A primeira vez que entrei no psicólogo, ele me disse que o luto era algo nosso, havia diferentes maneiras de fazê-lo, uns choravam, outros se calavam perante à dor, outros esboçavam sorrisos falsos, entendi que o luto era somente meu e aquele psicólogo de merda não tinha nada haver com isso, foi por esse motivo que eu deixei a sala sem me expressar, o que era exatamente o que eu devia ter feito ao ter entrado no recinto.— Vai ficar tudo bem...Papai me prometeu que tudo ficaria bem, ele mentiu pra mim, mas eu não poderia culpa-lo, ele não era o culpado da sua morte, uma gangue o matou. Toquei a arma do meu pai, ele guardava pro caso de necessidade, nós tínhamos necessidade naquele dia e meu pai não pegou.
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