Todos os capítulos do Quando os pássaros pousam e outros contos psicopáticos: Capítulo 21 - Capítulo 23
23 chapters
19 - Danna: Quando os Pássaros Pousam
Condado de Tulare, Califórnia Craig dormia tranquilo, um sono pesado, um descanso merecido, que ao menos ele julgava merecer. O sono profundo não permitiu que ouvisse os latidos insistentes dos cães, uma agitação anormal que o fazendeiro demoraria para perceber.Embora Craig tenha nascido rico, filho de pais abastados, e tenha recebido em abundância tudo que suas grandes porções de terra tinham a oferecer, a vida do fazendeiro nem sempre foi fácil e feliz, onde até mesmo sua infância fora regada por trabalhos árduos, já que a ele o pai incumbira a missão de ser "macho".Craig buscava o colo da mãe sempre que precisava lidar com o temperamento difícil do pai, e embora ela vez ou outra intercedesse em seu favor, acabava por concordar com o marido, aceitando que aquele era o destino do menino, afinal, era o único entre as cinco
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20 - Segredos de Origami Guardados em Porcelana
Tóquio, Japão Cara Valentine, espero que essa minha carta a encontre em melhores condições do que as em que estou. Sim, eu sei, Valentine, péssima maneira de começar uma carta, desculpe meus modos, mas francamente, já perdi as contas de quantas outras tentei escrever... Espero que desta vez eu seja capaz de prosseguir!A verdade é que estou frustrado, Valentine! Frustrado de um jeito que nunca antes estive! Nunca me foi tão difícil discorrer por tão poucas linhas... Você sabe, Valentine, você me conhece há tantos anos... Sim, minha amiga, mesmo nunca tendo nos encontrado pessoalmente, creio que não há no mundo alguém que me conheça melhor do que você! Agora estou aqui, sem conseguir me expressar justamente com você!É, minha amiga, é ela a razão da minha maldita
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21 - Danna: Quando os Pássaros Pousam
Condado de Tulare, Califórnia Aquela era com certeza uma das piores lembranças de Craig. — Cadê Nicolas? — gritou Heloisa puxando o cobertor de Craig com violência. — O que você fez com ele? — perguntou exigindo uma resposta, enquanto ele sentava na cama sem demonstrar qualquer emoção.— Ele está bem, não precisa se preocupar! — informou tranquilo, se mostrando indiferente à histeria e desespero da esposa. — O que você fez? — insistiu. — Cadê meu filho? — gritou se lançando contra o marido sentado na cama.Craig segurou seus pulsos assim que recebeu os primeiros tapas.— Quero o meu filho! — declarou sem conter as lágrimas, receando não obter respostas do marido.— Nosso filho, Heloisa! Ou se esqueceu de que ele também
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