Gabriel Valdés era um senhor de meia idade, quase na casa dos cinquenta anos. De família humilde, o trabalho no cemitério dos loucos era a melhor coisa que tinha conseguido. Como algumas pessoas que já passaram da época de perseguir seus sonhos e de esperar o amor, ele apenas queria trabalhar o menos possível, beber, fumar e sustentar seus vícios. De vez em quando, abria um buraco no chão e enfiava um corpo dentro, sem cerimônia nenhuma. Pelo menos uma vez por semana, ele ia ao lugar checar se tudo estava em ordem, embora vândalos não fossem um problema muito constante naquele cemitério quanto nos outros que já tinha trabalhado. Gabriel soube que alguém da vizinhança tinha oferecido um bolo de limão para comemorar algo. Era de sua consciência que sua presença e
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