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Todos os capítulos do HUNTER 1 - Eu Sou a Presa: Capítulo 101 - Capítulo 110
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100 - MEGAN
Mostrei a Mason minhas técnicas com o boneco Joe. Eu lembrava dos movimentos e eles saiam quase perfeitos. Parecia que Mason era mais perfeccionista do que Kelsy, mas não me importei muito, pelo menos eu estava aprendendo alguma coisa. Mason queria saber como se fazia para quebrar o pescoço do Joe com ele em pé, ao invés de ajoelhado, que era a posição que Kelsy o havia colocado quando me ensinou aquele golpe. Eu disse ao Mason que só sabia quebrar o pescoço do Joe com ele de joelhos, aí Mason teve que me ensinar várias técnicas para quebrar o pescoço dele com ele em pé, ou maneiras de derruba-lo de quatro, para que eu conseguisse a melhor posição, que era o Joe de joelhos. Mason praticou os golpes em mim, quase em câmera lenta para que eu entendesse como funcionava. Ele me explicou onde eu tinha que colocar o meu peso e quando eu tinha que fazer mais força. Mason imitou perfeitamente um golpe que eu vira Andrea fazer quando eu fui no treino dela no primeiro dia. Ele
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101 - MEGAN
※※※※26 de novembro. ※※※※ - Vocês vão sair hoje? – perguntei logo após cuspir a pasta de dente na pia do banheiro. Andrea, que estava de pijama e pantufas se encostou na beirada da pia do banheiro e ergueu as sobrancelhas. - Mason e Roy vão ficar ocupados o dia todo jogando videogame, se vocês quiserem a gente pode dar uma volta na cidade – disse ela, olhando de mim para Kelsy, que estava do meu lado tentando domar o cabelo. - Pode ser, mas com que carro a gente vai? – perguntou Kelsy. – Roy não tem carro para nos emprestar e o Porshe é apertado. - A gente pode pegar a caminhonete da mãe da Amélia – sugeri, erguendo as sobrancelhas. – Acho que as chaves devem estar com o Mason. Andrea pegou o celular no bolso do pijama. - Eu vou ligar para o Mason para ver se a chave está com ele – disse ela já colocando o celular na orelha e esperando que Mason atendesse, o que não demorou muito. – Oi, amor. – Ela sorriu e espe
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102 - MEGAN
Saímos da loja e fomos até um drive-thru e pedimos comida para a viagem. Andrea disse que estava com dor de cabeça, e por isso não comemos no estabelecimento. Paramos o carro em uma rua vazia, embaixo de um poste para aproveitar a luz. Saímos do carro e ficamos sentadas na caçamba da caminhonete enquanto comíamos nossos hambúrgueres com batata frita e tomávamos nossos refrigerantes. Depois de uma semana de treinamento puxado, muita academia e corrida, era bom todos saírem da dieta e mergulhar a fritura. Kelsy deitou sua cabeça nas coxas de Andrea e ficou olhando para o céu que começava a escurecer. - Todos os finais de semana poderiam ser assim – disse ela, enquanto mastigava um punhado de batatas fritas. - Só que aí a gente ia engordar e iríamos ficar para trás na nossa turma – disse Andrea, olhando para a sua barriga e provavelmente pensando em como ficaria gorda se comesse daquele jeito todo final de semana. - Não estou falando de sair para comer b
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103 - MASON
Mason e Roy apertavam os botões nos controles e tiros disparavam na tela da televisão. Eles trocavam de armas, recarregavam e voltavam a atirar, fazendo manchas de sangue aparecerem nas laterais da tela. Os dois estavam sentados no chão, de frente para a TV enquanto jogavam videogame. - Acha que elas já voltaram? – perguntou Roy. Mason olhou no relógio na parede. - Não sei – disse ele, voltando a sua atenção para o jogo. – Eu pedi que Andrea me ligasse quando chegasse. Então acho que elas ainda devem estar na cidade. - Fazendo o que será? - Provavelmente no shopping comprando várias roupas, ou em algum salão de beleza arrumando o cabelo e fazendo a unha. - A Megan parece estar no meio entre Andrea e Kelsy. Ela não é tão menininha quanto a sua namorada, mas também não parece ser tão despojada quanto Kelsy. - Despojada, tipo ao ponto de pintar o cabelo e fazer tatuagens? - Exatamente. Megan não parece ser o tipo d
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104 - MEGAN
Eu não estava acreditando naquilo que estávamos prestes a fazer. Eu havia pedido por aquilo, mas o plano não era todo meu. E o plano era uma merda. Sem querer ofender a genialidade de Kelsy e Andrea, mas alguém poderia morrer por causa daquilo. Kelsy havia parado o carro à duas quadras de onde estivéramos antes. De lá nós iríamos a pé até encontrar os vampiros, se é que eles ainda estivessem lá. Kelsy me garantiu que ela poderia sentir quando os vampiros estivessem por perto. Era algo dos Hunters que elas, e todo mundo, havia esquecido de me contar. Sempre que um vampiro estava à vinte ou trinta metros de um Hunter, este Hunter conseguia sentir a presença do vampiro. Infelizmente não funcionava com lobisomens, mas dava uma boa chance aos Hunter para se preparem para lutar, ou para correr. O início do plano era simples, eu só teria que andar perto do local onde Kelsy o havia sentido. Só que a parte ruim dessa primeira parte do plano era que eu teria que estar
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105 - KELSY
Tudo estava indo de acordo com o plano. O primeiro vampiro já estava morto e agora era só tirar a estaca de seu corpo e cravar no coração do vampiro que estava caído no chão à alguns metros dali. Mas o outro vampiro não estava mais caído no chão. Ele estava parado, em pé, atrás de Megan. Com uma mão, ele segurou ela pela cintura, e com a outra ele puxou a cabeça dela com força para o lado, deixando seu pescoço totalmente exposto. Kelsy e Andrea gritaram, chamando a atenção de Megan, mas já era tarde demais. O vampiro já estava mordendo seu pescoço e drenando seu sangue. Andrea foi a primeira a reagir, ela pegou sua faca de caça e enfiou nas costas do vampiro, obrigando-o a soltar o pescoço de Megan. Ela logo arrancou a faca, espirrando sangue para todo lado no beco. O vampiro cambaleou para trás e Megan caiu no chão, inconsciente. Andrea pegou sua faca e cortou a garganta do vampiro. Por ele ter mais de um ferimento, aquele estava demorando um pouco mais para
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106 - MASON
Mason e Roy passaram no quarto de Andrea para pegar a chave do carro dela antes de sair correndo para a Arena. Por sorte, eles não foram parados nem repreendidos por ninguém que os via correr pelos corredores. Eles chegaram rápido no estacionamento, entraram no carro e Mason saiu rápido dali, com medo de que não conseguisse chegar a tempo. O portão parecia deslizar mais devagar que o normal, mas Mason sabia que não podia sair quebrando o portão com o Porshe de sua namorada. Ele respirou fundo e esperou que o portão abrisse completamente para poder sair. Mason dirigia rápido, mesmo sabendo que era perigoso. Roy precisou chamar várias vezes a sua atenção, principalmente nas curvas, com medo de que Mason batesse com o carro. Minutos depois, Mason parou o carro ao lado da caminhonete que ganhara de sua avó. Kelsy e Andrea estavam do lado de fora, encostadas no capô do carro, esperando-os. - Até que enfim vocês chegaram – disse Kelsy, usando apenas uma regata bran
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107 - MEGAN
※※※※27 de novembro. ※※※※ Eu senti a dor lancinante e então era como se eu não estivesse mais naquele beco. Não era completamente dor, era algo a mais, mas eu não sei explicar como exatamente me senti. Foi estranho, nada parecido com nada do que eu já tinha passado. Eu não sabia a origem daquela dor, quase não conseguia me mexer, sabia que tinha algo de errado, mas não sabia o que era, e nem conseguia pedir ajuda. Lembro quando a escuridão me engoliu, mas não lembro quando aquele entorpecimento passou. Eu acordei pouco depois do nascer do sol e me sentia estranhamente vazia, como se faltasse alguma coisa. Eu não conseguia levantar, só fiquei lá parada, sem fazer nada, olhando o nada. Esperando Kelsy ou Andrea aparecerem na porta do meu quarto para me levar à força para tomar o café da manhã. Mas elas não apareceram. Quando eu resolvi levantar, a minha visão ficou escura, a minha cabeça girou e eu quase cai, mesmo ainda estando sentada
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108 - MEGAN
A primeira tontura ocorreu enquanto descíamos a escada. Kelsy e Roy estavam na minha frente e não perceberam que eu parei um pouco de segui-los. A minha visão ficou um pouco escura e a minha respiração ficou pesada, como se tivesse algo pressionando o meu peito, me impedindo de respirar. Eu segurei no corrimão com força e fiquei parada até aquela sensação ruim passar, o que não durou mais do que alguns segundos. E então eu podia enxergar e respirar novamente. Continuei a segui-los, sem contar que eu quase havia desmaiado na escada bem em cima deles. - Será que a gente tem permissão para mostrar à Megan o covil dos lobisomens? – perguntou Kelsy entrelaçando o braço ao de Roy. - Podemos perguntar à Amélia se podemos mostrar aquele lugar à Megan. - Melhor não. Eu não paro de pensar no que aconteceu ontem e eu não quero correr o risco de pensar no assunto perto dela e ela descobrir tudo. Roy riu. - Existe uma coisa chamada celular que as p
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109 - MEGAN
Eu não sei explicar direito o que aconteceu. Assim que saímos da floresta, de debaixo da sombra das árvores, eu fui atingida pelo sol novamente, mas dessa vez parecia que o sol estava mais quente, fazendo meu sangue ferver dentro do meu corpo. - Megan, você está bem? – perguntou Roy, tocando o meu braço. Eu quis dizer que não, que na verdade eu estava bem mal, mas acabei balançando a cabeça positivamente, fazendo o sorrir e se afastar para andar ao lado de Kelsy. Em seguida tudo piorou. Minha visão começou a escurecer, meu peito doeu, não consegui respirar e então eu caí. - Megan? – Kelsy se virou com a expressão assustada. Ela e Roy esticaram a mão para me segurar, mas já era tarde demais.  Apaguei antes de atingir o chão, mas senti a dor do impacto.     A primeira pessoa que vi quando acordei foi Amélia. Ela estava sentada em uma cadeira, de cabeça baixa, ao lado da minha cama na enfermaria. Ela estava
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