Manhã de verão, os termômetros registravam quarenta graus. Já havia se passado dois anos, e o mês de janeiro, que estava só começando, prometia.O telefone da casa de Laura tocou e, quando ela atendeu, tomou um susto. Do outro lado da linha, estava Marcelo, o surfista que a havia salvado, a quem ela ainda não tinha esquecido.— Marcelo, há quanto tempo! Por que não me ligou? — perguntou Laura, como se tivesse sido abandonada.— Pois é, gata, estive no Havaí durante todo este tempo, mas não consegui tirar você, um minuto sequer, da cabeça — disse o surfista, com um ar de apaixonado.Para Laura, aquelas palavras foram suficientes, e ela estremeceu com o romantismo do poeta surfista. A conversa durou horas, e quando, enfim, o telefone alcançou o gancho, a menina, numa eufórica alegria, correu até a casa de sua ami
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