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Todos os capítulos do O Espelho Mágico: Capítulo 21 - Capítulo 25
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21 - CENA XXI: NO CASTELO
21 - CENA XXI: NO CASTELO SENHOR CEGO: Viemos aqui no castelo, pois encontramos na floresta o cálice perdido, vossa majestade. REI: Ora, ora. Alguém veio devolver o cálice perdido. Agora nossa igreja ficará feliz com o aparecimento da relíquia roubada. O que posso fazer por vós? Querem uma retribuição? SENHOR CEGO: Vossa majestade, eu gostaria muito de voltar a ver como antes um dia pude. Mas temo que isso seja impossível. Estes castelos são muito grandes, mas grandioso é o amor do Senhor que já me fez enxergar anjos ainda que cego. REI: Então peça algo como prêmio que seja possível. Que tal cem soldos? SENHOR CEGO: Bem, eu aceito o que o vosso coração querer. REI: Está bem, então faremos
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22 - CENA XXII: O MEDO DO MONSTRO
22 - CENA XXII: O MEDO DO MONSTRO SENHOR CEGO: Oh, Senhor dos exércitos! Eu lhe peço que me protejas do mal que está por vir. Eu não gostaria de orar de boca para fora, mas de sentir tua presença com uma fé inabalável. Ó Senhor dos céus e da Terra, tu criaste o firmamento e desde a criação abençoou os humanos amados por ti que vivem errando o sentido de sua própria existência. Tu criaste as águas, a terra, o chão firme onde piso, os céus com as estrelas faiscantes, o sol e a lua. Tu criaste os animais, as aves que voam livremente no alto como teus anjos de luz. Tu criaste a natureza e as mais belas árvores, flores e plantas. Tu criaste o homem e a mulher e o Jardim do Éden para eles que comeram do fruto proibido oferecido pela serpente e de lá foram expulsos. Protege-nos de todo o mal em tuas
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23 - CENA XXIII: O FANTASMA DO CEMITÉRIO
23 - CENA XXIII: O FANTASMA DO CEMITÉRIO CAVALEIRO: A verdade é que todos querem se livrar da morte. Todos querem se livrar do sofrimento. Como posso acreditar assim em quem poderia estar sonhando? O ceguinho é nosso amigo, eu fui protegê-lo na floresta proibida. O grande problema é que sei que não posso fugir desta convocação. Mas o medo assola meu íntimo. CAMPONESA: Eu não posso ser você, não posso ser dona de seu corpo e nem de sua mente, mas eu também temo esta história, eu temo essas mortes. Eu não sei de que tamanho é este monstro e nem o que ele é, mas ele deve estar faminto e sedento por sangue. CAVALEIRO: Sim, e eu devo enfrentá-lo com outros cavaleiros. Não sabemos o tamanho do exército, mas sei que o único que nos salvará &eacu
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24 - CENA XXIV: A VIDENTE E O CAVALEIRO
24 - CENA XXIV: A VIDENTE E O CAVALEIRO VIDENTE: Quantas vezes você demonstrou muita paciência com este mundo... CAVALEIRO: Oh, quantas vezes eu orei e nada se realizou. Pelo visto Deus não quer que eu realize um sonho... Pode ser apenas um desejo em meu coração e tudo isso tem um destino... Como eu gostaria de mudar o que me fere às vezes... Como eu gostaria de me libertar deste passado... VIDENTE: Mas e quanto a sonhar? CAVALEIRO: Sonhar... Sonhar é preciso, mas parece que os sonhos me tornaram uma vítima deles, pois sinto meu coração partido e ensanguentado ao chão, sendo pisoteado pelo azar do acaso. Que se cumpra a ordem de Deus... Que se cumpra sua vontade divina. Eu não sei o que fazer, mas eu oro e oro... Tamanhos são os traumas dos guerreiros enquanto a
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25 - CENA XXV: OS ANJOS
25 - CENA XXV: OS ANJOS [Cavaleiros se reúnem na praia para enfrentar o monstro]. CAVALEIRO: Chegou o dia em que teremos que enfrentar a besta! SENHOR CEGO: Estão preparados para morrer na presença do monstro? CAVALEIRO: A morte me aflige, mas estou aqui firme e forte. SENHOR CEGO: Estou orando o tempo inteiro. CAMPONESA: Ei, eu vejo algo se movendo neste espelho... CAVALEIRO: Eu posso ver uma luz no fundo... SENHOR CEGO: Ó Pai dos céus, abençoe-nos e proteja-nos neste momento. CAMPONESA: Não é possível, eu não vejo nenhuma besta nos oceanos, mas eu vejo uma luz vinda dos céus! SENHOR CEGO: Nossa! Eu só sinto a brisa e o barulho das águas...&nbs
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