Observo a paisagem correr pela janela do carro. As luzes da cidade piscam freneticamente, dando uma sensação de movimento, e eu me concentro nisso.Há algumas horas atrás, eu estava em casa, encharcado, e discutindo com o advogado. Pedi que ele doasse todo o dinheiro pra quem realmente precisa. Pedi que ele fosse embora, e me deixasse em paz.Mas o tal de Connor não desistiu. De tanto ele insistir, eu acabei cedendo e fui fazer as malas.Minha mãe quis vir comigo, mas eu a convenci que era melhor não. Não quero que ela sofra por causa desse assunto. Já sou bem crescido, e posso resolver meus problemas sozinho. Me manti firme, embora por dentro eu estivesse desesperado. E assim, vim parar aqui. Passeando por Seattle, pra saber o que tanto meu papai deixou pra mim.— Já estamos chegando. — Connor comenta. — Você vai ficar em um dos apartamentos que eram de seu pai.
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