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Quarta feira à tarde. Eu andava de um lado para o outro a frente do prédio de Liam. Não tinha conseguido falar com ele, afinal, queria Samuel comigo durante aquele momento e a universidade não era mesmo um bom palco para aquele tipo de show que poderia mesmo vir a ser horrendo.Não que me sentisse despedaçando o seu coração – em partes, eu o estava fazendo sim –, apenas sentia que não ia ser algo agradável e não queria mesmo passar por aquilo sozinha, não quando eu me sentia bem mais segura com Samuel e a sua certeza muda de que ele podia cuidar de tudo.Mas ele estava atrasado. E eu quase fazia um buraco no chão, ferindo-o com meus passos duros e exigentes que iam de lá para cá com constância. Sentia-me meio enjoada enquanto outra parte de mim dançava a “Macarena” por aquilo acabar. C
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- Não seja um covarde! – Samuel bradou. – Ameace direto a mim. Acha que vai conseguir que ela fique por quanto tempo ao seu lado por medo? Satisfaz a você que ela deite ao seu lado pensando em mim? – ele era tão convencido... Podia ser verdade, mas podia mostrar menos as minhas falhas não?- Você se acha muito... – Liam desprezou.- Eu tenho muitos motivos. – Samuel rebateu com um sorriso orgulhoso. – Afinal, é a mim que sua garota ama.- Você é burra, Marcela? Ele não liga para você. Ele só quer te ter em sua cama. – ele a lançou para mim.- Não acho que isso seja sua jurisdição. – Samuel falou duro. Sem negar, porém. – Era o que tínhamos para falar, Harrison. – Liam abriu a boca para protestar. – Faça o que desejar. Eu não vou deixar que fira Marcela no caminho
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As minhas unhas se cravavam na cadeira em que eu me sentava, por debaixo do estofado. Eu me sentia meio nauseada com os olhos da diretora Green, do reitor da universidade, o senhor Collins, e de Liam sobre mim. A porta atrás de mim foi aberta e eu pude ouvir os seus passos entrando na sala.– Bom dia, senhores. – ele falou, polido. – Senhorita Green. – eu sentia os seus olhos pesando sobre mim. – Marcela...Eu me senti grunhir. Esperava não o ter externado como pensava ter feito. Não tinha tido um boa noite de sono por causa dele e aquilo deixava o meu humor ainda pior do que deveria estar ao descobrir que o homem que você supostamente ama, que não é certo para você de modo algum – e mesmo assim o ama – é incapaz de te amar de volta, mesmo que minta sobre fazê-lo. Que ele está com outras como você estava a esper
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– Eu não tenho nada para ouvir. – falei, voltando-me contra a porta para poder sair. Ele se colocou a minha frente.– Vou precisar fazer escândalo para sair daqui?– Você não quer me ter longe, Marcela. – ele falou convicto.– Estranho. Não acho que leia a minha mente tão bem assim. – na verdade, era assustador que soubesse daquilo. – Agora, se me dá licença...– Eu não dou. Você vai me ouvir antes de sair dessa sala. – ele falou mandão.– Não acha que estranharão quando nos virem aqui sabendo de nosso antigo relacionamento, professor? – perguntei pirracenta. – Estamos terminados, lembra?– Não precisamos estar. – ele falou baixo.&nda
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Samuel Lewis Morris.Ela me olhava pasma, como se esperasse que ao beliscar o seu braço eu fosse apenas sumir. Ela fechou a expressão quando lhe sorri e imaginei que estava mesmo odiando que eu estivesse ali. Mas em que outro lugar estaria? Em meu apartamento que parecia tão vazio, sobre corpos de outras mulheres – que não eram nem mesmo um décimo do quanto ela era minha – ou ainda em meu querido laboratório que era onde tudo aquilo tinha começado?Na verdade, não imaginava estar em outro lugar senão com ela naquele exato momento. Não queria estar. Claro que ela tinha sido clara, perfeitamente clara ao me negar por mais uma vez. Claro que ela tinha sido clara quanto ao fim daquilo, de nós. Mas desde quando levava com seriedade algo que Marcela me dizia? Desde quando eu a obedecia, aceitava os seus nãos?Ela a
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Agora, ele estava lá embaixo. Eu ouvia o som de suas risadas em um papo bem animado com minha mãe enquanto o meu coração disparava. Claro que o meu pobre coração estava disparado. Seu professor que é um deus grego da beleza, insuportável, canalha, cafajeste, egoísta, mentiroso e manipulador está em sua casa. O problema?Você está perdidamente apaixonada por ele. O problema maior? Ele é um filho da puta que não consegue se manter dentro das calças e que não conseguiu se manter fiel a alguém como você e decidiu se casar com outra mulher enquanto diz te amar. Ele é a droga do filho dos seus padrinhos, alguém que foi criado ali naquela casa, alguém que você tinha como um ídolo, como o planeta ao qual você servia de satélite.Lá estava eu, sentindo o meu estômago doer e tendo a certeza que n&a
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Samuel Lewis MorrisTinha certeza que a humanidade tinha realmente algo contra mim. Bem, ou isso ou eu estava pagando os pecados de todas as minhas vidas anteriores – e eu deveria ter pecado muito e ter vivido muito. Claro, por que quando as chances de dar certo são quase nulas, ainda há jeito de torna-las nulas de um vez. Eu deveria saber disso.Assim, não que a situação já não fosse super confortável. Claro que apenas com Marcela desejando arrancar o meu coração ainda batendo de meu peito e o esmagar perante os meus olhos não era tão ruim assim. Por que não piorar as coisas? Vamos chutar a porra do balde da vida de Samuel Morris só para ver se ele consegue dar a volta por cima e se recuperar? Realmente adoravam me testar.Eu estava preparado para pessoas pulando com as câmeras para gravar minh
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Eu olhei para Marcela que me olhava com a testa franzida, formando um vinco de preocupação ali. E, afinal, o que eu tinha ido fazer ali, eu não tinha feito. Senti-me extremamente frustrado, não só porque não tinha conseguido explicar que o anel era só como devolução, mas porque a tinha colocado em maus lençóis. “Nos” tinha, isso se ainda existisse mesmo um “nós”.Eu dei as costas para todas as pessoas na mesa – e para ela – com um estranho aperto em meu peito. Não que eu achasse que Marcela fosse mesmo para Londres – ela parecia mais assustada que eu com a ideia –, mas desconfiava que as ameaças de Emma eram bem mais que isso. Bem, a Califórnia não era tão longe como Londres e, talvez, pudesse arranjar algum trabalho lá – sério, não estava preocupado com a
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Suspirei, sentindo a vontade de desabar em lágrimas me tomar de novo – era mesmo impressionante o quanto aqueles últimos dias tinham me feito sensível. Dei a volta em meu corpo, decidida a voltar para o elevador e quem sabe pegar uma carona de volta com Rick para casa, de onde eu, definitivamente, iria para Londres.Eu estava frustrada. Eu tinha a incrível e detestável mania de sempre escolher o errado. Bom, para começar, eu tinha escolhido Samuel Morris, que sempre parecia disposto a pisotear meu coração para testar até quando o mesmo aguentaria. Depois, o tinha escolhido de novo, o que tinha me levado até ali, até à sua porta e àquele erro.– Não! – ele grunhiu, agarrando a minha mão. O seu toque era magnético, fazia com que eu quisesse tocá-lo por inteiro a cada segundo. Era insuport&aac
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– É sempre melhor. – ele riu. – Mas gostaria que me lembrasse nesse quesito. – ele falou maliciosamente e eu ri, rolando meus olhos.Levou-me para seu colo enquanto meu beijava daquela forma que me tirava o fôlego. As minhas mãos voavam ao seu cabelo e as suas à minha cintura. Eu passava a mão por seus ombros, saudosa demais por tocá-lo, como se nunca fosse o suficiente para nós, como se sempre precisássemos de mais uma dose um do outro.Era uma bolha particular, onde não precisava me preocupar com nada, afinal, nós estávamos ali, juntos, contra as adversidades. Nossa, eu estava me tornando uma pessoa profunda e sensível. Acho que eu gostava mais da pessoa que eu era quando junto a ele, acho que eu era mais feliz.Ele subiu com sua mão por dentro da minha camiseta, soltando o fecho do meu sutiã marotamente. Rolei meus olhos enquanto me separav
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