Já passava das dez e Marcos, após uma noite bem dormida, brincava, como ele dizia, com seu computador. De lá, através da rede, era possível ter informações do mundo todo. Do outro lado da sala, vinte e dois monitores garantiam a segurança do prédio. Na realidade, a sua sala era uma sub-central que funcionava como “back up”. O circuito interno de segurança contava com quarenta e quatro câmeras, sendo vinte e duas ostensivas e vinte e duas micro-câmeras, estrategicamente escondidas, dando o mesmo ângulo de visão. O circuito das micro-câmeras descarregava suas imagens na sala do Marcos. Metido em sua cadeira de rodas, buscou as imagens dos monitores como sempre fazia. De repente, parou no visor que mostrava a portaria principal. Viu quando um Santana preto parou no estacionamento com dois homens de terno, dentro. Sem nenhum motivo aparente, foi à mesa de controle e deu um “zoom” na câmera. Visitas como aquela eram bastante corriqueiras na CIFEC. No entanto, quando o hom
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