verificar se as drogas haviam chegado em bom estado, e isso significava que o Ralph conseguiu fechar um acordo com eles. Era de se esperar.Seu tom arrogante e grotesco me deixou irritado. Com certeza não nos daríamos bem. Ele era esquentado e gostava de uma briga. O japonês chegou falando tudo o que sabia sobre mim. Meu vício, minha família, amigos e até mesmo da Lore. O que mais ele sabia? Logo o homem se aproximou, acertando um soco no meu rosto, com certeza arrumando briga. Era notável que não me suportava. Então revidei, deixando ele bem fodido.Ao voltar para minha casa,
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