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11
Reflexão Acorda agitado pelo realismo daquela visão, liga o celular e abre a mensa­gem de Kimy que não tinha lido por completo à tarde.   “ Enfim achei alguém mais sonhador que eu. (Rs) Nossa que sonho mais impressionante... parecem até aqueles filmes SciFi. Agora fica a pergunta, será que o que você viu em seu sonho tem algo a ver com o futuro? Fábio, queria te falar algo sobre o amor, e retribuir, porque tenho sentido isso de ti, mesmo que estejamos distantes, tenho te encontrado em sonhos tão belo e amigo, em lugares místicos, não sei explicar bem, mas existe uma ligação forte.... Isso acontece contigo? Desculpe-me se te chateio. Deves ter tuas namoradas (rs), mas é assim que sinto... Quem sabe algum dia precisaremos um do outro assim como sonhastes. O destino às vezes nos prega peças e o impossível acontece...             ”  
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    Viagem           Teve um péssimo sono aquela noite, cheio de pesadelos com as coisas ruins que tinham ocorrido recentemente, não conseguiu dormir imaginando ter perdido espaço no relacionamento com Bruna, após tê-la visto com aquele cara esquisito. Ao chegar à empresa, vai até a mesa dela, passando por Sheila no corredor, que faz uma cara do tipo:    “mais um que gosta de sofrer”.   Lá estava Bruna ao telefone, sempre maquiada, elegante, de roupa social. Faz sinal para ele esperar um pouco.       —Está legal, depois te ligo... tchau... beijo. (Desliga) Oi, Fábio. (Sorri, mas não como antes)   —Oi, Bruna, dá para a gente conversar lá fora?   —Agora estou meio ocupada!   —Eu fui ontem lá no SP
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  Encontro       Sai da região urbana, pega a rodovia rumo ao sul, dirige durante a manhã sem parar, percorre dezenas quilômetros para longe da grande São Paulo, já podia ver a exuberante mata verde e sentir o ar fresco tangendo sua face. Imagina o rosto de Kimy entre as nuvens. Ao meio dia, passa por Curitiba, capital do Paraná, confere o GPS, havia percorrido 400 km, mas ainda faltavam 200 km até Blumenau.       Mensageiro   Para num posto à beira da estrada, entra no restaurante e almoça com certa ansiedade, ainda não havia conseguido mandar mensagens para Kimy avisando-a de sua visita, apesar de ter carregado o celular durante a viagem, o local onde estava não pegava sinal da sua operadora. Ao voltar para o carro vê um homem simples, de cabelo grisalho, que aparentava uns 50 anos, usava uma roupa predominantemente bra
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Amor à primeira vista Havia um movimento intenso na rua, por causa dos bares em frente a universidade, sobe a escadaria e entra na faculdade como se fosse um aluno qualquer, o prédio era antigo, no estilo romano. Havia muitas moças e rapazes de cabelo claro, devido à influência alemã e italiana. Fábio olha o quadro de programação das aulas e por sorte havia somente uma sala de filosofia, seu coração b**e acelerado não acreditando que havia chegado até ali, era como um sonho se materializando aos poucos. Chega à sala de filosofia na hora da troca de turmas, olha em volta rapidamente, havia uns cinquenta alunos lá dentro, de diferentes faixas etárias, olha dissimuladamente em várias direções tentando reconhecer Kimy, passam várias moças do seu lado, mas nenhuma tinha as feições asiáticas dela, resolve sentar no fundão e ficar observando a movimentação na classe, quando senta um aluno do seu lado, mascando chiclete e ouvindo música com fone de ouvidos,
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  Rivalidade       Ao perceber que passaram a ser o centro das atenções, Kimy pega Fábio pela mão e o leva para fora da sala até o saguão principal, olha-o seriamente e fala perplexa:       Kimy:—Fábio, não acredito que vieste até aqui (belisca a própria mão) e não estou sonhando, mas porque não me avisaste?  (Esfrega os olhos e pisca várias vezes sem acreditar nessa visita inesperada)   Fábio:—Kimy, eu tentei, mas não consegui.       Continuam a se beijar enquanto pessoas passam pelo local observando-os, um segurança sai do posto para chamar-lhes a atenção, resolvem sair dali para a praça central no interior do prédio, sentam num banco perto de uma estátua grega.       Kimy:—Eres maluco, sabias? (Ri)   Fábio:—Por você r
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Desconfiança   Edu:—O que foi, está tudo bem? (Nota a seriedade de André) André:—É que meu pai brigou de novo com a mãe, é isso. Edu:—Lamento, Kimy estás pronta? Vamos pra dance, leva teu primo, a Paula já andou perguntando por ele? (Pisca) Kimy:—Quem? (Tenta sorrir) Edu:—A moça que trabalha com você.   Kimy olha para Fábio, e este faz sinal de não entender.   Kimy:—Aí Dú, não sei se estou a fim de ir.        (Tenta cancelar) Edu:—Nem pensar, tenho uma surpresa para ti, vamos indo!   Kimy tem um mau pressentimento, estava receosa de explicar tudo para Eduardo, e ainda ele e seu irmão poderiam ficar contra ela, a vontade de André poderia prevalecer, ganhar força e desencadear outra briga.   Edu:—E então, vamos?       (Eduardo fica impaciente)
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    Parada em Camboriú       Liga o motor, o painel acende, manobra o carro para fora da garagem. Ela pergunta:       Kimy:—Que equipamento levas aí atrás?   Fábio:—São servidores de rede, que preciso entregar amanhã.   Kimy:—Fábio, eu deixei uma mochila pronta lá em casa, podemos passar para pegar?       Vão até a casa de Kimy, André vem ao encontro deles e estranha o arranhão na testa de Fabio:       André:—Que foi isso Fábio?   Fábio:—Um pequeno acidente de percurso.   Kimy:—Fábio e Edu brigaram, André.    (Diz Kimy chateada)   André:—Isso já era esperado, Kimy, vais viajar mesmo?    (Tom paternalista)
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  Viagem a Florianópolis       Amanhece , voltam para a estrada, uma massa de ar quente traz o cheiro do mar, na rádio, tocava  “Time” (do Alan Parsons Project), ao longo do caminho, as praias, altas encostas, rochedos, o frescor das matas, tornavam a paisagem vislumbrante, os raios de sol realçavam seus olhares, enquanto seus cabelos balançavam ao vento, o tempo voa  enquanto conversavam, sorriam e se comoviam com a historia de suas vidas. Encostam o carro numa praia deserta, para experimentar uma agua de coco, se empolgam, saem correndo descalços pela areia, segurando-se pelas mãos, giram até cansar e ficar frente a frente, um para o outro, em silêncio, ouvindo a respiração, trocando olhares apaixonados, e por alguns segundos, enquanto as ondas quebram suavemente ao fundo, ele avança e lhe rouba um beijo.       Templo &nbs
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Ciclo de Idas   A misteriosa mulher de preto leva Kimy até o mezanino, na sacada do edifício com vista para o movimento de carros na avenida. Na galeria em frente à elas, um telão digital mostrava o jornal da tarde, que alertava: “Pistas escorregadias em direção a São Paulo".  De repente Kimy presencia uma batida entre carros na avenida e as pessoas que se dirigirem ao local para ajudar. Olha para a mulher de preto e diz:   Kimy:—Curioso, o noticiário alertou sobre acidentes e logo em seguida vemos um acidente acontecer na rua. Mulher:—São períodos de êxodo de almas (...) Kimy:—Oi, não entendi? Mulher:—A vida segue ciclos de nascimento e morte (vindas e idas). O ciclo dos próximos dias é de idas. Kimy:—E veio atrás e mim para dizer isso? Mulher:—Calma que tem mais, você está bem decidida sobre o rapaz pelo visto? Kimy:—Sim, gosto muito dele. (Tímida) Mulher:—Está e
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20
  Vazio           Volta para o carro, cabisbaixo, sentindo-se vazio, ao chegar ao hotel, senta no hall, olhando incessantemente para o celular, esperando ansioso pelo retorno dela, passa mais de uma hora e o celular de Kimy continuava fora de área, liga para André que se compromete a ligar assim que tivesse notícias. Fábio passa o tempo todo no sofá, imóvel, com olhar distante, na expectativa de saber se ela estava bem, passam-se duas longas horas e nada, de repente ouve o som do celular e atende desesperado.       —E aí, André?   —Ela chegou bem, vou buscá-la agora na rodoviária, ok.   —Obrigado irmão, fico mais tranquilo agora. (Suspira)       Mais tarde já em casa, Kimy liga para Fábio com ansiedade:      
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