Murilo Lewis.Inclino-me um pouco para o lado, sobre o braço da minha poltrona e abro a última gaveta da minha mesa do escritório. Levanto alguns papéis importantes, que eu guardo ali e, no fundo da gaveta, retiro um envelope azul, com um adesivo preto o mantendo fechado.Logo abaixo do adesivo há "Para Murilo." escrito com letras de forma. E um pouco mais embaixo, bem próximo ao final do envelope há "Ana".Certo dia, quase dois meses depois que ela me deixou, eu estava tentando me concentrar no trabalho, quando sua mãe ligou para meu escritório e me chamou para um rápido café.Eu ainda estava com raiva dela e de sua filha, mas, ao mesmo tempo, eu tinha saudades e estava louco para ter notícias dela, apesar de tudo que sofri, uma vez que ela me proibiu de procurá-la. Eu deixei tudo que estava fazendo e me apressei para encontrá-la no Café da Esquina.Ela me passou esse envelope sobre a mesa, seus olhos tristes, vermelhos, e sem vida. “Ela se foi há uma semana.” ela disse. “E entregá-l
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