Todos os capítulos do A Rosa do Luar e o Camafeu Coroado: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Prólogo
No silêncio da noite, no vazio da floresta, caminhando entre lágrimas, surge a branca elfa. Seu pranto é de perda e dor, pela criança, de seu ventre, nascida fria. Atravessa a floresta e chega a um grande e cristalino lago que, iluminado pela lua cheia, parecia ser de prata, clareando ainda mais os arredores. Avistou ela ao admirar o imenso lago (que não se lembrava de já o ter visto antes) uma grande árvore próxima às margens. Aproximando-se da mesma, reparou em uma espécie de toca formada pelas raízes da arvore, e ao longe ela ouviu gritos distantes de algum grupo de caçadores de bruxas supostamente. Curiosa, adentrou as raízes. Lá dentro encontrou uma mulher semiconsciente que, segundo suas veste e amuletos, era uma mística das aguas. Em seus braços, ela segurava uma menina recém-nascida que dormia suavemente e abaixo da menina, o que parecia ser uma enorme poça de sangue. A mulher percebendo a elfa que a observava, imploro
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1. Começa a aventura
Em uma terra longínqua, havia um reino chamado Heiwa. Um reino onde o conhecimento sobre a magia prosperava apesar de só ser utilizada naquilo que fosse essencial, como proteções por exemplo, já que um escudo forjado com o auxílio de magia era muito mais resistente que um forjado sem ela, mas em contra medida, o alimento cultivado sem magia era muito mais saboroso que aquele cultivado com o uso dela. Este reino era governado por um Rei-Mago de nome Mahotsukai Kuroshy: justo, sábio e poderoso, de todos os magos foi ele o eleito mais poderoso em poder de conhecimento. Ele tinha uma filha chamada Bara, uma donzela inteligente de incrível beleza – tanto no físico quanto no coração. Quase vizinho a este, havia outro reino chamado Kyuden. Este era avançado na alquimia, arte e filosofia. Medicina, física, química, conhecimentos científicos em geral, tecelagem, esculturas, pinturas, compreensão lógica, não havia um país que fosse mais avançado ou aprimorado que este em todas as área
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2. Celebração e mistério
As festas do reino de Heiwa tinham início com a chegada da aurora, por isso, antes dos primeiros raios de sol surgir, muitos já estavam de pé preparando o que ainda era preciso para festa. E nos 15 anos de Bara, não foi diferente. Mal era cinco da manhã e a cozinha mais os corredores principais do castelo já estavam cheios de movimento, e aos poucos, todos os moradores e visitantes despertavam de seus sonos. Bara acordara com o surgir dos primeiros raios de sol, pulando da cama cheia de alegria e disposição. Os convidados de outros reinos levantavam-se aos poucos, sempre tendo Bara como primeira visita do dia, junto de sua guardiã; aproveitando eles para parabenizar e presentear a aniversariante com joias, roupas, sapatos, enfeites etc. Quando Bara chegou aos aposentos de Jõo, surpreendeu-se por vê-la já pronta – diferente de todos os outros que mal haviam saído da cama, quando estavam de pé. – Bom dia Rainha Jõo! – Bom dia Bara. Você parece e
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3. Lua de sombras
Quando o sol surgiu, Bara observava o céu enquanto refletia sobre o sonho, ou seja lá o que for que tenha acontecido durante a noite. Ela arrumou-se para o dia que se iniciava e foi tomar o café da manhã, onde encontrou Jõo indo fazer o mesmo. – Bom dia Rainha Jõo! – Bom dia Bara. – A senhora já está arrumada tão cedo? – perguntou Bara ao perceber as vestes de viagem da Rainha. – Sim minha cara. – respondeu a Rainha – Assim que eu e meus aprendizes terminarmos o café, partiremos de volta para Kyuden. Teríamos partido ontem se não tivéssemos ficado tão cansados. – Compreendo – Bara ria de leve – fico feliz de saber que aproveitaram bem a festa. – Bom dia a todas! – cumprimentou Mahotsukai ao vê-las conversando. – Bom dia papai! – Bom dia majestade. – Vocês... tiveram alguma discussão ontem quando juntos? – questionou Bara estranhando a resposta de Jõo, observando a ambos. – Não minha filha. Eu e a Rainha
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4. À procura de pistas
Quando acordou, Bara observou que ainda havia luar sobre ela. Respirou fundo, acalmando o coração disparado, e começou a refletir sobre o estranho homem. Ao romper da aurora, Bara correu para o café e seguiu para a biblioteca do castelo o mais rápido que pôde, em busca de respostas para o que ela estava vivenciando, não saindo de lá nem para comer.     Enquanto isso, em Kyuden, Jõo mal alcançara os portões do palácio e uma das amas noturnas de Nemuru aproximou-se correndo ao avistar a Rainha, atrapalhada nos sinais pelo nervosismo, contou à Rainha que seu filho reagira nas últimas noites como quando Jõo estava junto dele, só que sem ninguém conversando com ele. – Impossível!! – respondeu Jõo já correndo para seu filho quando a ama finalmente conseguiu terminar de contar. Chegando lá, Nemuru estava no mesmo estado em que havia sido deixado. Ela lhe fez um carinho no rosto e beijou-lhe a testa – Nemuru deu um leve sorriso ao perceber a
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5. Histórias Peregrinas
Chegada a noite, todo o quarto de Bara ficou iluminado pela lua, tanto quanto no jardim. Já deitada na cama, surpresa com a quantidade de iluminação, se pôs a admirar a lua junto do camafeu para se encontrar logo com Nemuru. Com pouco tempo, ela se encontrava no jardim dele e Nemuru estava na fonte da primeira noite em que se encontraram. – Olá Nemuru! – Bara! Prazer revê-la. – cumprimentou ele com um largo sorriso. – Está tudo bem com você Nemuru? – perguntou Bara com a lembrança do estranho ancião em sua mente. – Sim, porque não estaria. – respondeu ele tentando convencer a si mesmo. – Por nada não.  Bara sentou-se ao lado de Nemuru e começou a observar a água. – Por quanto tempo você fica nesse jardim Nemuru? – Como assim? – Nemuru começou a desconfiar da conversa. – Ah. Uma hora... três... a noite toda... quanto tempo? – Desde os meus sete anos que tenho vivido neste jardim. – E quantos
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6. Constatações
Quando era por volta das quatro da tarde, Bara se encontrava em seu quarto. Ela preparava o próprio banho enquanto pensava numa maneira de confirmar com Nemuru se o nome do estranho que o atormentava era de fato Dark Yami, o mago da história. Já em Kyuden, a Rainha Jõo A****n treinava de forma tão intensa como a sua falta de compreensão pela estranha situação de seu filho. – Ficarei de plantão esta noite. – disse Jõo próxima ao ouvido de Zunol enquanto o ajudava a levantar-se. – Deseja que algum de nós lhe faça companhia? – sussurrou Zunol à Rainha. – Não é preciso. Não terei dificuldades em me manter em claro está noite. Zula e Zuline não acharam nada, assim como você. E isso... só me preocupa ainda mais. – Sinto se minhas irmãs e eu não lhe fomos úteis. – sussurrou ele de volta. Zunol afastou-se com uma reverência, deixando Jõo com seus pensamentos. Após refletir por um momento, ela fincou a espada com que treinava no chão e foi prep
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7. Filhas do Luar
Já em seus próprios aposentos, no topo de Kendrada, Bara começou a analisar melhor o pequeno baú. Perolado com ornamentos de prata que desenhavam o ciclo da lua. Ela tentou encontrar o fecho, porém... – Ué? Como é que se abre esse baú? O baú não tinha fecho externo ou abertura para chave (se bem que ela não havia recebido chave alguma). Já estava anoitecendo e assim que o luar preencheu o quarto, o símbolo central do ornamento que representava a lua cheia começou a brilhar diferente dos outros símbolos sob o luar. Ela o observou um instante e resolveu pressioná-lo, fazendo-o, um click estalou de dentro do baú e se abriu. Admirada, Bara retirou item por item cuidadosamente, apoiando-os sobre a cama. Era um pequeno espelho redondo; um colar de pedra vermelha envolto com brilhantes, um pequeno livro de capa azul-anil; uma bolsinha de seda e rendas brancas com uma enorme alça; um pequeno frasco, aparentemente de cristal, com uma espécie de agua dentro; e
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8. Armando-se
Mais uma vez Bara se encontrava no jardim de Nemuru. Ela o avistou encolhido, sentado na grama com os olhos fixos no chão, ao lado de uma fonte pequena bem entre as flores. Ao perceber Bara se aproximando em silêncio, Nemuru se manteve observando o gramado próximo de seus pés. Quando ela sentou ao seu lado, começou a falar sem lhe dirigir o olhar: – Andei pensando Bara... Refletindo o que minha mãe e eu passamos por conta daquele... monstro! E resolvi aceitar a sua ajuda. – Mesmo Nemuru. – havia ânimo na voz de Bara, que o observava desde o primeiro instante que o viu. – Sim. – respondeu ele fechando os olhos. Ele respirou fundo e começou a focar no horizonte – Já faz tantos anos que Dark Yami fica se alimentando de mim que nem me faz muita diferença, mas... pra minha mãe... – Se alimentando de você? Como assim? – É. Toda noite ele vem em meus sonhos e absorve uma boa parte de minha energia vital, incapacitando-me de a
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9. Conhecendo o mago e a Rainha
Quando finalmente chegou a noite em que nem Bara era capaz de se enxergar, quanto mais Nemuru. Os dois ficaram esperando debaixo da cerejeira (com ela atrás por garantia). – Será que isso vai dar certo mesmo? – disse Nemuru à Bara, meio nervoso e sem saber ao certo para onde olhar. – É só você ter fé que vai Nemuru. Você lembra o que deve perguntar primeiro? – correspondeu Bara de trás da arvore. – Mas é claro que me lembro! – respondeu ele com um sorriso e olhos fechados, e um pouco mais calmo – E com a certeza de que você está próxima de mim, fico mais tranquilo. – continuou ele, enquanto abraçava a arvore de costa o máximo que pode sem tirar as mãos do gramado.  – Certo. – Bara ficou corada ao ouvi-lo falar isto – Eu estarei aqui o tempo todo, meu amigo. – Obrigado Bara. – Eu é que lhe agradeço por me permitir e ajudar a ajudá-lo. Bara estava prestes a “tocar” nas mãos de Nemuru (já que o tronco da cerejeira não era tão
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