9“Nas curvas do destino...” “Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amorCom ele, em ouro, o alto–relevoFaz de uma florImito–o. E, pois, nem de CarraraA pedra firo: O alvo cristal, a pedra rara, O ônix prefiro.Por isso, corre, por servir–me, Sobre o papelA pena, como em prata firmeCorre o cinzel. Corre: desenha, enfeita a imagem,A ideia veste: Cinge–lhe ao corpo a ampla roupagemAzul–celeste.Torce, aprimora, alteia, limaA frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima,Como um rubim.Quero que a estrofe cristalina,Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficinaSem um defeito: E horas sem conta passo, mudo,O olhar atento
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