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— É o Augusto! —Constatou. — Ele está morto.— Acho que encontrei a senhora Alcântara. — O detetive disse e foi para fora da casa. Todos o seguimos para os fundos do sítio, entrando em um mato alto e seco. As lanternas clareavam a trilha estreita de terra e eu forçava a visão para olhar pertos das árvores e arbustos. Escutamos sons vozes alteradas próximo a uma espécie de poço e seguimos a direção dos sons.— É a voz da Camilly e do Carlos? — Marcos indagou ao meu lado.— Eles estão discutindo sobre a fuga da Ana — Assenti para o meu amigo e falei em um tom baixo e irritado.— Você e aquele idiota não fazem nada direito! Eu disse para não a deixar solta. Vem, vamos voltar, não vamos encontrá-la nessa escuridão! — reclamou. E quando se viraram para voltar à casa, nos encontram com as armas apontadas para eles.— Camilly e Carlos, vocês estão presos. — O delegado deu voz de prisão e na sequência começou a ler os seus direitos. Camilly faz uma cara assustada, erguendo suas mãos para o al
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Ana JúliaÀs vezes eu penso que tudo isso não passou de um grande sonho e que a qualquer momento eu vou acordar e ver que nada disso realmente aconteceu. Estou na casa da dona Joana, minha futura sogra, mais precisamente no quarto de Lilian, minha futura cunhada. E como havíamos combinado durante a nossa adolescência, minha melhor amiga fez a minha maquiagem, mas foi Lilian quem cuidou dos meus cabelos. Ela fez lindos cachos d'água e os adornou com uma linda e delicada coroa, cravejada com minúsculas pedrinhas de brilhantes e um véu fino e rendado, caía em cascatas por minhas costas, até se espalhar pelo chão. Confesso que estou muito nervosa e ansiosa também, mas acho que não sou a única agitada por aqui, pois em minha barriga está acontecendo um reboliço animado. É como se os bebês soubessem o que está acontecendo, em sua festa particular, eles param um só minuto.— Pronto. — Lilian diz se afastando um pouco e tanto ela, quanto a Mônica sorriem para o resultado final. Ponho-me de pé
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— Estava pensando em sua mãe, certo? — Balanço a cabeça em afirmação. — Ana, você sabe que de onde ela estiver, ela estará muito feliz por você, não é? — Eu respiro fundo e assinto mais uma vez.— Eu sei. Eu só... eu queria tanto que ela estivesse aqui comigo! — digo com a voz embargada. Ele vem para mais perto de mim e me abraça.— E ela está, minha querida. Acredite, que ela está! — sussurra e depois beija o topo da minha cabeça. Sorrio.— Obrigada! — Ele arqueia as sobrancelhas para mim.— Vamos? Meu filho está quase tendo um ataque cardíaco naquele altar. — Ri do seu comentário. — Acredita que ele já me ligou umas dez vezes? — Logo o clima triste se foi, e eu abri um sorriso mais largo.— Sério? Isso é bem a cara do meu meninão — sibilei segurando o meu buquê em minhas mãos e o meu sogro me ofereceu o seu braço. — Vamos — concordei entrelaçando o meu braço ao seu.— A propósito, você está linda, Ana! — disse assim que entramos no corredor. — Meu filho é um homem de muita sorte e e
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—Desculpa atrapalhar os seus planos matinais, chefinho! Mas a Ana precisa se preparar para o seu dia. — A morena infernal disse, olhando para um ponto dos lençóis, me deixando sem graça.— Para onde irão levá-la? — Indaguei quando vi a minha gravidinha vestida com um vestido branco e solto e que logo foi arrastada a porta de saído do quarto.— Não se preocupe, filho. Ela ficará bem! — Foi tudo o que dona Joana falou depois de fechar a porta. Saltei para fora da cama, em busca de uma roupa e pus apenas um short, na tentativa de impedir aquelas malucas de levá-la para longe de mim e estanquei no meio da minha sala, encontrando uma comitiva de machos me aguardando.— Que palhaçada é essa? Onde pensam que estão, na casa da sogra? — bradei para o meu pai, Marcos e Guilherme que estavam bem na passagem. Juro que tentei convencê-los a me deixar buscá-la e não importava o que eu dissesse, eles simplesmente não me ouviam. Me senti frustrado, vencido e fui obrigado a voltar para o quarto, para
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— Era brincadeira, cara, relaxa! — pede e fica sério em seguida. — Mas agora é sério, cara. Eu estou muito feliz por você. Você, mais do que ninguém, merece tudo isso e como seu melhor amigo e padrinho do noivo, eu te desejo toda a felicidade do mundo, mano! — Ele me puxa para um abraço, me dando alguns tapas nas costas.— Obrigado, meu amigo! Por tudo, mesmo. Sabe que foi mais que um amigo pra mim, você foi o meu irmão. Não tenho e nunca terei como agradecer...— Na verdade, tem sim — interrompe-me. — Você me deixa dançar com a noiva? Tipo, assim, bem coladin... — Nem o deixei que terminasse a frase e dei-lhe outro tapa na nuca. Dessa vez ele não reclamou, apenas riu em alto e em bom tom. Rolei os olhos para ele. Imbecil! Idiota!— Sem noção! — rosnei e peguei o prato montado com alguns salgados e doces e me afastei. Encontrei a Ana rodeada por suas amigas na mesa e quando me aproximei, me vi envolvido pela conversa animada das meninas. E quando a minha pequena família já estava alim
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Ana JúliaEstes dias não têm sido nada fáceis para mim. Para vocês terem uma ideia, eu estou imensa de gorda, apesar de meu marido dizer que estou linda e que continuo gostosa. Sei, me engana, que eu gosto! Estou me sentindo tão pesada, que uma baleia perderia para mim. A barriga está tão grande, que mal consigo ver os meus próprios pés, mas estou muito feliz e satisfeita com meu marido, com a minha vida e com a minha gravidez. Depois de ter completado seus nove meses, os bebês estão para lá de inquietos aqui dentro. Minha barriga faz ondas imensas, enquanto o papai conversa com eles e se diverte com os seus movimentos.— Está chegando a hora, pontinhos! — Ele fala em um tom baixo, acariciando o barrigão. — Hoje vocês completam nove meses. Estão fazendo festa aí, né? Tô vendo. Também estamos fazendo festa aqui e ansiosos pela chegada de vocês — diz tão carinhoso que eu chego a me derreter. Luís levanta sua cabeça e olha para mim. Ele pisca um olho e sorri, depois volta o olhar para a
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— Muito bem, senhora Alcântara, quando a dor vier, quero que faça bastante força, ok? — O obstetra pediu se posicionando em uma cadeira. Segurei firme a mão de meu marido e quando a dor veio, soltei um som estrangulado e fiz força, soltando um grito animalesco em seguida. E quando a dor me deixava e eu conseguia respirar, Luís acariciava o meu rosto e beijava a minha testa.— Você está indo bem, amor, estou orgulhoso de você! — Ele fala com um tom calmo e baixo. As dores viam cada vez mais fortes e eu fazia cada vez mais força. Em ter um intervalo e outro me dediquei aos exercícios de respiração e com mais um grito de dor, ouvi finalmente o choro do primeiro bebê, relaxando um pouco.— Parabéns, é um lindo menino! — Doutora Kyara disse, segurando o Jonathan e o envolvendo em uma manta. Entre lágrimas e sorrisos, Luís beijou a minha testa.— Obrigado, meu amor! —Sua voz estava embargada. O pai coruja segurou o bebê nos braços colo e de cara já teve uma conversa com o menino, de homem p
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Meia hora depois, estou pondo as bolsas no porta-malas do meu carro. Um enfermeiro, traz a Ana, sentada em uma cadeira de rodas, segurando os nossos filhos em seus braços. Pego o Jonathan, coloco-o com cuidado no bebê conforto e faço o mesmo com a Cristal. Em seguida, ajudo a minha esposa a se acomodar melhor no banco do carona e logo estamos no trânsito, a caminho de nossa casa. Não há satisfação maior do que olhar para a minha família, em meu carro. Respiro fundo e deixo um sorriso bobo crescer em meus lábios. Assim que chegamos, com cuidado vamos para as escadas e no meio do corredor, fico na dúvida, em qual quarto deixar os meus pontinhos? Eu sei, tem o quarto deles, mas poxa, eles são tão pequeninos! Para acabar de vez com a minha agonia, peço para o Emerson providenciar dois moisés e quando ele o faz, instalo um em cada lado da nossa cama. Marta me ajuda a organizar os lençóis e os protetores e em menos de uma hora tenho minha pequena família pertinho de mim. Passamos praticamen
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Epílogo - 1
Ana JúliaO tempo passou muito rápido, e eu sinto que não consegui aproveitar tudo. Muita coisa boa aconteceu em nossas vidas desde então. Os nossos bebês cresceram, eu me formei em arquitetura, mais hotéis foram inaugurados. Olho para a fachada da escola infantil Mont Serrat. Uma escola grande, onde Luís estudou quando criança e passou aqui as melhores fases da sua vida, até o dia de ir para a faculdade. Jonathan e Cristal já estão com dois anos, e é o segundo dia de aula deles aqui na escola. Eles vão fazer o primeiro maternal. Juro que achei que iriam chorar no primeiro dia deles, mas para a minha surpresa, estão super empolgados.— Mick? — Jonathan gritou para um coleguinha que estava descendo do carro, ao lado de sua mãe. Ele largou a minha mão e correu em direção ao mais novo amiguinho.— Olá! Prazer, me chamo Lisa Serrano. Eu sou a mãe do Mike. — A loira alta e bem elegante disse assim que se aproximou. Sorri segurando a sua mão estendida para mim.— Prazer, eu sou Ana Júlia! E
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Epílogo 1 - segunda parte.
— Então, que tal irmos para aquele nosso cantinho e curtirmos um dos nossos momentos gostosos? — O convite tem um tom rouco e vem acompanhado de um sexy piscar de olhos. Puxo a respiração, abrindo um sorriso malicioso para o meu marido. Pois é, agora temos o nosso cantinho especial. Um flat para a nossa privacidade amorosa, porque agora nós temos alguns minis invasores todas as noites ou todas as manhãs em nossa cama e como trabalhamos durante o dia, temos que encontrar uma maneira de escapulir. Entenderam o X da questão? — Hum, acho uma ótima ideia, senhor Alcântara! — sussurro as palavras. Luís morde o lábio inferior de modo sugestivo, quando me escuta falar o seu sobrenome, seguido da palavra mágica. O flat é um lugar simples e aconchegante ao mesmo tempo. É pequeno, mas serve perfeitamente para os nossos encontros íntimos. Batizamos o nome do lugar de nosso ninho de amor, já que é exatamente isso o que viemos fazer aqui, amor! Luís fecha a porta atrás de si e me olha da cabeça ao
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