— Me desculpe por ter saído praticamente correndo mais cedo. — Digo me aproximando de minha sogra que está na pia da cozinha lavando algo, suas mãos vão até a torneira fechando-a, e logo ela apanha o pano de prato para enxugar as mãos, abaixo a cabeça envergonhada assim que seu olhar entra em contado com o meu. — É que, tem sido... — Filtro minhas palavras antes de continuar, Beatriz me espera pacientemente, como sempre fez — Dias difíceis, diferente do que imaginei, a alguns meses, anos atrás. — Me escoro no balcão, Beatriz observa meus movimentos atentamente, como se meus gestos fossem revelar o que minha consciência impedia de meus lábios proferirem, tenho medo de seu olhar. O que me leva a refletir se Rafa contou a Sara do ocorrido, por ele não contaria aos pais, que ele sempre considerou seus amigos? Abaixo a cabeça, esperando de alguma forma que ela me acuse, ou quem sabe grite, brigue comigo, não iria debater, pois sei que a única
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