VIRGÍNIA
Depois da consulta com o doutor Clifford, onde o médico tentou me tranquilizar sobre as minhas alterações drásticas de humor e a montanha russa de sentimentos que se apossaram de mim nos últimos dias, eu me senti menos confusa com tudo o que estava acontecendo.
O médico foi bastante gentil durante
MURILO Eu queria a Virgínia e meu corpo dizia que precisava ser naquele momento, mas ainda assim, eu estava em dúvida se deveríamos ir em frente agora. O desejo venceu a racionalidade, no entanto, quando a Virgínia se agarrou a mim, correspondendo aos meus beijos com igual ardor. Ela começou a tirar a minha camisa social, rapidamente concluindo essa ação e chegando a minha calça. Quando eu estava apenas com a cueca boxer branca em meu corpo, constatei que a Virgínia ainda estava completamente vestida e logo tratei de mudar aquele quadro. Segurei na barra do seu vestido de malha leve e o subi até os seus ombros, de modo que ela pudesse retirá-lo por cima de sua cabeça e ela prontamente me ajudou na tarefa. Agora que nós estávamos apenas com as nossas roupas íntimas, eu só conseguia pensar em estar dentro dela o quanto antes, mas eu entendia a necessidade de irmos mais devagar dessa vez. Mesmo que o médico a tivesse liberado para fazer “exercícios leves”, como ele classificou qu
VIRGÍNIA O apartamento do Murilo era exatamente como eu imaginei que seria e aquilo quase conseguiu me desestimular a mudar realmente para o lugar, mas eu precisava ser sensata e entender que agora eu não podia pensar apenas em mim e que mais importante que as minhas implicâncias com a condição financeira e social do pai do meu filho, era a criança que eu esperava. Com esse pensamento em mente, fui conhecendo cada cômodo do apartamento enorme e luxuoso e que não lembrava em nada o lugar onde um homem solteiro e ocupado morava, tanto pelo tamanho, como por tudo que existia nele. Estava claro também que ele contava com a ajuda de profissionais para manter tudo em tamanho estado de limpeza e organização, mas aquilo era algo que eu nem mesmo deveria ter ficado surpresa, afinal, ele era um homem muito rico. Eu também não deveria ficar me prendendo a detalhes como esse e apenas procurei me concentrar em suas explicações sobre a rotina diária e sobre os dias em que a pessoa que cuidava d
MURILO Mesmo com toda a minha persistência em defender meu ponto de vista, a Virgínia foi para a loja naquela manhã e eu, ainda que contrariado, fui deixá-la no shopping para que ela não precisasse usar nenhum outro tipo de transporte. Iria conversar com ela sobre a possibilidade de um motorista à sua disposição, pois era muito perigoso dirigir, mas já previa alguma resistência de sua parte, teimosa como ela era. De qualquer forma, eu deveria aceitar aquela derrota, depois de conseguir que ela ficasse quietinha por uma semana inteira. Não precisava nem dizer o quanto eu me aproveitei do fato de que a Virgínia estava no meu apartamento com apenas eu como sua companhia e que os nossos momentos juntos foram maravilhosos, agora que ela não estava mais o tempo todo me evitando. Muito pelo contrário! Nós tivemos muitos momentos quentes e intensos e a Virgínia parecia insaciável, e mesmo sabendo que aquilo também era algo provocado pelos hormônios da gravidez, eu fiquei bastante feliz
MURILOEu estava realmente chateado com a Virgínia agora, diante de sua atitude tão intransigente e egoísta. Enquanto eu estava disposto a fazer qualquer coisa para que nós pudéssemos construir uma família de verdade, ao lado do nosso filho que estava crescendo em sua barriga, ela não parecia disposta a cede
VIRGÍNIADepois que eu voltei para a loja, o Murillo e eu entramos em uma rotina diária, onde ele me deixava primeiro no shopping e só depois ia para a empresa e fazia toda a questão de almoçar comigo todos os dias.Às dezessete horas ele passava no shopping para me buscar e juntos nós íamos para o seu
VIRGÍNIA Quando o motorista enviado pelo Murilo chegou para me buscar no local combinado por telefone para servir como ponto de encontro, eu estava me sentindo culpada e bastante tensa. Após conversar com a Mariana, para quem eu já havia contado tudo o que estava acontecendo entre o Murilo e eu, ela só faltou me puxar as orelhas, de tão contrariada com a minha atitude que ela pareceu ficar. — Você só pode estar louca, Virgínia! Ela quase estava a gritar, mas acredito que se controlou por estarmos almoçando na minúscula copa de nossa loja e uma vendedora poderia chegar a qualquer momento. — Eu tenho medo, Mari. — Eu repeti aquilo que já tinha dito para ela. — Eu não sei nada sobre o mundo do Murilo, a não ser aquilo que está nas revistas ou sites de fofoca todos os dias. — Você pode aprender, criatura! — A Mariana rebateu. — O que você não pode, é deixar escapar alguém como o Murilo, que sempre faz questão de deixar claro o quanto você é especial para ele. Eu preferi
MuriloQuando a Virgínia entrou em minha sala, ela estava visivelmente tensa e eu sorri para ela de imediato, para que entendesse que sempre seria muito bem-vinda ao meu escritório.— Oi, amor. — eu cumprimentei, me aproximando de onde ela estava, ainda parada próxima a porta de entrada da minha sala.— Oi. — ela respondeu, confirmando que eu estava certo em acreditar que ela estava nervosa por estar ali.Eu a abracei, dando um beijo breve em seus lábios e a puxando para que sentasse em uma das cadeiras dispostas em frente a minha mesa.— Eu devo dizer que estou muito feliz que tenha vindo até o meu escritório e que é sempre bem-vinda para futuras visitas. Quando já estava sentada em uma das cadeiras, ela juntou as mãos sobre o colo e, ainda parecendo envergonhada, ela apenas sorriu, como retribuição às minhas palavras.— Eu vim para irmos juntos para o seu apartamento. — explicou, após alguns segundos em que eu apenas consegui ficar olhando para ela e admirando o quanto era linda.
VirgíniaQuando a eficiente secretária do Murilo convidou a tal Bruna para acompanhá-la até a saída, eu imaginei que ela não iria aceitar aquilo tão facilmente, no entanto, ela me surpreendeu, ao olhar para nós e virar as costas, disposta a ir embora.Em contrapartida, o olhar de ódio que ela me dirigiu, ao sair da sala, conseguiu me desconcertar, e eu cheguei até mesmo a sentir um calafrio percorrendo o meu corpo, ao ver a maldade explícita em seu rosto perfeitamente maquiado.Mas ainda assim, consegui manter uma expressão de confiança, pois não a deixaria saber que ela tinha qualquer tipo de poder sobre nós. — Isso não vai ficar assim. — Ela ainda disse, antes de sair totalmente da sala.— Não vai mesmo! — Murilo revidou em um tom que não deixava margens para dúvidas.Eu conheci o Murilo há pouquíssimo tempo e tudo o que tive dele até então foi cordialidade e gentileza, mas a maneira como ele disse aquilo para a sua ex foi capaz de me convencer facilmente de que ele também poderia