Retornei para São Paulo na segunda-feira. Júlia chorou o tempo inteiro enquanto me olhava colocar as malas dentro do carro, era o mesmo semblante que ela me lançou quando fui embora pela primeira vez, um olhar que dizia “tenho medo do que acontecerá com você”. Suspirei, puxando-a para perto e a abracei, sussurrando que sabia cuidar de mim mesma. E minutos depois, Ellie e eu estávamos na estrada, prontos para recomeçar nossa vida, em nossa casa nova. Nosso novo lar era bem espaçoso, um duplex na verdade, as paredes eram pintadas de brancas, detalhes em vidro, e uma luminosidade satisfatória, principalmente, nos pontos onde havia plantas. A tutora, Vivian, chegou pontualmente às 10h. Foi a primeira vez que ela se encontrou com meu filho, de inicio, ele pareceu um pouco relutante com a aproximação, talvez por, durante todo aquele tempo, ter convivido apenas comigo e a família de Júlia, porém, depois de um tempo, já estava sorrindo para ela com seus dentinhos à mostra. Fiquei satisfeita
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