Riddick Nesse dia, todos lhe encaravam como uma louca. Eu não fiz isso porque conheço o seu temperamento. Todo caso, ela se envolve demais. É uma qualidade e um defeito dela. Para completar aquele dia, depois que saímos da delegacia, ela confidenciou que o seu discurso não era dela e, sim de um cantor brasileiro, falecido. Que ela só pegou emprestado e adaptou um pouquinho. De tanto pensar nela, acabei caindo no sono. — JONH, JONH... — Ouvi a voz de Abla chamando-me. Abri meus olhos rápido e percebi que ainda estou no quarto. — Abla, é você? — Perguntei para o nada. — Ele vai me matar John, me ajuda. — Pediu desesperada. Nunca senti tanto medo em sua voz. — Me diga onde está, por favor... — Pedi aflito. — JONH, JONH... — John, John. — Ouvi a voz de um homem me gritando, literalmente falando. Levantei correndo, puxando minha arma debaixo do travesseiro. — Sou eu, Jejei! — Se identificou. Fiquei alguns segundos ainda com minha arma apontada para ele, depois abaixei. Olhei o qu
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