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Todos os capítulos do O Chef - Livro 1: Capítulo 171 - Capítulo 179
179 chapters
Bônus
AdamQuase meia-noite chego em casa, após beber com alguns amigos. Afinal, preciso mostrar que tenho uma vida normal e tranquila, além de construir o meu álibi perfeito. Tiro o meu terno, largo em cima do sofá e vou até o bar de canto me servir uma dose de uísque. Tomo um gole pequeno, enquanto observo a cidade silenciosa aqui do vigésimo andar do meu apartamento. Sinto falta da minha antiga cobertura onde as farras eram bem animadas, porém, não pretendo tomá-lo de volta, pois quero algo melhor e novo para receber a minha família. Tomo mais um gole da bebida e escuto o telefone chamar no bolso do meu terno. Largo o copo no tampo de vidro do bar e pego a roupa, tirando o aparelho de dentro do bolso.— Fala, Cavill — disse assim que atendo. Cavil é tipo o meu cão de caça, ele rastreia quem quero e quando quero e nesse exato momento ele está de olho na minha querida e estimada filhinha.— Não sabe quem estou vendo neste exato momento.— Desembucha, porra, não gosto desses joguinhos de me
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Adonis Diante das circunstâncias de tudo que esse imbecil já aprontou, tenho agora a certeza de que o seu alvo não era apenas a Kell. Ele quer a mim também, ele quer me destruir. Isso chega a ser doentio. Observo atento os peritos fotografando o galão de gasolina e do pé de cabra caído no chão bem próximo ao portão lateral do meu bistrô. Eles pegam o material usando luvas azuis, os envolvem em sacos plásticos e depois entram nos seus carros. O delegado responsável pelo caso se aproxima para falar algo.— A placa do carro não pertence diretamente ao senhor Adam e sim ao banco. Pegamos as imagens da câmera do poste e vamos ver no que vai dá. Quem o viu foi o seu amigo Petrus, certo?— Sim. — E você não viu nada?— Vi quando o carro saiu do beco, mas até então não sabia o que estava acontecendo. — Enquanto falo, ele anota.— E o senhor confia no seu amigo? Afinal ele esteve envolvido com o Adam, não é? — Semicerro os olhos e o encaro duramente. Aonde ele queria chegar com essa co
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AdonisAlgumas horas depois…— O filho da puta está brincando de gato e rato com a gente! — brado esmurrando o tampo de madeira do bar de canto do escritório da minha casa. Algumas garrafas balançam e caem, assim como alguns copos e em seguida os cacos de vidros se espalharam pelo chão, derramando os líquidos. Carolina fica assustada com a minha reação e abraça a mãe. Imediatamente eu me arrependo por me exceder na frente de todos. Mas é impossível não explodir diante dessa situação. O filho da puta do Adam é escorregadio demais. Ninguém nunca consegue chegar perto desse desgraçado! Esfreguei o meu rosto exasperado quando vi a minha esposa levar as crianças para a sala de TV e respirei profundamente.— Você precisa se acalmar, Adonis. — Oliver pede baixinho. Eu assinto.— Eu sei, eu sei, mas está difícil, Olive! Como ele descobriu que íamos para a sua cobertura? O desgraçado limpou todo aquele lugar. Não havia nada lá além das coisas da Tina. — rosno completamente cansado de tudo isso
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Kell Não sei dizer se isso é normal, mas ir à casa dos pais do meu namorado pela primeira vez, está me deixando de cabelos em pé. Em cima da minha cama há uma infinidade de roupas jogadas e bagunçadas, e confesso que nenhuma delas está me agradando. Eu sei, é bobagem. A Maah e a Cris já me disseram isso infinitas vezes. “Você é linda de todo jeito e suas roupas são maravilhosas! O Lipe te ama do jeito que você é.” Elas repetiram isso por várias e várias vezes, mas não é só isso. É o fato de hoje ser o aniversário do Felipe e eu tenho toda uma programação especial preparada só para essa noite. Sorrio e não sei dizer se é de felicidade ou de nervoso. O fato é que estou decidida a dar um passo delicado e não menos importante em nossa recente relação e que sei, que mudará muitas coisas na minha visão do mundo. Com um suspiro, ergo o vestido vermelho, estilo tubinho, todo trabalhado no guipir brilhoso, de alcinhas finas e delicadas e tem o comprimento até a altura dos meus joelhos. Bufei
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Kell— Nossa, Kelly, você está… Linda! — Ele disse se aproximando para um beijo rápido que me deixou envergonhada. Abro um meio sorriso.— Obrigada! E esse carro? — pergunto olhando o Audi vermelho e lustroso atrás dele. Meu namorado olha para o veículo, passa a mão em sua lataria e quando volta a me olhar, exibe um grande sorriso.— Acabei de ganhar de presente dos meus pais. — Havia uma alegria palpável estampada em seu rosto. Meus olhos se engrandeceram de surpresa e confesso que não tenho palavras. — Vamos, senhorita? — pede com a educação de um lorde, abrindo a porta do carona para mim e antes de entrar, o beijo levemente.— Feliz aniversário, Lipe! — sussurro assim que me afasto e entro no carro.****A casa do Felipe não é muito diferente do que eu imaginava. É um apartamento enorme que fica em cobertura de um dos prédios mais luxuosos aqui da cidade. Passamos pouco tempo ali, só alguns minutos em uma comemoração particular — digo entre nós dois e os seus pais — até o momento d
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Kelly Horas antes do acidente…— Não vamos ter pressa — disse baixinho, bem perto do meu ouvido, me fazendo fechar os olhos e curtir a leve sensação de arrepios que se espalhava por toda a minha pele. Lipe beijou o meu pescoço suavemente uma, duas, três vezes antes de se afastar e encontrar os meus olhos. Ele pegou o celular em seu bolso e foi até o som que está em um móvel encostado na parede, mexeu no aparelho por alguns instantes e logo o som da voz de Lewis Capaldi se espalhou pelo ambiente cantando Someone You Loved. Quando ele girou em seus próprios calcanhares, sorriu de lado e o seu sorriso me fez relaxar um pouco. — Primeiro quero dançar com você, Kelly — falou segurando uma de minhas mãos e a outra mão sua se apossou da minha cintura. Os nossos corpos começam a se mexer gostoso e lento. Fecho os meus olhos e deixo minha cabeça se acomodar confortavelmente no seu peito. Daqui é possível ouvir as batidas desenfreadas do seu coração. Está ritmado, como se fosse uma escola de s
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Kell— Foi impressão minha, ou você fez planos para nós dois esse tempo todo? — Ele brinca depois de um tempo em silêncio, enquanto esperamos os nossos corpos se acalmarem. Rio do seu comentário.— Você não? — Ergo a cabeça para olhá-lo e ele dá de ombros.— Vou mentir se disser que não. Kell, ano que vem estarei indo para a faculdade de direito e assim que me formar, quero me casar com você. Não quero ter filhos logo, porque sei que quer fazer a sua carreira como chef, mas assim que estiver pronta, quero ter um monte deles. — Confessa entre beijos cálidos. Rio escandalosamente.— Um monte deles?! — O questiono embasbacada. Ele faz um sim, com a cabeça e rir também.— Tipo um time de futebol inteiro — diz com um sorriso divertido.— Minha nossa, Lipe! — ralhei impressionada e ele gargalhou. — Que horas são? — pergunto me ajeitando ao seu lado.— Deixe-me ver. — Ele pega o relógio de pulso largado ao lado do cobertor. — Pouco mais de meia-noite.— Santo Deus! — sibilo exasperada, salta
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Adonis KappasNão tem maior desespero do que não saber onde a sua filha está. Foi o que pensei algumas horas atrás. Agora sei que o desespero maior é receber um telefonema de uma pessoa desconhecida e descobrir que ela está em uma cama de hospital e morrendo lentamente. Entro no corredor branco e largo com passos largos e precisos, e confesso que não faço ideia de como cheguei até aqui. Na recepção a única coisa que nos disseram foi aguardássemos que em breve o médico nos traria notícias e é exatamente isso que estamos fazendo a quase duas horas. Ao meu lado, Agnes parece completamente perdida no tempo. Ela já chorou, se desesperou e agora parece completamente desligada do planeta terra. Oliver e Petrus ficaram tomando conta das meninas e a Flávia não sai de perto de nós dois nem por um minuto. Em um canto afastado, estão os pais de Felipe esperando o mesmo e parecem tão desolados quanto estamos.— Quem são os familiares de Kelly Ferraço? — Um policial pergunta entrando na sala de espe
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Bônus extra
Simone BorbolineTrês meses depois...— Ai está perfeito, Téo! — digo para um dos seguranças contratado para Proseg - Segurança e Portaria. Três meses depois que deixei a federal, Petrus e eu colocamos os nossos planos em prática e em sessenta dias os nossos sonhos se concretizaram. A Proseg agora tem um formato, uma logomarca e uma pequena equipe treinada por mim. Com os seus conhecimentos em administração, não foi difícil passar pelas camadas burocráticas e depois disso, preenchemos o lugar com equipamentos necessários para um trabalho perfeito. — Ponha as armas no estoque, Virgínia — peço e logo em seguida ouvi o som da porta se abrindo atrás de mim. Petrus entrou na sala de tiro ao alvo e eu suspirei baixinho, observando seus cabelos agora mais curtos, a barba delineada com perfeição em seu rosto, que o deixou ainda mais másculo e sexy.— Pronta? — indagou assim que me abraçou por trás e após beijar a minha nuca suavemente. Um arrepio se espalhou por todo o meu corpo apenas com e
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