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Todos os capítulos do A LOIRA DA FAÍSCA: Capítulo 21 - Capítulo 30
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CAPÍTULO 20
      Pediu bife acebolado com fritas, arroz e salada, no “Gument Bar”, mais uma garrafa de cerveja. O local estava quase lotado, com a música ambiente (MPB da cantora Ana Calcanhoto) dando-lhe um charme contagiante. Avistou várias mulheres bonitas, duas loiras, inclusive. Chegou a encará-las, na tentativa de um flerte, mas sem deixar de pensar na sua gatinha Sheila. Nenhuma delas sequer notou sua presença. Tudo bem. Tanto faz, refletiu. Jantou e retornou para a casa 14. Passou na frente na casa da Sheila, mas a referida estava fechada e às escuras.      Teclou e viu TV.      Estava quase dormindo quando, perto da meia-noite, ouviu o toque do celular, anunciando a chegada de um torpedo. Era o tradicional “boa-noite” de Patrícia, num horário inusitado. Provavelmente estaria numa pizzaria, com a tia e os familiares
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CAPÍTULO 21
      Era uma carta dramática e objetiva, que forçaria a gatinha Sheila a tomar uma decisão. Se ela pedisse a foto, enviaria? Claro que sim. Na pior das hipóteses, ser rejeitado por carta seria menos doloroso que pessoalmente. Pelo menos estaria livre para continuar procurando sua “loira da faísca”. Pelo menos não viveria dias de angústia, em que o silêncio da bela Sheila era mais terrível que sua rejeição. Sem dúvida.      Sem pensar mais no assunto, subscritou a carta nos moldes de sempre, com o nome “Sandra” como remetente, lacrou o envelope e o deixou sobre a mesinha-de-centro.      Às 21h20min, saiu, no Uno, rumo ao shopping.       Patrícia estava linda e sexy, num vestido verde-claro, com os tradicionais b
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CAPÍTULO 22
      A quarta-feira, dia 21, foi chuvosa. No banco, surpreendeu-se com a beleza de sua nova colega de trabalho, a Keyla. Era uma loira linda, de 35 anos de idade. Alta, cabelos dourados e olhos verdes, possuía o corpo cheio, parecido com o da Patrícia. Os seios eram do mesmo tamanho, assim como o bumbum. Foi apresentada a todos, às nove horas, onde revelou sua idade, estado civil (casada, com dois filhos adolescentes), bairro onde residia etc. Era do tipo sorridente e logo conquistou a simpatia da turma. Aproximou-se dele, antes das dez, para conversar.      — Olá. Como é teu nome? — ela perguntou.      — Macto — respondeu, tentando não olhar para o decote dela, que o vestido não ocultava totalmente. Que seios suculentos! Arre! Meio que constrangido, concentrou-se em separar as cédulas, colocando cada uma
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CAPÍTULO 23
      Saiu da casa às 21h30min. Havia uma mulher gorda (uns 90, 100 quilos), que abria o portão pequeno da casa número 12. Usava short jeans e blusa rosa. De tez clara e cerca de 1,70m, era bonita de rosto. Teria entre 20 e 30 anos. Apesar de gorda, possuía curvas e pernas grossas, convidativas, além de um bumbum grande e firme.      — Boa noite — ela disse, sorrindo.      — Boa noite — respondeu, retribuindo o sorriso.      Abria justamente a porta do Uno, quando ela, após se aproximar, perguntou:      — Como você se chama?      Surpreso, sentou-se no banco do veículo e respondeu, na expectativa de analisar o que essa garota pretendia:      — Macto. E você?Ler mais
CAPÍTULO 24
      Por que a pergunta? O que se passaria naquela cabeça vertiginosa? Naquela mente curiosa? Ela teria desconfiado de algo? O que deveria responder? Sentiu, naquele instante, muita vontade de dizer que era ateu e que nem Deus nem Alá nem outros deuses existiam, que a estória de Jesus Cristo não passava de uma lenda maluca criada por diversas civilizações, que a Bíblia era um livro preconceituoso e mentiroso (por ter sido escrito por psicopatas machistas, insanos, preconceituosos e mentirosos, segundo sua ótica) e que o Natal não passava de mais um feriado, onde as pessoas aproveitavam para comer, beber e confraternizar.      Além disso, sabia que não fazia diferença vestir branco ou preto ou vermelho; não fazia diferença rezar ou blasfemar; e, acima de tudo, não fazia a menor diferença adorar deuses inexistentes.
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CAPÍTULO 25
      Teve uma semana agitada.      A segunda-feira, dia 26, foi tranquila, com todos relatando os detalhes de suas respectivas festas natalinas. Keyla o cumprimentou, emitindo um “Feliz Natal” caloroso, parecendo disposta a preservar a amizade que tinha com ele. Teria ficado encantada com sua timidez compulsiva? Seus colegas de trabalho pareciam felizes, como que subjugados pelo clima de harmonia e fraternidade. Até os clientes pareciam eufóricos, o que deixou a manhã agradável e contagiante. No intervalo, não quis ir aos Correios, para não quebrar o suspense. A tarde também foi bacana. À noite, recebeu o torpedo de “boa noite” de Patrícia, que adorou. Retribuiu. Dormiu bem. Sem pesadelos nem angústias.      A terça-feira, dia 27, não teve nenhum contratempo. Não quis ir aos Corr
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CAPÍTULO 26
 SEGUNDA PARTE  HOMEM AZARADO            Estava vazia!      Terrivelmente vazia! Angustiantemente vazia!      Num átimo de segundo, a compreensão invadiu seus neurônios, clareando suas ideias e dando-lhe a exata noção do que estava acontecendo. Tudo ficou muito claro!      — Merda! — vociferou, baixinho, tentando a controlar a raiva, que consumia seu corpo como se fosse um ácido diabólico.        Teria sido ignorado? Desrespeitado? Rejeitado???      Controlando a ira, que dominava seu cérebro e sua capacidade de raciocinar, não quis analisar, naquele moment
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CAPÍTULO 27
      Era um olhar realmente hostil, de alguém acostumado a brigar. Seria adepto de algum tipo de luta? Seria do tipo nervoso? Capcioso? Curioso? Protetor? A pergunta que fez, segundo sua ótica, foi incoerente, fora da lógica. Como poderia achar que sua irmã tenha feito algo errado? Seria Sheila uma garota birrenta e mimada? Ou do tipo que aprontava todas? Já o irmão dela demonstrava ser do tipo esnobe, atleta, o maioral da escola, o cara que estava por cima da carne seca, irresistível e imbatível, que sempre protegia a irmã de possíveis abusadores. Sinistro, sinistro.      — Oh, não. É apenas sobre um trabalho. Rotina, entende?      — Ah, sim. Como é seu nome?      — Macto.      — Um minuto.  &nbs
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CAPÍTULO 28
      Piedade?!?       Essa… essa… menina estaria com pena dele? Pensaria ser ele um pobre-coitado, tímido, carente e solitário? Pensaria ser ele um retardado mental, que preferia utilizar cartas piégas para tentar conquistar adolescentes desconhecidas? Estaria ela pensando que ele fazia isso com todas as garotas? Escondendo a ira, fez o caminho de volta (sem olhar para trás) e, antes de abrir o portão pequeno da casa 14, aí, sim, deu uma olhada na direção da casa nove. Torceu para que ela estivesse parada, perto do murinho, encarando-o de forma carinhosa, talvez alimentando a hipótese de mudar de ideia. Leda ilusão. Sheila já tinha entrado. Ignorou-o por completo. Ignorou-o de forma brutal!      Uma vez dentro da casa, sentou-se no sofá, ligou a luz, a TV e o ventilador e começou
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CAPÍTULO 29
      Nossa! Por que não tinha pensando nisso antes?      Sheila! A loirinha Sheila, sua deusa do amor eterno!      Onde ela estaria? Estaria, naquele momento, sozinha na casa, vendo TV ou estudando ou teclando? Poderia entrar na casa dela em segurança, sem o risco de esbarrar no irmão dela ou em outro parente qualquer?      E agora? Pegar a “coroa” ou pegar a loirinha? O que seria mais fácil? Ou menos difícil? Suspirou e passou a mão direita no cabelo.      Então, eis que tomou sua decisão. Decidiu arriscar.      Colocando-a em prática, ligou o Uno e saiu do local, em ritmo acelerado, voltando para o bairro “FT-3.42”. Minutos depois, entrou na rua Péricles Avron com as m&atild
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