Recreio dos Bandeirantes, 11:50pm— Lucas? Como... — Suzana segurou o lençol na frente do corpo — como entrou?Ele rodeou a cama. Sentou-se na beirada. Sem cerimônia. Colocou a arma em cima da mesinha. Só as luzes da rua entravam pela cortina. Ele ainda era uma sombra. Enorme. Aterrorizante. Na frente dela. Suzana sentiu a raiva dele. E também a sua.— O que quer aqui? Vai me sequestrar de novo?— Se for preciso, vou.Ela esqueceu o lençol. Esqueceu que estava nua. Ergueu a mão.— Cretino.Ele foi rápido. Segurou-a antes de acertá-lo. Falou com frieza.— Disse para nunca mais fazer isso.Suzana se debateu. E explodiu, aos gritos.— Canalha mentiroso! É casado com Teresa! Como pode ser tão cínico?— Não sou cínico e não menti. Sou casado com ela, si
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