VIRGÍNIA Não poderia afirmar que eu não acreditava, como também não chegaria ao ponto de dizer que sim. Estava confusa e o que aconteceu na loja hoje a tarde só me deixou mais desconfiada sobre o Murilo. — Eu não sei, Murilo. Eu realmente estou muito confusa. Ainda mais agora, que os meus pais foram morar em outra cidade e nem mesmo se despediram de mim. Eu não queria chorar novamente, mas as lágrimas caíram sem clemência e lá estava eu, em prantos mais uma vez. Murilo me abraçou, mas dessa vez, eu me sentia mais sensível que antes, não consegui entender por que, apenas sentir. Ele afastou meus cabelos do rosto e tentou limpar as lágrimas, que desciam em abundância, e logo os seus dedos estavam acariciando o meu rosto de maneira delicada e carinhosa, me fazendo fraquejar. Era exatamente aquilo que eu estava precisando naquele momento: carinho. E ele estava me oferecendo isso. Procurei seus lábios com os meus e o beijei com intensidade e fui imediatamente correspondida em meu
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