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Todos os capítulos do A Favorita: Capítulo 31 - Capítulo 40
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Desci do seu colo e puxei uma folha de meu bloco de notas e uma caneta em minha escrivaninha. Escrevi rapidamente que tínhamos saído pata jantar. Depois, peguei um vestido em meu armário e deixei a camisola deslizar por meu corpo, a substituindo pelo vestido, sem pudor sobre ele estar assistindo a meus movimentos.Voltei-me para ele e ele tinha um sorriso satisfeito em seus lábios. Minha meta mental era de que eu conseguiria que esse fosse muito mais satisfeito do que agora até o final da noite. Eu o levantei da cama e o levei pelos dedos atrás de mim pela escada. Descemos sem fazer barulho, quase nas pontas dos pés e saímos da casa.Na rua, entramos no carro, ele o ligou e arrancou. Assim, partimos. Fugitivos. Aquilo deixava tudo mais emocionante.(...)Nós saímos do elevador já em um beijo voraz, angustiado e faminto. Ele guiava os meus passos e não o fazia bem, já
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Eu estava ali há quanto tempo? Eu já não deveria ter voltado para casa? Sim, eu deveria. Mas simplesmente não queria sair dali, sair do conforto dos seus braços que faziam parecer que tudo ficaria muito bem. Era aquele típico pensamento que me fazia achar tola demais, como se tivesse descobrindo minha primeira paixão.Aqui estava, deitada em seu peito, pensando em como eu não deveria estar achando aquilo perfeito demais. Ele traçava círculos em minhas costas nuas ou então enrolava a sua mão em meus cabelos e tudo o que nos cobria era o lençol da cintura para baixo. Parecia realmente muito bom.- Você não vai falar nada? – ele perguntou e senti o seu peito tremer um pouco.Eu rolei meus olhos. Precisava tomar um espaço dele antes que enlouquecesse, antes que não conseguisse mais lhe
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- Samuel, não finja que significou para você mais do que todas as outras mulheres que passaram por sua cama. – falei com certo mau humor, tinha me unido à lista dele, afinal. Assim como todas as outras. – Foi errado.- Todas as vezes? – falou irônico, levantando-se da cama logo atrás de mim.- Samuel... – grunhi enquanto ele me segurava antes de passar pelo beiral da porta. – Não vamos continuar com essa sandice, por favor.- Mas você quer, não quer? – ele falou, trazendo-me conta seu corpo nu.- O que quero, – eu me virei para o afastar com as palmas das mãos espalmadas em seu peito nu. – Não é importante. – eu trinquei os dentes. – Você é errado para mim e eu não deveria ter...- Achei que era isso que te excitava. Que eu não seja nem parecido com ele. – ele sorriu malicioso. &ndash
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Eu tinha as minhas pernas ao redor de sua cintura. Os seus lábios beijavam os meus vorazmente, trazendo o fraco esboço do desejo que ambos sentíamos, algo que parecia alojado em nós, algo que parecia nunca nos abandonar. Ele me puxou mais contra ele, diminuindo a distância entre os nossos corpos ainda mais.Quem tentasse tratar de qualquer assunto que fosse com o professor Morris logo veria que teria que voltar depois. Não porque viam o meu corpo sobre a bancada e nossas bocas se devorando, mas porque a porta estava trancada como nunca antes estivera. Ele era, ali, só meu, como achei ser impossível ser.A minha terça feira tinha começado ruim, já tendo que desviar de Liam logo no estacionamento, não estando preparada para vê-lo, para ouvir as suas desculpas que sempre me pareceriam bem esfarrapadas – afinal, havia uma parte de mim que queria acreditar que elas eram.Ma
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Gaya estava enfurecida comigo por ter feito com que levasse um bilhete meu cancelando os nossos planos para “mais tarde” com Samuel. Tive que lhe fazer jurar que nada iria falar, mesmo que eu mesmo quisesse correr para ele para que então espantasse o grande e mau Liam Harrison.Justiça poética, talvez. Agora, ao lado de Liam, com os seus dedos entrelaçados aos meus e um sorriso orgulhoso morando em seu rosto eu me sentia devastada. Não gostava antes da situação do anonimato, mas o jeito que ele mostrava para todos e de em que termos fazia isso, parecia me causar certa vertigem.Era, antes, tudo o que eu queria. No momento, tudo o que eu queria era estar bem longe dele, bem longe daquele mentiroso manipulador que parecia cada vez mais e mais nocivo a mim. Eu tinha me enganado! O meu primeiro amor teria ficado melhor apenas nas folhas de meus antigos diários,
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Liam Müller Harrison, Oryon City.A minha sensação era de estar sendo apunhalado por várias e várias vezes e ser incapaz de gritar por ajuda – ou saber que, naquele momento, a ajuda não viria. De estar caindo em alta velocidade e sentindo os meus órgãos se dilacerando um a um. De alguma coisa estar apertando o meu coração e o levando a não mais do que pó.Na verdade, eu sabia que eu tinha levado a situação àquilo de novo. Eu sabia de meus erros, estava a par de quão egoísta tinha sido em querer as duas. Lana, minha namorada que estava fazendo um intercâmbio na França e Marcela, a menininha que cresceu para ser minha como sempre desejou ser.Eu sabia que tinha errado e que deveria arcar com os meus erros. Querer tudo não é muito saudável, afinal, qua
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Samuel Lewis MorrisEu estava confuso. Sério, estava mesmo muito confuso. O que ela fazia com o babaca traidor que a exibia como um troféu? O que ela fazia ao lado dele sabendo que mentia? O que ela fazia ao lado dele e me negando sabendo que tinha gostado do que tivemos juntos, sabendo que jamais teria algo parecido com Liam?Ela tinha realmente voltado atrás, assim como tinha pensado em fazer. O mais engraçado de tudo era que eu, como o marido traído, tinha sido o último a saber de sua estupenda decisão de dar mais uma chance ao babaca de seu namoradinho que eu adoraria encher de chifres com sua ajuda.O que o garoto tinha? Mel? Eu podia mostrar a ela ter muitas outras coisas, garantia. Ela era tola ou o que? Será que o amava tão cegamente assim? Mesmo se o fosse, outro nome não podia arranjar para ela. Ela tinha sido tola demais po
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Uma mão no meu ombro me fez sobressaltar, despistando meus pensamentos, por alguns poucos segundos, sobre incapacitar Liam Harrison de reproduzir – vai, era uma ideia encantadora. A mulher apertou os dedos um pouco em meu ombro. Não era Marcela. Não que eu fosse tão maníaco a ponto de reconhecer o seu toque para saber, mas...Talvez eu fosse e daí?Eu me virei para ver quem era e Margot estava ali com um sorriso enorme. Que bom, dessa vez ela estava vestida. Eu me deixei fazer uma careta cética. Margot era a última coisa que eu precisava hoje. Ótimo, tudo já está muito confuso, vamos colocar a ex-noiva traidora com a qual ele transou no dia anterior junto a ele e ver no que dá?Quem aposta que o condenado irá ruir? Quem aposta que ele não vai aguentar por muito tempo? Muito obrigado humanidade e seu m
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Marcela Gear WhiteHá pouco mais de um mês que aquilo estava acontecendo. Eu estava cansada de pairar ao seu redor como se fosse o seu satélite, cansada de fingir para todos aquela situação e fingir para mim que tudo ficaria bem, mesmo quando eu fingia o que sentia para que ele "esquecesse". Eu estava extremamente cansada.Ninguém entendia. Rick há tanto que não falava comigo, como se tivéssemos nos tornado estranhos por eu ter tomado uma má decisão. Ela achava que eu tinha ignorado tudo o que ele tinha falado e continuado com aquela insanidade, mesmo que isso lhe traísse, que lhe contrariasse. Ele me achava tão ou mais tola do que Samuel tinha afirmado que eu era.Não tinha cabimento. Um acordo com o demônio seria menos cruel, por certo. Além disso, havia aquele sentimento opressor dentro de mi
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- Marcela White. – ele falou irônico. – A última pessoa que eu apostaria em ver. – eu fiz careta enquanto saia do elevador e ouvia o barulho do mesmo fechando. – Espero que não esteja aqui porque o seu namorinho terminou de novo. Eu não estou com paciência para sexo de consolo hoje, acredite. – ele falou de mau humor.- Pode apenas me escutar por um momento? – falei com urgência, ignorando as suas palavras ofensivas. Ele me observou por um momento ou dois e abriu a sua porta, fazendo menção com a cabeça para que eu entrasse.Entrei no apartamento organizado. Não encontrei lá dentro qualquer mulher e achei aquilo um momento raro.Dirigi-me ao sofá, lembrando-me da última vez que estive no mesmo, mas em uma situação bem mais agradável. Ele respirou fundo e se sentou à poltrona, olhando-me friamente.Eu conte
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